Um Trajeto Inesperado - Livro 1

CAPÍTULO 4

"Difícil, muito difícil. Bastante coragem, vejo. Uma mente nada má. Há talento, ah, minha nossa, uma sede razoável de se provar, ora isso é interessante... Então, onde vou colocá-lo?" Dizia o Chapéu na cabeça de Harry.

"Me coloque onde eu me sairia melhor." Pensou o garoto.

"Você poderia ser grande, sabe, está tudo aqui na sua cabeça, e a Sonserina lhe ajudaria a alcançar essa grandeza. Embora a Grifinória pudesse ser interessante, você ficará melhor na SONSERINA!"

O salão principal estava completamente silencioso, todos encarando Harry com olhos chocados. A própria Professora McGonagall, não tinha mais sua expressão severa e sim uma expressão de espanto. Ao que parecia, a Sonserina tinha realmente uma fama muito ruim.

Engolindo em seco, Harry manteve a postura firme e caminhou até a mesa da Sonserina, que finalmente começou a aplaudir. Ele se sentou ao lado de Draco, que tinha um sorriso presunçoso no rosto.

"Eu tive um pressentimento de que você estaria aqui." Disse o loiro.

"Bem, você acertou." Disse Harry.

"Eu certamente não esperava que você estaria aqui, Potter." Disse Pansy com os olhos brilhantes. "Mas fico feliz que esteja."

Depois de Harry, Lisa Turpin foi selecionada para a Corvinal, Rony Weasley para a Grifinória e Blásio Zabini para a Sonserina.

No final, os alunos da Sonserina do primeiro ano eram, além de Harry, Draco, Millicent Bulstrode, Tracy Davis, Vincent Crabbe, Gregory Goyle, Daphne Greengrass, Pansy, Theodore Nott e Blásio Zabini.

Alvo Dumbledore se levantou de seu lugar e deu a todos um sorriso radiante. Harry só o tinha visto em fotos em seus livros, mas pessoalmente o homem parecia muito mais… exótico.

"Sejam bem-vindos para um novo ano em Hogwarts!" Ele disse aos alunos. "Antes de começarmos nosso banquete, eu gostaria de dizer umas palavrinhas: Pateta! Chorão! Destabocado! Beliscão! Obrigado.

Harry franziu o cenho e disse para Draco:

"Ele me parece um pouco… maluco."

"Ele é muito poderoso, mas sim, é completamente maluco." Disse Draco. "Meu pai diz que ele não tem mais condições de comandar Hogwarts."

O banquete apareceu em suas mesas, e Harry prontamente começou a comer, assim como todos em volta. A comida era divina, melhor que qualquer coisa que ele já tinha experimentado. Os Dursley nunca o deixaram passar fome, mas certamente não se importavam com a qualidade do que Harry comia.

Ao terminar uma porção de batatas, Harry notou o Professor Quirrell, que encontrara no Caldeirão Furado o olhava fixamente, assim como um professor de cabelos negros e nariz adunco. De repente, uma pontada atingiu sua cicatriz e ele levou a mão à testa. Teria sido um dos dois que provocara aquilo?

"Está tudo bem?" Perguntou Draco.

"Sim, acho que tive uma tontura." Respondeu Harry.

"Claro, você não comeu nada além de sapos de chocolate hoje." Disse Draco, colocando uma porção de berinjela em seu prato.

"Quem é aquele sentado do lado do Professor Quirrell?" Perguntou Harry.

"É o Professor Snape, chefe da Sonserina." Respondeu Draco.

Harry notou que o olhar do homem era profundo, como se ele olhasse para um fantasma, mas não era um olhar ameaçador, muito pelo contrário. Quando viu que Harry o estava observando de volta, Snape voltou seu olhar para seu prato e continuou a comer.

Ao fim do banquete, Dumbledore se levantou novamente e falou:

"Só mais umas palavrinhas agora que já comemos e bebemos. Tenho alguns avisos de início de ano letivo para vocês. Os alunos do primeiro ano devem observar que é proibido andar na floresta da propriedade. E alguns dos nossos estudantes mais antigos fariam bem em se lembrar dessa proibição.” Os olhos do homem em direção a um par de gêmeos ruivos na mesa da Grifinória. "O Sr. Filch, o zelador, me pediu para lembrar a todos que não devem fazer mágicas no corredor durante os intervalos das aulas. E, por último, é preciso avisar que, este ano, o corredor do terceiro andar do lado direito está proibido a todos que não quiserem ter uma morte muito dolorosa.”