Harry estava em meio de muitos sentimentos diferentes durante os últimos dias, ele havia conseguido com que o homem que queria o matar o ajudasse a ficar longe da guerra, ele estava sendo tratado de forma legal pelos comensais da elite de Voldemort; isso sem contar que Fenrir estava o tratando como um filhote, e isso era uma coisa muito louca.
— Você sabe que tenho quase 17, certo? – questionou o lobo que estava lendo um livro à frente dele.
— Sou um lobisomem, mas ainda tenho um cérebro e boa memória. – respondeu sem tirar os olhos das palavras que estava lendo.
— Porque me ter como seu filhote? Já sou quase um adulto e nem ao menos sou um lobisomem. – o garoto estava genuinamente confuso.
— Não posso ter filhotes, meu lobo te reivindicou como meu. – deu de ombros com a curta explicação.
— Não entendo como eu não consigo achar isso estranho. – suspirou e voltou para seu livro.
— Assim que meu lobo reivindicou você tivemos um laço sendo feito, estamos ligados como matilha, magicamente. – falou e então se levantou. – Estarei fora da Inglaterra por algumas semanas, caso precise de algo mande uma coruja e voltarei o mais rápido possível.
O garoto estava começando a ficar com dor de cabeça, – sinceramente, porque não posso fazer nada fácil? – suspirou enquanto se levantava, ele precisava ver com Narcisa Malfoy se poderia beber alguma poção para dor, e talvez ter algo para comer, quando estava saindo quase trombou em Draco, que parecia em um debate interno.
— Uh.. – o loiro parecia um cervo sendo pego por faróis. – Você perdeu o almoço, então trouxe alguns sanduíches. – entregou a bandeja e se virou para ir embora.
— Eh, obrigado. – agradeceu meio incerto. – Você sabe onde está sua mãe? Preciso saber se posso tomar poção para dor sem prejudicar o bebê.
— Posso levá-lo até ela. – ofereceu.
— É algo aceitável. – respondeu dando de ombros.
Durante todo o caminho nenhum dos dois falou alguma coisa, em parte porque não sabiam o que falar e por outro lado porque Harry estava mastigando seus sanduíches enquanto observava ao seu redor, alguns quadros os cumprimentava ou faziam comentários.
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Durante um mês inteiro ele teve diversas surpresas ao se encontrar com a elite, mas a coisa mais surpreendente era que todos os dias ele acordava com Marvolo – o homem pediu para ser chamado assim ao invés de Tom – no sofá de seu quarto, apenas mais tarde que ele descobriu que era o quarto do Lorde das Trevas.
Ele tentou devolver, alegando que poderia dormir em outro lugar sem problemas, já que já havia dormido em um armário; comentário que não passou tão despercebido quanto queria. Não que Harry quisesse que o homem saísse dali e tudo mais, e por mais assustador que pareça, ele se sentia cada vez mais confortável ao longo dos dias em que acordava com Marvolo ali.
— Hoje informarei aos meus seguidores sobre os últimos acontecimentos, por isso peço que fique apenas na ala Royal. – informou enquanto colocava mais comida no prato de Harry.
— Não pretendia sair do quarto, estar grávido de quase cinco meses está matando minhas costas. – deu de ombros enquanto continuava comendo. – Cissy, encontrei aquele feitiço que lhe falei, gostaria que pudéssemos fazer.
— Claro, ele não teria nenhum dano caso tivesse algo errado com o feitiço. – a mulher balançou a cabeça.
— Qual feitiço? Se eu puder saber.
— Oh, eu estava me perguntando se não existia um feitiço que se igualaria a ultrassonografia do mundo trouxa, então comentei com Cissy e me disponibilizei para procurar. – explicou com animação. – Podemos ver nosso bebê e saber o sexo, pelo que li assim que aparecer a imagem do bebê poderemos ver pela cor, se for azul será menino e se for rosa será menina.
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Meu caminho para felicidade
FanfictionHarry estava com seus quase 17 anos, o mundo bruxo ainda estava em guerra com o lado negro, mas alguns eventos fazem com que tudo mude drasticamente. Tudo por conta de uma maldita poção que Dumbledore fez Harry beber.