Incognita potentia

1943

Notas do autor: Olá, olá, peço desculpas pela demora, mas acabei me distraindo com leitura, teve o concurso público, além de eu ter coisas pra fazer no trabalho, mas enfim saiu. O capítulo em si é curto mesmo, mas apenas uma breve introdução da chegada de Harry ao passado. O próximo capítulo é maior.

Não revisei, mas espero que gostem.

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Harry ficou tão paralisado que mal tinha coragem de respirar, como se um mínimo movimento fosse fazê-lo explodir. Seus ouvidos ainda zumbiam sutilmente. No fundo estava apavorado. Ele conseguiu retornar ao passado? No ano certo? Seus olhos analisaram o ambiente com extrema cautela. Estava idêntico, a diferença era o pó e os móveis no local original antes de Dumbledore deixar de canto para realizar o ritual. Não tinha nenhum círculo rúnico abaixo de si, apenas um sútil círculo, como se tivesse se teletransportado.

Respirou fundo e o mais lento possível. Nada aconteceu. E com um pouco de coragem começou a apalpar inteiro em busca de algum possível ferimento, mas nada, o que francamente lhe deixou extremamente aliviado. Realizar o ritual a princípio não deixou nenhuma sequela. Seus pertences também estavam consigo, menos a sua varinha e por um segundo Harry entrou em pânico, mas logo se lembrou que deixou a sua varinha para trás, afinal iria conseguir-lá novamente.

Com tudo no lugar, Harry agora precisava pensar no que faria a seguir. Dumbledore lhe disse que seu eu mais jovem iria aparecer no momento que chegasse devido às barreiras. Então onde ele estava? Confuso, olhou ao redor, mas nada; mas no momento seguinte seus olhos se arregalaram e seus instintos foram mais altos ao se jogar no chão e rolar para a direita.

No entanto, antes que pudesse fazer qualquer outra coisa ou até mesmo pensar, ele se encontrava preso pelo feitiço incarcerous. "Droga", pensou frustrado.

— Você tem excelentes reflexos — comentou a pessoa escondida nas sombras, que foi surgindo e deixando Harry de boca aberta.

— Diretor Dumbledore? — perguntou, surpreso. O Diretor não parecia com nada com o seu velho eu. Ele parecia tão novo e Harry ficou impressionado ao descobrir que ele era ruivo. Harry não deixou de se perguntar se devido ao estresse por causa de suas escolhas isso acabou o envelhecendo significativamente.

— Você parece me conhecer, mas você não me parece nem um pouco familiar. — Por mais que seu tom de voz era suave, Harry percebeu seu corpo tenso e isso o fez engolir seco.

— Espere! — clamou Harry, remexendo-se desconfortável no chão. — Eu tenho uma carta sua. E-eu vim do futuro. Está no bolso. — Estava eufórico, ele não conhecia esse Dumbledore e compreendia porque ele estava apreensivo, afinal ele invadiu um local que ninguém deveria saber. Harry teve que engolir grosseiramente quando a expressão de Dumbledore tornou-se rígida, sua testa estava franzida e ele o analisava. Harry não duvidou que ele sondou superficialmente sua mente para saber se ele não estava mentindo. Harry observou Albus acenar com a varinha e fazer seus pertences saírem de seus bolsos. Seu coração martelava tão forte, com medo de que algo desse errado.

Dumbledore analisou os bens do jovem que invadiu seu local. Por mais que ele parecesse sincero, não deixou de duvidar de sua fala. Ele carregava pouca coisa e por mais que sua curiosidade estivesse atiçada para pegar os objetos e analisá-los, nenhum deles atraiu o seu foco como uma carta endereçada para si e com sua própria letra.

Harry assistiu o seu... Harry precisava se lembrar de que Dumbledore não era ainda Diretor. Professor Dumbledore lia a sua própria carta com grande foco. Seus olhos brilharam de uma maneira estranha antes de olhar em sua direção.

— Interessante. — Com um aceno casual de sua mão, as amarras que prendiam Harry sumiram. — Então você é um Potter, você tem as características. — Dumbledore tinha um olhar tão intenso que Harry não se atreveu a se mexer, apenas engoliu seco. Com um suspiro, o homem mais velho continuou: — Peço desculpas por todo inconveniente que infligi a você em seu tempo.

Harry finalmente se levantou do chão.

— Não se preocupe com isso, senhor. Nós já falamos sobre isso.

Dumbledore acenou. Balançou a carta e pronunciou.

— Na carta diz que foi realizado um ritual, meu futuro eu não deu tantas informações, pelo visto eu continuo com essa mania — balbuciou a última parte para si mesmo. — O ritual é algo que os Diretores de Hogwarts trabalharam ao longo de suas vidas, então presumo que Dippet pode me explicar melhor essa parte, além de ser considerado Magia Negra, destruiu totalmente o futuro para que não tivesse chance de paradoxos. — Acariciou sua pequena barba. — Bastante engenhoso, na verdade.

— Sim — concordou Harry, trocando o peso dos pés, ele ainda estava se sentindo desconfortável com a viagem. Saber que tudo se foi e não teria nenhuma oportunidade de voltar para o seu próprio tempo ainda o deixa angustiado, mas sabia que no fundo sua decisão não mudaria. Ele permaneceria no passado, garantindo um futuro melhor.

Dumbledore analisava atentamente o jovem à sua frente, sentindo um peso em seu coração. Lendo o conteúdo da carta, Albus jamais pensou o quanto estava prejudicando as pessoas ao seu redor. Seu futuro eu escreveu para que ouvisse o jovem Potter, escutasse seus conselhos e pedisse opinião. Isso o fez questionar o quanto ele acabou se retraindo depois da morte de sua irmã. Suspirou cansado.

— Na carta também tinha que eu deveria conversar com você. Buscar a sua opinião. Além de conter ou melhor exigir que eu deixe você fazer as suas escolhas, principalmente referente a Tom Riddle. — Tinha muitas coisas vagas na carta, Albus realmente piorou com suas manias no decorrer do tempo?

Harry olhava para Dumbledore ainda cauteloso. Dumbledore lhe disse que quando era mais jovem, cometeu muitos erros e não conseguia enxergá-los, por isso ele precisava dar conselhos ao homem. Porém, ele iria lhe ouvir?

Ambos ficaram se encarando profundamente, tentando decidir o que fazer a seguir. No fim, Albus apenas decidiu levar esse assunto para o Diretor Dippet. Não adiantaria resolver algo assim sozinho.

— O que me diz em levar esse assunto ao Diretor de Hogwarts? — indagou Albus.

Harry piscou algumas vezes confuso, mas logo se lembrou quem era o antigo Diretor antes de Dumbledore. Talvez fosse a melhor opção, principalmente com um homem que sabia da existência do ritual. Harry já se sentia estranho em estar presente com o outro. Respirou fundo, ele certamente iria precisar de uma lista.

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Notas finais: 

Já atualizei meu cronograma de atualização de fanfics, então a sorte está a favor de Incognita pois é a primeira da lista. Infelizmente essa semana não sei se conseguirei escrever, tenho relatórios para fazer, mas se der tudo certo, sai final de semana. Beijoos e até o próx