Meu caminho para felicidade

07

Harry agradeceu sinceramente que, por ser um homem, ele não teve que empurrar sua filha por seu canal anal, Narcisa havia explicado que o nascimento seria como uma cessária trouxa e que era dessa forma que os bebês nasciam quando seu portador era um homem.

— Qual será o nome dela, Harrykins querido? – Bella perguntou, olhando a menininha que estava enrolada em um grande cobertor rosa bebê.

— Eu e Tom concordamos em chamá-la de Hatsya. – respondeu enquanto ainda olhava encantado para sua filha.

A pequena bebê tinha bastante cabelo – negro como as penas de um corvo –, seu pequeno nariz de botão com toda certeza foi herdado de Harry, seus lábios eram pequeninos e avermelhados – eles estavam ao redor do mamilo de seu portador, enquanto sugava o leite –, a mãozinha estava segurando fortemente o dedo de Marvolo. O homem por sua vez ainda não havia dito nada pois estava em seu próprio mundo enquanto observava a sua filha sendo amamentada, aos olhos dele ela era a coisinha mais pequena e preciosa que poderia ter aparecido diante seus olhos, e ele sabia com toda certeza que a garotinha teria tudo que quisesse, se ele tivesse algo a dizer.

— Oh, ela abriu os olhos. – Harry falou animado, e todos olharam para tentar ver qual era a cor. – Veja se não é a coisa mais preciosa. – seus olhos estavam com sombras de lágrimas.

— Ela tem um dos olhos parecido com o meu. – o Lorde das Trevas engasgou de surpresa quando os dois pequenos olhinhos se viraram para ele, ela tinha heterocromia e um de seus olhos era um castanho avermelhado, enquanto o outro era o verde esmeralda de Harry.

— Olha se não é a coisinha mais linda e maravilhosa da titia Bella. – a mulher falou, se aproximando e olhando a menina mais de perto. – Dolph, eu quero um.

Por Harry estar muito cansado, eles ficaram encarregados de cuidar da pequena criaturinha enquanto ele dormia e descansava – até ela precisar ser amamentada novamente –, foi engraçado fazer o grande Lorde das Trevas pegar sua filha, mas como ele não estava muito disposto em deixá-la com os outros ele teve que o fazer e quando todos viram os brilhos nos olhos do homem, eles souberam que dificilmente conseguiriam pegar a criança do pai dela.

***

A primeira semana cuidando de um bebê foi interessante, Hatsya era uma criança muito calma e só chorava quando precisava ser trocada, ou até mesmo quando estava com fome, e não havia sido tão difícil pois eles tinham a elite do Lorde das Trevas os ajudando a cuidar dela, eles se mostraram bastante entusiasmados em cuidar da menininha enquanto deixava seu senhor e Harry descansarem. Quando o garoto foi finalmente liberado para andar pela ala Roya – ele não podia descer ou subir as escadas ainda – ele foi até onde estava o quadro de seus pais e os apresentou a primeira neta deles, o casal Potter ficou mais do que encantado com a garotinha e arrulharam bastante em cima dela.

— Obrigado por ter me dado ela. – Marvolo agradeceu, carregando a filha até o berço que estava no quarto.

— Eu que agradeço por você ter me deixado vivo. – mordeu o lábio enquanto observava o homem se sentar no sofá para olhar alguns papéis do Ministério. – Eu aceito.

— Eu peço seu perdão? – olhou confuso para o mais novo, que estava escondido no meio das cobertas.

— Se você ainda me quiser, eu aceito seu cortejo. – respondeu sentindo seu rosto queimar.

O mais novo sabia que já havia se passado uma semana desde que o homem havia pedido para cortejá-lo, mas nenhum deles tocou nesse assunto já que estavam mais ocupados com a filha do que qualquer outra coisa, e durante esse tempo Harry pode pensar melhor sobre o pedido. Isso sem contar que ele precisou ter certeza de que seus pais estariam bem com ele aceitando um relacionamento com o mesmo homem que os assassinou, enquanto conversavam ele teve seu pai gargalhando pois disse que era mais do que a hora de tomar iniciativa.

— Tem certeza? – o homem perguntou para ter certeza absoluta do que ouviu. – Eu não quero que aceite apenas por conta da Hatsya.

— Não é só por ela, mas também por mim. – disse e tirou uma caixinha do meio das cobertas. – Draco me ajudou já que eu não poderia sair para encomendar. – flutuou a caixa até as mãos do homem.

Marvolo olhou o mais novo por um momento e então voltou seus olhos para a caixinha, ao abri-la ele viu um bracelete que tinha o formato de um bola de fogo chinês, os olhos do dragão era feito com um rubi e uma esmeralda, era um lindo design e os olhos lembraram da filha deles, além de que o bracelete parecia carregar muita magia de Harry.

— Como as runas são muito complicadas para mim, e eu meio que consegui explodir uma pena com uma runa que deveria ser de proteção. – estremeceu ao se lembrar. – Pensei que seria melhor lhe dar apenas minha palavra e depois acrescentar as runas.

— Isso pode ser aceitável. – o Lorde das Trevas concordou, ainda observando o objeto em sua mão.

— Eu lhe prometo fidelidade. – começou, e finalmente teve os olhos vermelhos nele. – Prometo amar-te enquanto puder e proteger-te quando precisar de proteção.

— Você não precisa me prometer proteção. – murmurou de onde estava acariciando o bracelete. – Eu posso nos manter seguros.

— Mas eu quero. – deu de ombros.

Harry se virou para dormir e o homem apenas ficou ali observando o bracelete, ele ainda não podia acreditar que realmente estava cortejando o garoto que tomava parte de seus pensamentos na maior parte do tempo.

— Agora que estamos cortejando. – o garoto começou, assustando o mais velho. – Você poderia dormir na cama comigo. – o homem piscou estupidamente e então riu.

— Você quer dormir na mesma cama que eu? – questionou levemente divertido, mas subiu na cama mesmo assim.

— Bem, não tem sentido em você continuar dormindo no sofá. – tentou parecer indiferente, mas o mais velho teve o vislumbre da nuca levemente vermelha do garoto.

Marvolo se deitou e ficou em seu canto – mesmo querendo abraçar o outro – já que não queria assustar o garoto ao passar algum limite, então ele sentiu a cama se mexer e o corpo menor se aproximou de si, o abraçando.

— Boa noite, Tom. – murmurou, logo se deixando adormecer.

— Boa noite, Harry. – sussurrou em resposta.