Pode parecer loucura, mas sim, nem todo vilão é mau.
Meu nome é Beatriz Campos, eu moro no Jacarezinho, nascida e criada aqui, e no auge dos meus 17 anos sofro bullying das outras moradoras, eu estou no último ano do ensino médio então não tenho mui...
Optei por um vestido prata de alcinha que me deixa uma tremenda gostosa.
Bea queria ir pra balada eu que não ia recusar já que eu adoro sair a noite e curtir, voltar triloca.
Depois de um banho eu comecei me arrumar passei creme hidratante e perfume, deixei meu cabelo solto e fiz uma maquiagem chamativa.
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(Look Morena)
Terminei e peguei minha bolsinha de lado, coloquei celular e dinheiro e desci.
— vai pra onde em?? — RM perguntou saindo da cozinha.
— desde quando mesmo tenho que te dar satisfação? — pergunto debochada.
— tá tirando com a minha cara Gabriela? Onde tu vai?
— boate Breaking Kiss, no asfalto, vou levar a Bea ela tá animada ultimamente e espero que continue assim. — digo sorrindo.
— tá muito amiguinha dessa aí, sei não em. — ele vem pra perto de mim. — tu sabe que ela não é como a Ana Laura, e nem como a Sabrina. — diz ele.
— mas eu gosto dela por isso mesmo, ela é boazinha demais, me lembra quando eu era assim e é bom ser leve de vez em quando. — digo baixo.
— tá trazendo a mina pro nosso mundo. E se acontecer o mesmo que aconteceu com a Sabrina? — ele pergunta cruzando os braços.
— eu vacilei um vez, não vou cometer o mesmo erro duas vezes. — digo.
— se tu diz, boa farra pro cês. — ele sobe as escadas e eu saiu de casa indo pro carro.
— salve patroa. — diz os vapor assim que me vêem.
— salve cria. — falei e entrei no carro acelerando pra casa da Bea.
Sabrina era minha melhor amiga, era novinha na vida tinha tudo pela frente, mas aí emocionada trouxe ela pra essa vida, ela se envolveu demais, começo a usar muita droga e um dia desses a polícia subiu, teve tiroteio por horas e nada dela me responde, eu no confronto não pensei que podia ter acontecido algo com ela.
Sabrina morreu naquela tarde de quinta-feira, dois tiros levaram ela de mim, eu surtei e fui atrás dos policiais que fizeram isso, cá entre nós ter contatos é outra coisa né. Eu matei eles e seus familiares, eu não me arrependo, mas isso não trouxe Sabrina de volta.
Buzinei na frente da casa da Bea ela saiu rápido, estava com um vestido preto e saltos, maquiagem leve e carregava uma bolsinha com ela.
— bora nee. — diz ela sorridente.
— bora pô. — respondo e saiu do morro em seguida.
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(Look Beatriz)
(…)
(Beatriz)
Chegamos a Boate estava tudo movimentado e a entrada então parecia um formigueiro.
Descemos do carro e Gabi passou na minha frente atravessando a multidão, ao chegarmos na entrada ela mostra um cartão e o segurança abre a porta para passarmos.
— bem vinda ao Breaking Kiss. — ela diz ao meu lado, a boate era enorme, iluminada e estava cheia de gente.
— você é vip? — pergunto vendo ela sorri.
— sócia. — ela responde me puxando pro balcão de bebidas. — duas marguerita e um shot de tequila. — diz ela ao Barman.
Demoro nada estávamos tomando uma marguerita e dançando no meio da multidão.
Duas mãos se aproximaram de mim e seguraram na minha cintura, Morena olhou de rabo de olho e não disse nada, eu não falei nada continuei dançando.
— bora ali no canto. — a voz masculina disse e eu olhei pela primeira vez pro homem.
Senhor das calcinhas molhadas, que homão dá poha.
Deixo que ele me leve até a parede afastada da multidão e ali ele toma minha boca, nossa que é hoje meu Deus.
(...)
3 da manhã, estou bêbada. Morena está igualmente a mim, ela dança com um moreno enquanto eu estou sentada no colo do loiro, ambos são amigos.
— então Patrick. Mora onde mesmo? — pergunto.
— Copacabana pô. E tu? — pergunta ele curioso.
— a curiosidade matou o gato. — digo e ele ri, puxo ele pela nuca e o beijo.
Vejo o sinal de Morena para sairmos dali.
— vamo lá pra casa ? — pergunta Patrick assim que nos soltamos.
— vou nada, mas quem sabe a gente se encontre por aí de novo. — me levanto e caminho até a Gabi. — fuga neles?
— fuga neles. — ela afirma e saímos nós duas pelo meio da multidão sumindo dos olhos deles.
Saímos da balada e caminhamos pro carro, mas Morena não estava nem de longe boa pra dirigir.
— aí droga, como vamos embora em? — pergunto.
— vou ligar pro meu mano. — ela pega o telefone e disca o número do RM. — maninhooo... Tô ruim... Eu sei... Tá vindo ? — ela desliga.
— eai ele vem?
— já tá chegando. — ela destrava o carro e entra eu faço o mesmo.
Jogo a cabeça pro lado e meus olhos pesam.
Despertei assustada, olhei pro lado, estava Morena no lado de fora e RM eles conversavam sobre alguma coisa, abri a porta e eles me notaram.
— bora Gabi, eu nem vou dizer nada pro cês não. — ele fala com ela mas olha pra mim.
Sabe aquele olhar que queima ? Pois é eu me senti assim.
