(Beatriz)
Me levanto e caminho pro banheiro, faço minhas higiene e ligo o chuveiro jogo minhas roupas no cesto e entro debaixo da água quente.
Passo o shampoo e começo a esfregar meu cabelo, depois retiro tudo e passo o condicionador enquanto ele agia eu aproveitei pra me ensaboar e logo finalizo meu banho.
Saiu de casa trancando tudo e caminhando pra casa do RM, Morena teve alta ontem a tarde, e eu vou lá ver ela.
O morro parece estar mais calmo que o normal, talvez seja por causa das meninas.
Ao chegar na frente da casa, cumprimento os vapores e entro chegando na sala que está movimentada.
— cadê Morena? — pergunto a Netin.
— ta no escritório com o patrão. — diz ele, vejo aquele monte de gente e minha cabeça começa a batucar.
— oque tá acontecendo aqui? — questiono
— Morena mandou chamar o pessoal, pode preparar que vem bomba. — diz ele e logo ela vem com RM ao seu lado.
— aí pessoal, da uma atenção aqui. — RM diz e todos olham pra eles.
— eu chamei todos aqui pra avisar que a partir de hoje, Ana Laura e Victória estão banidas do morro, se elas ainda estiverem vivas. — Morena diz sorrindo. — quem tá passando o olho na salinha? — pergunta.
— eu patroa. — Netin do meu lado diz e ela o olha séria.
— e como está o estado delas?
— malzao, tão machucadas e desmaiadas já que não estão comendo. — informa ele e ela bate palmas.
— ótimo, Menor P, Jotinha e Bea vem comigo, o restante circulando. — ela ordena e eu a espero na porta.
— vamos ver um show? — ela diz me olhando.
(…)
Na salinha Morena chegou passando a visão nas duas que estavam desacordadas e sangrando muito.
Olhei pra elas, enjoei na hora era muito pra mim.
Morena riu com meu desconforto e puxou uma faca de cima da mesa, sem aviso enfiou na perna da Ana Laura, a mesma acordou gritando desorientada, Menor P observa se longe, decepcionado mas, fiel ao RM sem sombra de dúvidas.
Victória que ainda estava desacordada foi banhada com água fria eu quis rir mas fiquei quieta.
— donzelas, vamos acertar as nossas contas. — Morena chegou bem perto de da Victória que tentou se encolher. — não tem pra onde fugir, devia ter sido mais esperta.
— ele vem buscar você de qualquer jeito, me matando ou não. — a outra mal conseguiu falar, mas o olhar dela dava medo em qualquer um, só que a questão era que Morena não era qualquer um.
Ela era a melhor, maior, o terror em pessoa.
— nomes, eu trabalho com nomes. — Morena pegou uma espécie de alicate observando com atenção o rosto da outra. — ou você fala ou eu arranco su língua, moro?
— eu vou morrer de qualquer jeito mesmo. — suspirou e baixou a cabeça. — alguém que te conhece, alguém que sabe seus passos e seu passado, você esteve com alguém do grupo deles esses dias, tudo na surdina né? A perfeitinha do grupo e um lindo policial, uma pena que ele foi de arrasta. — Victória olhou nos olhos da outra. — você entrou no jogo dele, enquanto perde tempo com a gente, cadê seu irmão? — ela questionou.
— localiza o RM, agora! — Gabi puxou a arma da cintura e segurou no gatilho, eu estava aflita já com tudo aquilo, doida pra sair daquele lugar fedorento.
— me perdoa por ter trazido você pra isso Ana Laura, mas era o único jeito de trazer o RM pra minha mira e pra mira do Dedé. — Menor P ficou branco.
Morena parecia afetada com aquela palavra, quem era Dedé?
— sua vadia você não tinha o direito. — Ana Laura gritou se remexendo na cadeira. — você me levou pra sentença de morte dos dois jeitos. Sua vadia! — ela chorava soluçando.
— tinha sim! — Victória gritou e houve um disparo, o corpo da mesma caiu com o impacto, Headshot!
Olhei pra trás RM estava ali com o revólver apontado pra mesma direção.
— Dedé tá no jogo, e vivo ele não fica. — RM decretou e deu as costas.
— leva a outra ai pro postinho, vamos dar um jeito nessa bagunça. — Menor P observou a ordem da mulher boquiaberto.
— tá poupando ela? Qual foi olha o tamanho da dívida dela agora!
— eu posso ser uma mulher ruim, mas não sou idiota, se matarmos as duas ele vai mandar outra novidade na qual não vamos ter controle, bom a irmã é sua, ela fica de garantia e assim que tiver bem, mande ela pro Dedé, ela fica com a parte das informações. — Morena sorriu saindo da sala.
— ele me mata se descobrir que sou x-9. — ouvimos o sussurro da voz da ruiva.
— não deixa ele descobrir, ou eu mesma terminou serviço, você não vai querer morrer pelas minhas mãos. — Morena gritou já fora da sala, fui atrás dela deixando os dois sozinhos naquele lugar.
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Lá no Jacarezinho
Novela JuvenilPode parecer loucura, mas sim, nem todo vilão é mau. Meu nome é Beatriz Campos, eu moro no Jacarezinho, nascida e criada aqui, e no auge dos meus 17 anos sofro bullying das outras moradoras, eu estou no último ano do ensino médio então não tenho mui...