As coisas do quarto da bebê já haviam sido compradas e agora era hora de arrumar tudo, Harry ainda se sentia todo quebrado por conta do peso extra que estava carregando, mas ainda assim insistiu em ajudar com tudo. Marvolo não o deixava fazer nada além de dizer onde queria cada uma das coisas e as cores que seriam pintadas as paredes, teto e todo o resto.
O Lorde das Trevas estava em um grande dilema ao tentar estragar o garoto, mas o menino não se deixava ser mimado – por mais forte que sejam as tentativas –, até mesmo Narcisa e Fenrir estavam tentando essa batalha perdida.
Hoje era o dia em que ele faria uma visitinha aos "adoráveis" parentes de Harry, eles estavam na masmorra sofrendo torturas, para sentirem pelo menos um terço da dor que causaram no garoto. O homem não sabia como abordar o assunto com Harry, sobre ele ter sequestrado os tios do garoto e estar os torturando, mas ele também achava que o Potter já sabia o que estava acontecendo.
— Porque está se mexendo tanto? – perguntou ao ver o menor se revirando na cama.
— Não consigo ficar confortável com todas as minhas dores na costa. – reclamou enquanto tentava achar uma posição confortável.
— Gostaria de uma massagem? Talvez possa ajudar. – ofereceu e o outro o olhou, parecendo considerar.
— Se não for incômodo, eu aceito. – assentiu enquanto se arrumava na cama.
Marvolo pegou um bálsamo relaxante e se sentou na cama, após pegar uma generosa quantidade ele espalhou por suas mãos e começou a massagear as costas de Harry. O garoto gemeu em contentamento quando sentiu suas dores começarem a ir embora e seus músculos começarem a relaxar, ele estava nos céus.
Ele não sabia que receber uma massagem era tão bom, mas ele claramente iria querer várias outras se possível, aquelas mãos eram algo maravilhoso e estavam fazendo maravilhas em sua costa. Além de que ele estava tão cansado que nem percebeu que estava se entregando aos sonhos, Marvolo – por outro lado – percebeu e riu silenciosamente enquanto ouvia os murmúrios de Harry.
Potter estava murmurando algo sobre pedaço dos céus, maravilhas que sua mão estava fazendo e mais algumas coisas sobre como ele amava massagens e amaria recebê-las novamente.
**
Por mais que ele soubesse que poderia perturbar o garoto, ele ainda queria fazer isso, era a única chance que o mais novo tinha de ter algum contato com seus pais. Quando Harry entrou em seu escritório, o homem viu os olhos dele se arregalarem após ver o quadro.
— Mamãe, papai? – perguntou, piscando igual coruja.
— Olá querido. – Lily cumprimentou com um sorriso. – Você está tão lindo grávido.
— Me desculpem. – pediu com voz de choro.
— Não se preocupe pequeno Ponglest, não estamos decepcionados. – James finalmente falou. – E seu namorado já nos explicou tudo. – esse comentário fez o garoto corar.
— Pare de provocá-lo, James. – a mulher brigou com seu marido, ao qual não parecia nada arrependido. – Então, me conte tudo, querido. – pediu, ela ouviu do Lorde das Trevas, mas queria ouvir seu filho contar por ele mesmo.
As próximas horas foram do garoto conversando com seus pais e ouvindo algumas histórias de quando eles estavam no colégio, eles também ouviram sobre o tempo do garoto em Hogwarts e mostraram muito descontentamento com o que ouviam.
— Obrigado. – agradeceu quando a cortina do quadro se fechou para que seus pais pudessem descansar. – Obrigado por trazê-los aqui, por me deixar viver, por se vingar dos Dursley.
— Não preciso de agradecimentos. – o homem respondeu. – Vamos, você deve dormir um pouco, antes de voltarmos a mexer no quarto da bebê. – se levantou e ajudou o garoto a fazer o mesmo. Eles caminharam em um silêncio reconfortante até o quarto.
— Obrigado novamente. – agradeceu e em um momento de sua coragem Gryffindor ele se ergueu na ponta dos pés e pressionou levemente seus lábios no do mais velho. – Boa noite. – entrou rapidamente no quarto.
O homem ficou parado por um momento, suas orelhas estavam quentes e seus lábios formigavam, ele sorriu minimamente enquanto voltava para seu escritório, esse havia sido um bom dia para ele.
**
O quarto estava quase pronto, as paredes eram em um tom cacatua rosa com os móveis brancos, aqueles que eram almofadados tinham as almofadas em tons de malva de inverno. Harry ainda pretendia ter alguns desenhos na parede, mas como ainda não tinha nada em mente deixou assim por enquanto.
— Tem certeza que gostou? – perguntou meio inseguro.
— Está adorável, nada além de adorável. – Marvolo respondeu olhando ao redor.
Eles trocaram a cor dos móveis assim que eles chegaram, para que combinasse com a paleta de cores do quarto, Harry havia sido muito animado na questão de decoração do quarto; agora ele estava guardando as roupinhas que eles ganharam da matilha de Fenrir e as que eles compraram.
Marvolo estava o ajudando já que o mais novo se cansava rapidamente por conta da barriga de quase sete meses, o homem queria que ele apenas ficasse sentado e o deixasse fazer o resto, mas o Potter era bem teimoso nessa questão.
— As roupinhas que a matilha nos deu ainda são as minhas preferidas. – falou enquanto tinha um conjunto em mãos.
— Eles foram muito atenciosos. – o homem assentiu após falar, ele também tinha uma grande preferência pelas roupinhas que a matilha deu.
— Nós temos que conversar sobre o nome dela. – comentou.
— Eu aceitarei o que você escolher. – franziu o cenho, ele achou que o garoto já havia escolhido o nome.
— Você é o outro pai também, não vou escolher o nome dela sozinho. – deu um olhar ao mais velho, como se o desafiasse a dizer ao contrário.
Então ali começou uma discussão sobre nomes que eles mais gostavam para colocar na filha deles, o que os dois não perceberam foi Narcisa e Bellatrix na porta; as duas mulheres haviam ido chamar Harry para tomarem chá juntos e acabaram encontrando o garoto guardando as roupinhas enquanto conversava alegremente com seu senhor.
As duas irmãs também perceberam o brilho que tinha nos olhos dos dois, era algo incrível pois seu senhor nunca demonstrou interesse por ninguém, mas naquele momento ele estava olhando Potter como se fosse a coisa mais preciosa de todo o universo. Também tinha a questão de que apenas o jovem bruxo conseguia ir contra o Lorde das Trevas, eles estavam se deixando entrar aos poucos e de forma inconsciente.
— Parece que finalmente teremos um Lorde consorte. – Bellatrix brincou enquanto saia ao lado de sua irmã.
— Acho que será bom para ambos. – a matriarca Malfoy concordou.
— Rodolphus me deve um encontro. – a mais velha falou e se despediu de Narcisa que riu enquanto negava.
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Meu caminho para felicidade
Hayran KurguHarry estava com seus quase 17 anos, o mundo bruxo ainda estava em guerra com o lado negro, mas alguns eventos fazem com que tudo mude drasticamente. Tudo por conta de uma maldita poção que Dumbledore fez Harry beber.