(Beatriz)
Chegamos no morro com a Gabi acelerando, se não tivesse avisado que estava chegando provavelmente aquela barreira deixaria de existir.
Ela passa reto da minha casa e sobe pro alto do morro.
Mal desce do carro já entra em casa caminho rápido tentando acompanhar ela a sala está lotada de homens ela é a única mulher eu tô junto mas, não tô com eles.
— cheguei poha. Cadê a minha AK-47, vou descer pra pracinha de lá eu acabo com esses verme. — ela fala exaltada.
— Netin vai com tu, RJ e Guto tão lá já. Eles tão subindo rápido pelas laterais. — RM diz e ela pego a arma olhando pra mim.
— pro cofre agora, só sai de lá se eu for te buscar ou o RM. — diz ela saindo porta a fora.
Cuida dessa menina, Deus.
RM me leva até o tal cofre que é nada mais que uma sala protegida por uma parede escondida dentro da parede.
— RM... — chamo e ele me olha. — se cuida ta...
— aqui é nois poha! — ele se aproxima me dando um selinho demorado em mim, por mim eu puxava ele aqui pra dentro mas, não posso.
Ele se afasta e logo a porta é fechada, escuto ela ser trancada por fora, pego meu celular dentro da bolsa e me sento na cadeira ali perto.
O quarto em si não tem janelas, eu estou completamente alheia do que acontece lá fora.
(…)
(Gabi)
Netin para a moto em um beco e eu desço já com a peça engatilhada, qualquer coisa é bala.
Sigo pra cima da casinha de frente da pracinha, desde novinha eu tenho boa mira, pego a mesma e apoio em cima de uns tijolos olhando tudo em volta.
— Movimento à esquerda. — sussurro pro Netin que olha e dá o sinal.
Foi dois disparos certeiros, os verme caiu.
— quatro e meia Morena. — ele diz e eu miro disparando acerto um deles e o outro mira na minha direção, a bala passa perto mas, erra.
Idiota, disparo novamente pegando certeiro na testa.
— headshot. — digo o Netin sorri disparando três vezes.
— ficar aqui tá muito tranquilo, eu gosto é do movimento. — digo pegando minha peça na cintura. — assume minha bebê e cuida dela. — digo saindo dali agachada.
Assim que coloco os pés no beco escuto conversa e vejo dois deles vindo exatamente na minha direção, mas eles ainda não me viram.
Miro neles e acerto um que cai, o outro dispara e eu me escondo, essa passo perto.
Me agacho e disparo novamente acertando a perna dele.
Seu revólver vai longe quando ele vai de joelhos.
— pro inferno amore. — disparo na testa.
Corro dali olhando pros lados.
De longe vejo Menor P e outros vapores com um monte de cana na direção deles lados o radin.
— Netin, dez e cinquenta, acerta três e deixa um comigo. — digo e escuto um demoro.
Os disparos soaram rápido e eu corri pá onde eles estavam acertando o último com uma coronhada na cabeça, o tiroteio estava distante de nós.
— Morena, cuidado. — Menor P me puxa me prendendo na parede, se fosse em outra ocasião eu diria que foi até sexy.
A foda-se não deixou de ser sexy.
— me salvou.. — sorriu sem graça.
— tô sempre aqui pra tu, cê sabe. — ele diz e ouvimos disparos novamente próximo de nós.
Me afasto e saímos dali nos escondendo atrás de uma parede.
— eu quero a cabeça do RM. Ouviram? — a voz do policial foi cortante.
Olhei de relance e vi o rosto, tenente Marques, dois sargentos novatos nunca vi os rostos por aqui.
— sim senhor. — eles falaram.
— e se verem a gostosa da irmã dele tragam pra mim. — diz ele. — quem conseguir ganha uma promoção. — ao dizer os passos seguiram pra longe.
Me escondi e olhei pro Menor P que me observava atento.
— no três?
— no três!
— um... dois... três! — sai de trás da parede, mirei na perna do Tenente e disparei ele caiu e a arma foi pra casa do caralho.
Menor P estava com as duas pistolas e acertou a cabeça dos sargentos em um piscar de olhos.
— VADIAAAA! — ele grita e eu gargalho me aproximando.
Os tiros amenizando cada vez mais.
— Tenente Marques, que honra você por aqui. — olho pro Menor P ao meu lado. — apaga ele. — falo dando um tchauzinho quando Menor P deu uma coronhada e ele apagou.
“acabou poha, eles vazaram!” a voz de RM ecoou no radinho.
— pega ele e leva no quartinho, vou falar com RM. — saiu do beco caminhando pro meio da rua encontrando alguns corpos feridos e outros mortos, muitos mortos.
Deu bom, o dia podia ter sido pior poderíamos ter perdido, e vamos um dia, mas esse dia não é hoje.
Enquanto eu estiver aqui, essa comunidade não será pacificada, isso só por cima do meu cadáver.
— fé aí patroa é nois. — fala um do vapores quando passo por eles.
— é nois poha! — olho pros lados e sorriu, vejo um policial tentando se comunicar com os outros ele está ferido. — pedindo ajuda soldado?
— não me mata eu tenho um filho que vai nascer a qualquer momento. — ele implora me olhando nos olhos.
Aqueles olhos.
— Pietro? — digo e ele me encara mas suaviza o olhar.
— Gabriela...
••••
Bomba atrás de bomba.
Socorro corre aqui que tá pegando fogo 🔥😂
Postado 07.06.2023 às 20:50
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Lá no Jacarezinho
Teen FictionPode parecer loucura, mas sim, nem todo vilão é mau. Meu nome é Beatriz Campos, eu moro no Jacarezinho, nascida e criada aqui, e no auge dos meus 17 anos sofro bullying das outras moradoras, eu estou no último ano do ensino médio então não tenho mui...