Хорошее чтение - Boa leitura
Ele não poderia estar mais contente, sua filha mais nova estava se formando em direito pela universidade de Moscou. Ele nunca contara que Kira é sua filha, não por vergonha, mas sim por segurança da mesma. Nenhum assessor ou amigo próximo sabia. Kira Gusev nasceu em um dia de muita neve, parecia que o mundo a esperava, menos Vladimir. Ele não sabia que a menina existia, soube quando encontrou a mãe de Kira em um hospital, com câncer em fase terminal.
"Ela é sua filha..." foram as últimas palavras antes de falecer. Ele não sentiu se quer remorso pela morte, mas sentia que deveria ser um bom pai, já que as outras duas filhas não tiveram um pai tão presente. Desde então, aos nove anos de idade, Putin cuidava-lhe, educava-lhe e acima de tudo, amava-a como nunca amou um ser humano. Era sangue de seu sangue, a caçula.
Os olhos eram iguais aos de seu pai, loira igual a ele e alta igual a mãe.
- Você veio... - Disse sorrindo para Vladimir que a abraçara forte.
- Eu disse minha pequena princesa. - Falou em sussurro no ouvido dela. - Não perderia por nada...
- Eu tenho uma novidade... - Kira riu de nervoso fazendo o pai olhar para os lados.
- Não vai me dizer que serei avô. - Riu fraquinho e Kira faz um não. - Então...? - Indagou já mudando a expressão de surpresa para irritação.
- Passei na fase final de... - Chamou-o para perto. - Espionagem.
- O quê? - Exclamou tão alto que todos ficaram em silêncio. - Você não pode Kira... eu quero uma vida normal para você... Essa vid...
- Kira! - Gritou uma amiga intima dela, aliás colega de quarto.
- Elaine! Meu Deus estamos finalmente formadas... - Sorriu e a abraçou forte. Aquele abraço fez Putin observar com atenção quão à vontade estava a filha com uma completa desconhecida para si. - Bom deixa eu te apresentar um amigo da família...
- Ah Claro, senhor Presidente... - Elaine deu a mão para Vladimir que a segurou.
- Prazer, Vladimir... - Sorriu cortês como sempre faz quando tem que bancar o social.
Elaine sentiu um arrepio e aquilo a incomodou. Sabia que o amigo de sua amiga era um homem mau. A fama dele pelo mundo não era das boas, um homem preconceituoso, manipulador e assassino. Enquanto estavam de mãos dadas, o cérebro de Vladimir teve longos segundos de estudo. Uma mulher de característica sul americanas, russo bem falado, postura bem portada e amiga da filha.
- Vladimir se nos der licença, eu e Elaine vamos tirar umas fotos... - Sorriu de forma esquisita. Ele faz um sim e observa o local com atenção enquanto as outras pessoas também o notam. Ao longe, tanto Kira quanto Elaine cochicham.
- Ele não sabe que você sabe que ele é meu pai... - Disse a amiga que sorria para as fotos, mas a expressão mudou quando o olhar dela varreu o salão de dança vendo o cara caucasiano, cabelos ralos loiros a encarando de longe.
- Acho que ele não gostou de mim. - Revelou a amiga que faz um não.
- No mínimo ele irá investigar sua vida... - Com desdém Kira se vira para os outros colegas e iniciam uma conversa calorosa. Elaine fica imóvel para algumas fotos e sentia que a bateria social estava se esvaindo, então sai do ambiente para fumar um cigarro.
- Caralho... - Disse em português.
- Курить очень плохо. ( Fumar faz muito mal). - Exprimiu Vladimir atrás de Elaine com emblemático terno preto e dois seguranças mais para trás de si. Ela virou-se deixando claro que não estava à vontade com a presença do presidente.
- Não sabia que era da saúde também... - Disse irónica fazendo ele rir.
- Tens realmente muita coragem... - Grunhiu à resposta seca.
- Não igual a sua.
Um silêncio se fez entre os dois.
- O Dmitri a deixou chegar perto da Kira como?
- Não sei do que fala.
- Reconheço uma espiã viuva negra quando olho para uma.
- Tens olhos, mas às vezes acho que é um tolo em percepções.
- Garota, acha mesmo que sou um principiante...? Quando eu estava na KGB você não estava nascida... - Aquilo à fez se virar para observar o horizonte de Moscou.
- Como descobriu?
- Este vestido foi eu que o dei.
Continua...
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O cretino do presidente - V.V.P
AzioneQuando se afugentou no trabalho árduo para afogar as mágoas do passado, Vladimir sempre se sentiu sozinho deixando a mente pronta para aprontar ou fazer maldades. Mesmo tendo duas filhas, ele nunca deixou de ser ele próprio, um narcisista. Nem e nun...