Capítulo 31 - A guerra entre nós

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(Morena)

Ta na hora, Dedé já devia estar invadindo, mas está silencioso demais, estamos de campana desde cedo e nenhum sinal deles.

— nada ainda?

— parece que estão querendo pegar a gente desprevenido. — afirma Jotinha.

— nem nos sonhos deles isso acontece. — RM gargalha.

Ouvimos um disparo, começou.

Observo pela mira onde estão mas, tudo que vejo é a escuridão da noite sob nossas cabeças.

— foi o sinal. — aviso.

Mais disparos seguidos de sons de carros e passos, a gritaria e os foguetes, a esses foguetes afirmando que de hoje não passa.

— bora bora. — RM manda, todos saem para suas áreas enquanto ele fica me observando. — não deixe ele te pegar.

— se cuida também. — falo sem olhá-lo.

Miro na cabeça de um dos soldados dele, disparei o derrubando seguido de outros atrás dele.

Vejo RM atirando do outro lado da construção, ele parece com sangue nos olhos.

Saiu do meu posto e sigo atirando e escuto o radinho apitando.

— fala??

— rua 14, eles estão em peso.

— demoro, tamo indo pra i.

— fé aí.

— fé.

Aponto pro carro e RM vem correndo, entramos e ele acelera pra direção da rua 14.

Lá sempre é o foco das invasões.

Olho pra ele que acelera ainda mais, chegando próximo ao destino ele sai do carro usando a porta como escudo atirando nos soldados que avançam em peso na nossa direção.

— RM são muitos. — grito.

— a gente da conta, passa o rádio pede reforço.

Pego o radinho e passo a voz pros campana que tão próximos eles confirmam vir logo.

Atiro em um dos que estava vindo por trás do RM, ele tá com a cabeça onde?

Cacete, disparo em direção aos outros que vem na minha direção.

— corre Morena, corre. — ele grita apontando pro beco, e assim faço.

Corro pelo beco com todo meu fôlego, ele vem logo atrás, invado a casa de uma tiazinha subindo as escadas dando acesso a lage, uma visão boa para nós.

— Menor?

— até que enfim em Morena, Dedé deu as caras tá subindo pra mansão.

— eu vou lá. — RM diz já descendo as escadas.

— você não vai não. — vou atrás dele puxando seu braço. — quer se suicidar?

— eu mato ele, matem o restante.

— RM fica aqui. Não vai la sozinho.

— e quem disse que estou sozinho? — ele segura o crucifixo que estava no pescoço, o mesmo que era da Beatriz, eu lembro de ver ele pendurado na parede do quarto dela uma vez. — se cuida mana.

A porta é aberta e eu vejo meu irmão sair por ela seguindo pra cima, volto para a lage e consigo ver ele entrar pelos becos, vejo os soldados o seguindo e disparo em casa um deles.

Pouco tempo depois perco ele de vista e meu coração acelera.

— DK tá dando cobertura pelas laterais, armaram uma emboscada pro Dedé, a guerra entre nós está quase no fim. — Menor afirma.

— e você só me diz isso agora? — grito.

— RM pediu sigilo, ninguém sabe se vai dar certo. — ele dispara algumas vezes vejo um carro subindo em rápida velocidade, uma mulher.

— Menor, tem alguma coisa que devia me contar ?

— não, por que?

Aponto pro carro parado no meio da estrada vejo a mulher descer armada disparando com um fuzil, outros quatro caras descem com ela disparando pra todos os lados acertando todos os que estavam próximos dali.

Ela sai de trás da porta e vai na mão com um dos homens, chutando ele com a esquerda, puxando a cabeça dele contra o joelho dela e dando um gancho, quem é ela?

Foguetes.

O fim. Dedé tá morto?

— acabou tropa, Dedé foi de arrasta! — a voz de RM soa no radinho e eu sinto um alívio

Desço as escadas correndo Menor logo atrás de mim, vejo a mulher pulando com os outros homens e arrancando o capuz.

— Beatriz? — grito e a mesma se vira pra mim, ela abre os braços a pose me lembra Klaus Mikaelson, eu sei bem aleatório. — como você veio parar aqui?

— filha de peixe, peixinho é.. — diz ela, me abraçando e abraçando Menor. — meu pai me escondeu, me treinou eu estava longe, mas não deixaria vocês sozinhos nessa.

— filha da puta, escondemos você do Dedé e você veio pro combate? — puxo os cabelos dela.

— acontece, cadê o resto do pessoal?

— fazendo varredura e limpeza. Muitos cadáveres pra tirar. — dou de ombros.

— tá certo, eu preciso ir, tenho um encontro em duas horas. — manda beijos e entra no carro.

— eu ouvi encontro? — Menor me pergunta.

— RM perdeu.

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⏰ Última atualização: Feb 22 ⏰

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