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A conversa continuou entre os grupos, mas eu continuava a observar aquela garota de longe, eu estava quieto até Obanai parar do meu lado para fazer alguma merda.

—Você é um cafajeste, sabia Sanemi Shinazugawa?! — Ele riu e se sentou.

— Eu só tô observando, eu posso?— Falei sem tirar os olhos da nova Hashira.

— Ela me parece ser extravagante com aquela tatuagem na coxa.— Uzui sentou o meu outro lado.

Fiquei entre aqueles dois tapados escutando como eu deveria falar com ela e que talvez aquela fosse a minha chance de encontrar alguém, só que eu não estou a procura de ninguém!!!

A garota correspondeu o meu olhar e veio até onde eu estava se curvando para mim e para os rapazes que estavam ao meu lado.

— Olá Sanemi-Kun.—Sua palavras foi dirigida a mim e apenas a mim.

Seus olhos heterocromáticos me encaravam com uma olhar doce como se me conhecesse, mais do que eu mesmo poderia me conhecer.

— Natsumi, não é?—Obanai perguntou a mesma que não tirava o olhar de mim.

— Que, que foi garota? Perdeu algo na minha cara?

— Seu temperamento com os outros continua o mesmo... Interessante Shinazugawa.— ela sorriu.— Bom, me chamo Natsumi Giyu.

— Espera, você é a famosa irmã do Tomioka?— Rengoku chegou atrás de mim, me assustando um pouco.

— Não diria famosa, mas sou sim, a irmã mais velha aliás.—Ela riu.

— Mais velha? Quantos anos você tem?— Uzui perguntou.

— 23.

Então quer dizer que o Giyu tem uma irmã mais velha e mais bonita que ele, isso é bem interessante.

— Interessante que a irmã do Hashira da água não ter uma respiração e ela ainda é a mais velha, que vergonha.— Obanai provocou a mesma.

Ela o olhou de cima a baixo e riu.

— E mesmo assim consegui me tornar uma Hashira.

— Isso é muito curioso, não acha?— Ele se aproximou dela e sua cobra passou do seu pescoço para o dela.

A mesma não se importou com a cobra e a cariciou a mesma, a cobra de Obanai se enrolou em sua mão.

— Certo, então por que não me deixa te mostrar como me tornei uma Hashira, huh?

— Como é?

— Isso mesmo, lute comigo.— Ela se aproximou de seu ouvido.- Obanai Iguro.

Ela tirou o seu haori pegando suas adagas de duas pontas:

Os dois se posicionaram chamando a atenção dos outros e assim se aproximaram de nós para ver a luta daqueles dois tapados que vão apenas se machucar

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Os dois se posicionaram chamando a atenção dos outros e assim se aproximaram de nós para ver a luta daqueles dois tapados que vão apenas se machucar.

— Puta merda...— Olhei para o lado e Tomioka parecia assustado.

— Que, que foi o águinha?— Perguntei

— O Iguro, ele tá muito fudido.— Ele olhou para mim e eu ri.

Mas seu olhar continuou assustado e sério, por um momento comecei a me preocupar, mas o que poderia acontecer? Uma morte?! Buda queira que não.

Voltei minha visão para os dois e a luta já havia começado, Natsumi perdia, já estava com alguns arranhões pelo corpo, mas aquela menina tinha um olhar sádico como se estivesse gostando de ser cortada e arranhada.

Em um momento, Obanai conseguiu com que a mesma acabasse de joelhos e assim ele cantou a vitória, mas em menos de segundos Natsumi que estava ajoelhada no chão apareceu do lado oposto dele e o chutou para longe e antes que o mesmo pudesse pousar com calma ela o atacou novamente e novamente e novamente, até que ele se cansasse.

Obanai conseguiu revidar em um desses momentos, mas acabou com seu haori cortado e com um de seus braços sangrando, assim que ele parou ela jogou 3 penas que pendiam seu cabelo perfurando a coxa, braço e ombro de Obanai.

E foi ali, naquela hora que Iguro caiu de joelhos na frente de Natsumi que parou em sua frente descendo e ficando em sua altura e lhe dando um tapinha no ombro.

Ela o ajudou a levantar e os dois se reverenciam  voltando para os seu lugares de origem.

— Você é boa, Pirralha.— Obanai falou sendo acompanhado por Mitsuri para dentro da casa.

Ela riu e foi até o irmão.

Eu estava impressionado com suas habilidades de luta, ela era rápida e era perceptível como era sádica.
Olhei para a mesma que ria da braveza de seu irmão, ela bateu no topo de sua cabeça, mesmo sendo melhor que ele.

Bufei e sai de fininho para me encontrar com Genya, mas não foi de tão fininho assim.

— Onde vai, Shinazugawa?— Era Natsumi me acompanhando.

— Vou atrás do meu irmão.— Continuei andando pelo jardim

— E vai fazer algo depois?— Ela estava caminhando atrás de mim.

— Talvez, acho que vou em alguma casa hoje e vou beber.... Por que eu tô te falando da minha vida?!— Parei e virei para a mesma.— Para de me seguir e volta para o seu irmão.- Voltei a caminhar, mas a mesma ainda estaca atrás de mim.

— Não se estresse Sanemi-kun.— Olhei por cima dos ombros e ela sorria.

— Que foi garota? Por que tá me seguindo hein?!— Parei falando estressado.

— Só queria lhe conhecer mais, você sempre me chamou tanto a atenção.— ela falava sorridente.

Eu chamava a atenção dela? Essa mulher é perturbada ou o que? Bebeu antes de vir?!

— Olha aqui, eu não converso com gente que não confio e para melhorar você ainda é irmã do Giyu, o que não ajuda a confiar em você, então some.— continuei caminhando até encontrar Genya que treinava com os outros caçadores.

Tanjiro e ele se deram muito bem depois de uma caça que fizeram juntos.

— Vamos Genya?!— Falei cruzando os braços e a garota parou ao meu lado.

— Natsumi-san. — Ele correu para abraça-la.- Eu finalmente lembrei...

Ela fez sinal de silêncio para o mesmo que apenas concordou e abraçou novamente, fiquei confuso, gostaria de saber quando foi que pegaram tanta intimidade assim um com o outro.

Após abraçar meu irmão ela me cumprimentou se curvando e voltou para o seu caminho, creio que de volta para o seu irmão.

Olhei para Genya e pela primeira vez eu o via sorrir como quando era criança e aqui me deixou até feliz, mas curioso para entender o por que daquela reação do nada.

— Ela é muito velha para você.— Falei andando para que ele me acompanhasse.

— O que? não... Mas ela é perfeita para você.— Ele deu uma piscadela horrível.

— Cala a boca garoto!!— dei um tapa em sua nuca.

Fomos para casa em silêncio e assim que chegamos, deixei Genya e fui diretamente para o meu quarto tirar o uniforme e colocar algo mais confortável para beber.

Sai de casa indo ao vilarejo e entrei em uma de suas casas noturnas para beber e perder a cabeça com outras mulheres, costumava fazer isso após um dia exaustivo e assim o fiz... Aproveitei os momentos que ali se passaram e já no meio da noite fui para casa me jogando na cama e dormindo para o outro dia.

Hashira •Sanemi Shinazugawa•Onde histórias criam vida. Descubra agora