2.16

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Geórgia Hoff

Eu não imaginava que eu conhecia tanta gente para chamar em uma festa sinceramente, era estranho como meu ciclo social, que já era consideravelmente grande, aumentou depois que mudei de escola

Os meninos e Amélie chegaram cedo mas não em primeiro, cumprimentei eles e conversei um pouco com Gustav e Georg já que eram os que eu tive menos contato até o momento, eles eram legais

Bill continuava tentando falar com Amelie sobre o que sentia mas por milagres do destino, sempre atrapalhavam

— Amelie, vem comer algo comigo?- ele pergunta e ela concorda, então os dois saem de perto de nós

Olho para Tom que estava olhando eles se afastarem mas logo olha para mim e sorri

Que porra passa na cabeça desse garoto?

— feliz aniversário- diz- tem bebida?

— tem mas quem disse que você pode beber? - digo

— eu posso- Georg diz vitorioso é sai em direção ao bar

— não tem polícia aqui para prender seus pais por deixarem eu beber- Tom diz revirando os olhos

— você não sabe curtir sem beber?- Gustav pergunta olhando para o garoto

— é claro que eu sei- diz cruzando os braços- mas é menos divertido

Quando Georg estava voltando até nós várias meninas cercaram ele e começaram a fazer diversas perguntas. Ele nos olhou parecendo pedir ajuda mas as garotas percebem e correm até nós também

— Geórgia, não sabia que você era amiga deles- uma das meninas da minha escola antiga diz animada

— agora sabe- digo rindo e várias tiram seus celulares do bolso para tirarem fotos com Tom e Gustav também

Fiquei só observando enquanto ria dos meninos assustados mas logo me afastei um pouco e encontrei Bill sentado no chão do corredor, ao lado do banheiro

— conseguiu falar com ela?- pergunto sentando ao seu lado e ele apenas abaixa a cabeça

— um amigo seu esbarrou nela e derramou suco de uva na roupa dele- disse entre dentes- ela ficou triste, eu mão consegui falar e eu tive um deja vu- me olha sorrindo irônico

— onde ela está?

— no banheiro tentando limpar a roupa

— por que não vai ajudar ela? - digo

— você acha que devo?- apenas confirmo com a cabeça e ele se levanta

— boa sorte- digo vendo o garoto ir até o banheiro e bater na porta

Bill Kaulitz

Geórgia foi embora e eu bati na porta novamente já que na primeira ela não falou nada

— quer ajuda?- pergunto encostando minha cabeça na porta

Ela abre a porta e eu quase caio para dentro do banheiro, me puxa e fecha a porta novamente

— melhorou já- olho para a roupa dela

— ainda está manchado e não vai sair- diz frustrada enquanto joga o papel no lixo com certa raiva

— ninguém vai reparar- digo olhando em seus olhos

— vão sim, todo mundo repara- diz irritada- todas tem roupas limpas e bonitas, sempre sou eu que saio com a roupa suja- fala se sentando no chão e abraçando os joelhos

Eu odiava ver ela triste, apenas tirei minha jaqueta e estiquei para ela

— se quiser ir embora eu te levo- ela pega a jaqueta e veste rapidamente- mas não sei se é uma boa ideia, não deveria pensar muito na opinião dos outros

— eu não quero ir, eu só não quero que as pessoas me julguem- se levanta novamente e me olha

— ninguém vai te julgar- ela se aproxima de mim e eu apenas a abraço

Devido sua altura, eu abraçava seus ombros facilmente e ela a minha cintura enquanto apoiava a cabeça em meu peitoral. Ficamos abraçados por alguns minutos até ela quebrar o silêncio, confortável, que havia entre nós

— você queria falar alguma coisa?- ela diz e meu coração começa a bater rápido

— é que...- ela me olha e alguém bate na porta

Naquele exato momento eu me segurei para não gritar e xingar a pessoa de todos os nomes o possível, mas, aparentemente, era uma mulher passando mal então decidimos deixar ela entrar

É claro que ela olhou estranho para os dois adolescentes saindo do banheiro mas logo entrou no banheiro correndo. Além dela, tinha outra menina no corredor, a garota paralisou por alguns segundos enquanto nos olhava, tirou uma foto e saiu correndo. Provavelmente essa foto vai estar na Internet daqui a algumas horas

O que mais poderia dar errado?

Geórgia Hoff

Tom finalmente estava em paz e veio falar comigo. Estranho esses dias a gente está conversando muito, descobrimos ter gostos parecidos para filmes, músicas e esportes

— é interessante a experiência de ter fãs- ele diz sorridente- algumas são maiores e me descolaram umas bebidas- diz exibindo seu copo de whisky

— quantos desse você tomou?- pergunto rindo

— esse é o quarto?- se pergunta- não sei, só fui tomando enquanto conversávamos

— e qual delas você ficou?- pergunto e ele me olha com uma sobrancelha arqueada

— está achando que sou quem? Uma espécie de prostituta?- pergunta e eu apenas confirmo com a cabeça- nenhuma, a maioria namorava e as que sobravam não tinham muito interesse além de fãs

— então não ficou com nenhuma por que elas não quiseram, vontade teve de sobra- digo enquanto íamos em direção à piscina da minha casa

Lá estava tocando música alta e todos estavam dançando ou brincando na piscina enquanto comiam alguns aperitivos

— quer tanto que eu fiquei com alguém.- pergunta enquanto paramos um de frente para o outro no meio do caminho- então por que você não me beija?- me olha com um sorriso malicioso nos lábios

— você bebeu quantos copos mesmo?- pergunto rindo e ele se aproxima

— já disse que eu não sei- diz- e eu não vejo problema em te dar um beijinho, amigos servem para isso

— você beija Gustav ou Georg por aí? - pergunto irônica

— não necessariamente todos os amigos servem para isso- diz colocando as mãos em minha cintura

— então só amigos mulheres?- olho para ele arqueando uma sobrancelha

— só as bonitas- ele sorri e cola nossos corpos- isso não vai mudar nada na nossa amizade

— se você insiste- reviro os olhos e passo meus braços por seu pescoço e aproximo um pouco de seu rosto

Com nossos lábios quase se tocando, ele quebra o único espaço que tem entre nós dois. Sua mão acariava minha cintura enquanto minhas unhas arranhavam levemente seu pescoço. O beijo não tinha nenhum sentimento romântico no meio mas não deixava de ser bom, apenas encaixava perfeitamente. Finalizei o beijo mordendo levemente o lábio inferior do garoto e um selinho. Ele sorriu olhando para mim e apenas fomos dançar juntos

A campainha de Tom era muito agradável, ele sabia como me fazer rir mas também sabia me irritar nas vezes que ele fazia alguma palhaçada extremamente sem noção como imitar uma galinha enquanto fazia barulho de vaca ap invés de dançar que nem uma pessoa normal

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Talvez eu poste mais um ainda hoje

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