Capítulo 18 - É nois poha!

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(Beatriz)

Chegamos no morro com a Gabi acelerando, se não tivesse avisado que estava chegando provavelmente aquela barreira deixaria de existir.

Ela passa reto da minha casa e sobe pro alto do morro.

Mal desce do carro já entra em casa caminho rápido tentando acompanhar ela a sala está lotada de homens ela é a única mulher eu tô junto mas, não tô com eles.

— cheguei poha. Cadê a minha AK-47, vou descer pra pracinha de lá eu acabo com esses verme. — ela fala exaltada.

— Netin vai com tu, RJ e Guto tão lá já. Eles tão subindo rápido pelas laterais. — RM diz e ela pego a arma olhando pra mim.

— pro cofre agora, só sai de lá se eu for te buscar ou o RM. — diz ela saindo porta a fora.

Cuida dessa menina, Deus.

RM me leva até o tal cofre que é nada mais que uma sala protegida por uma parede escondida dentro da parede.

— RM... — chamo e ele me olha. — se cuida ta...

— aqui é nois poha! — ele se aproxima me dando um selinho demorado em mim, por mim eu puxava ele aqui pra dentro mas, não posso.

Ele se afasta e logo a porta é fechada, escuto ela ser trancada por fora, pego meu celular dentro da bolsa e me sento na cadeira ali perto.

O quarto em si não tem janelas, eu estou completamente alheia do que acontece lá fora.

(…)

(Gabi)

Netin para a moto em um beco e eu desço já com a peça engatilhada, qualquer coisa é bala.

Sigo pra cima da casinha de frente da pracinha, desde novinha eu tenho boa mira, pego a mesma e apoio em cima de uns tijolos olhando tudo em volta.

— Movimento à esquerda. — sussurro pro Netin que olha e dá o sinal.

Foi dois disparos certeiros, os verme caiu.

— quatro e meia Morena. — ele diz e eu miro disparando acerto um deles e o outro mira na minha direção, a bala passa perto mas, erra.

Idiota, disparo novamente pegando certeiro na testa.

— headshot. — digo o Netin sorri disparando três vezes.

— ficar aqui tá muito tranquilo, eu gosto é do movimento. — digo pegando minha peça na cintura. — assume minha bebê e cuida dela. — digo saindo dali agachada.

Assim que coloco os pés no beco escuto conversa e vejo dois deles vindo exatamente na minha direção, mas eles ainda não me viram.

Miro neles e acerto um que cai, o outro dispara e eu me escondo, essa passo perto.

Me agacho e disparo novamente acertando a perna dele.

Seu revólver vai longe quando ele vai de joelhos.

— pro inferno amore. — disparo na testa.

Corro dali olhando pros lados.

De longe vejo Menor P e outros vapores com um monte de cana na direção deles lados o radin.

— Netin, dez e cinquenta, acerta três e deixa um comigo. — digo e escuto um demoro.

Os disparos soaram rápido e eu corri pá onde eles estavam acertando o último com uma coronhada na cabeça, o tiroteio estava distante de nós.

— Morena, cuidado. — Menor P me puxa me prendendo na parede, se fosse em outra ocasião eu diria que foi até sexy.

A foda-se não deixou de ser sexy.

— me salvou.. — sorriu sem graça.

— tô sempre aqui pra tu, cê sabe. — ele diz e ouvimos disparos novamente próximo de nós.

Me afasto e saímos dali nos escondendo atrás de uma parede.

— eu quero a cabeça do RM. Ouviram? — a voz do policial foi cortante.

Olhei de relance e vi o rosto, tenente Marques, dois sargentos novatos nunca vi os rostos por aqui.

— sim senhor. — eles falaram.

— e se verem a gostosa da irmã dele tragam pra mim. — diz ele. — quem conseguir ganha uma promoção. — ao dizer os passos seguiram pra longe.

Me escondi e olhei pro Menor P que me observava atento.

— no três?

— no três!

— um... dois... três! — sai de trás da parede, mirei na perna do Tenente e disparei ele caiu e a arma foi pra casa do caralho.

Menor P estava com as duas pistolas e acertou a cabeça dos sargentos em um piscar de olhos.

— VADIAAAA! — ele grita e eu gargalho me aproximando.

Os tiros amenizando cada vez mais.

— Tenente Marques, que honra você por aqui. — olho pro Menor P ao meu lado. — apaga ele. — falo dando um tchauzinho quando Menor P deu uma coronhada e ele apagou.

“acabou poha, eles vazaram!” a voz de RM ecoou no radinho.

— pega ele e leva no quartinho, vou falar com RM. — saiu do beco caminhando pro meio da rua encontrando alguns corpos feridos e outros mortos, muitos mortos.

Deu bom, o dia podia ter sido pior poderíamos ter perdido, e vamos um dia, mas esse dia não é hoje.

Enquanto eu estiver aqui, essa comunidade não será pacificada, isso só por cima do meu cadáver.

— fé aí patroa é nois. — fala um do vapores quando passo por eles.

— é nois poha! — olho pros lados e sorriu, vejo um policial tentando se comunicar com os outros ele está ferido. — pedindo ajuda soldado?

— não me mata eu tenho um filho que vai nascer a qualquer momento. — ele implora me olhando nos olhos.

Aqueles olhos.

— Pietro? — digo e ele me encara mas suaviza o olhar.

— Gabriela...

••••

Bomba atrás de bomba.

Socorro corre aqui que tá pegando fogo 🔥😂

Postado 07.06.2023 às 20:50

Lá no JacarezinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora