Capítulo 4 - Baile do L7

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(Beatriz)

Já eram 20:40 e eu não tinha noção de que roupa usar.

Minha mãe já estava em casa e ela estava irritada comigo por ter recebido uma advertência no colégio, imagina se souber que eu fiz amizade com a Morena.

— manheeee. — grito do quarto olhando pras roupas em cima da cama.

— ave Beatriz oque tu fez? — ela vem correndo, tadinha da veia. — oque são essas roupas?

— eu tô querendo ir no baile, vá ter L7nnon show ao vivo. — digo a olhando e ela fecha a cara. — oque eu uso ?

— calça e blusa. — ela diz séria. Reviro os olhos e coloco a mão na cintura. — na sua época eu usaria esse vestidinho vermelho, eu chamava atenção onde eu passava, mas antes as coisas eram diferentes... Eu era um perigo. — ela comenta pensativa.

— então vou usar ele. — digo decidida.

— e você lá gosta de baile Beatriz? Com quem você vai? — pergunta ela puxando o vestido da minha mão. — isso é um pedaço de pano, se ninguém for cuidar de tu, tu não vai!

— mãe, eu vou deboinha com umas meninas do colégio, elas tem os boy delas pra cuidar de nós. — digo olhando ela igual aqueles cachorro que caiu do caminhão.

— boy de parceira não cuida não, eles traem e ainda causam problema, negativo Beatriz. — ela nega. — com quem você vai?

— com a Suellen. — digo por fim. — não era uma mentira, Suellen estaria lá, mas quem iria me buscar era a Morena.

— a filha da Roberta? — pergunta ela curiosa e eu concordo. — tá certo, vai voltar tarde não. E fala pra Suellen manda um beijão pra Rô. — ela devolve o vestido. — se cuida lá minha filha. — ela sai do quarto e fecha a porta.

É agora ou nunca.

(Vestido da Beatriz)

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(Vestido da Beatriz)

(…)

Escutei buzina na frente da minha casa e eu desci falando boa noite pra minha mãe que estava na sala e sai fechando a porta.

— tá uma gata mina. — ela diz ao me ver.

— não sei não, acho que tô muito pelada. — digo receiosa e ela gargalha.

— se você tá pelada eu tô oque? — ela diz e eu a observo.

— se você tá pelada eu tô oque? — ela diz e eu a observo

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(Vestido da Morena)

— tá certo mas, esse baile é onde em? — pergunto curiosa enquanto ela acelera.

— na quadra, meu irmão deixou tudo certo com o L7 e ele chega meia-noite, vai ficar até às 3 da manhã. — diz ela acendendo um baseado, vidro fechado e esse negócio acesso quase morro aqui dentro. — vai chapar de tabela.

— abre esse vidro Gabriella. — digo abrindo o vidro do meu lado, ela gargalha alto e eu posso começar a ver o movimento na rua, ela estaciona.

— fala que você bebe pelo menos? — ela sugere enquanto descemos do carro.

— não, por que acha que a Sara fazia oque fez comigo? Eu não sou dessa vida. — digo e ela me encara. — não era pelo menos.

— exatamente, não era. — ela me puxa pela mão e vai entrando já dançando com os mano.

Passo colada nela tentando inútilmente não ser sarrada mas, falho miseravelmente.

Já perto do bar o caminho fica ainda mais lotado e eu peço pra que ela deixe eu ficar em sua frente, ela concorda. Chegamos no bar ela pede duas caipirinhas.

— eu não bebo Morena. — nego o copo a minha frente.

— relaxa, é igual suco de limão só que com um pouco de álcool. Aproveita. — ela encoraja.

Dei uma bicada, doce, queima levemente a garganta mas até que é gostoso.

Tomo mais um pouco e ela observa ansiosa.

— tá bom, você venceu isso é bom.

Olhando em volta admirada com tudo ali vejo um lugar que tem poucas pessoas e dela da pra ver a favela toda, certeza.

— oque é lá em cima? — pergunto e ela olha onde meus olhos estão vidrados.

— o camarote, quer conhecer? — pergunta ela se levantando.

— oque tem lá? — beberico mais um pouco da bebida nas minhas mãos.

— os mano, as puta deles e muita droga e bebida. Eu sempre fico lá, mas como estou contigo hoje vou ficar relaxada. — ela da de ombros.

— valeu, eu não quero subir não. — digo e ela me puxa.

— bora dançar, vai vim pra ficar parada. — seguimos pra dentro da multidão.

Ela se deixa levar rapidamente pela misica, tento fazer o mesmo e deixo meu corpo seguir as batidas da música.

(…)

São 2 da manhã, já tomei umas cinco caipirinhas, uns três shots de tequila, aquilo ali não é de Deus não na moral.

— aí bixa achei tu. — escuto uma voz masculina, porém afeminada se aproximando de nós.

— Paola gata. — Morena traga o Beck e abraça a bixa dando do beijinhos.

— trouxe companhia hoje? — ela me observa de longe. — Paola mona, e tu quem é? — ela vem na minha direção.

— Beatriz. — dou dois beijinhos no rosto dela seguimos dançando até um carinha chegar perto da Morena e falar alguma coisa pra ela que nega e se levanta.

— bixa passa a visão na Bea, volto já. — diz já saindo e eu só vejo ela seguir o carinha pra cima da escada.

— oque ela foi fazer lá? — pergunto pra Paola que bebe um copo de bebida que parece muito com refrigerante.

— o de sempre, o papel dela. — ela me olha sorrindo. — quer? — oferece o copo em minha direção.

Aquele ditado que diz, nunca pegue bebida de estranhos? Tu ligo por que eu não.

Tomei uma golada boa daquela bebida e eu vi tudo começar a girar.

— vai com calma aí mina, é whisky com vodka e energético. — ela me segura por alguns segundos.

— desculpa, não sou acostumada.

— suave mona, aí vem a Morena. — ela diz e eu me viro.

— bora pra casa Bea, meu irmão avisou que o L7nnon não vai subir. Pau no cu. — ela diz revoltada mas, por alguma razão eu não queria ir.

— a sério, tá tão bom aqui! — choramingo.

— tu tá bêbada já, amanhã tem aula duvido que vai conseguir ir. — ela debocha.

— uma falta não vai fazer mal. — dou de ombros e pego o copo da sua mão.

— Beatriz não! — escuto ela dizer mas não me importo, viro de uma vez.

— puta que pariu, tu tá criando um monstrinho Morena. — a Paola diz rindo.

— tô vendo.

Depois disso eu não sei que horas cheguei em casa, mas já estava clareando e eu sabia que minha cabeça ia explodir.

Quando deitei na minha cama eu simplesmente apaguei.

•••

Me empolguei, mas de mil palavras kkkkk

Tá bom, ainda teremos mais 2 capítulos hoje.

Estrelinha e comentários mores, até daqui a pouco.

Postado dia 01.06.2023 às 17:43

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