𝑷𝒓𝒐́𝒍𝒐𝒈𝒐⁰¹

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Hoje era um dia especial na casa dos mccall, aniversário da filha do meio, Katherine.

A garota fazia finalmente seus quinze anos, e por isso teve uma grande comemoração dos irmãos, e logo após eles decidiram ir a uma boate que tinha no centro de Nova Orleans, a cidade em que viviam.

Mas infelizmente por terem apenas 13 anos, os gêmeos, Carl e Dalila não poderiam entrar na boate que tinha como requisito +15 para entrar.

Então depois de muita discussão os irmãos decidiram ficar em casa, sozinhos

Era isso ou ficar com a vizinha ao lado, que falava enquanto dormia, o que assustava Dalila.

Mas foi só os irmãos mais velhos darem as costas que o inusitado aconteceu, Carl pulou a janela para sair com os amigos, que por sinal, os irmãos odiavam, deixando assim, Dalila sozinha em casa.

A garota não ligava, achava até legal, um tempo sozinha.

Isso era difícil ter na casa do mccall, considerando que era uma casa com quatro irmãos e o cunhado insuportável da garota, que ela odiava.

Dalila estava lendo seu livro e ouvindo música quando ouviu um ruído, então a garota abaixou o volume da musica em seu celular.

Meio minuto de silêncio se passou, e então um golpe na madeira da porta foi ouvido, três batidas que deixou a adolescente assustada.

Ela olhou no relógio e se assustou - mais do que já estava.-

- Dalila: Carl deveria chegar somente daqui uma hora.

A morena correu até as longas cortinas da sala e puxou para o lado, ficando confusa com o que via.

Seus pensamentos se perderam e a garota sentiu um frio nas costas e um arrepio na espinha.

Não demorou muito para a porta velha de madeira de quebrar, fazendo a garota se surpreender, e mais ainda com a agressão que veio em seguida do estrondo.

Despreparada para o ataque, Dalila sentiu seus pés sendo arrastados pelos pisos. Então, a pessoa com uma máscara a empurrou com força contra a parede. Agarrando-a pelos cabelos, arrastou a garota até a cozinha.

O pânico se fazia presente na mente da adolescente, mas em um estralar de dedos tudo foi substituído por seus instintos mais primitivos.

Dalila mccall lutava por sua vida.

A agressão prosseguiu na cozinha, com Dalila agarrando e chutando qualquer coisa que fosse capaz de ajudá-la.

Com o caos na cozinha ainda estalado incluindo tigelas rolando e banquetas se chocando, Dalila conseguiu pisar no tapete da sala, que lhe deu força.

Ela tirou força disso para buscar se libertar do domínio do mascarado, mas sua resistência só aumentou a fúria dele, que começou a puxar sua cabeça para trás com força, arrancando uma mecha de cabelos, fazendo a adolescente cair e bater a cabeça contra a estrutura de madeira do sofá.

Então ele se arremessou sobre a garota.

A dor que ela sentia era alucinante. A visão de Dalila começou a ficar turva, e a audição ficou comprometida.

Foi quando o mascarado apertou seu pescoço, sufocando-a. Ela arfou, buscando ar, mas sem sucesso, foi quando ela sentiu algo perfurar seu peito.

Uma faca.

Apesar do seu corpo fraco, Dalila ainda resistia, até que sua visão se foi, assim como sua voz.

E então o assassino decidiu abandona-la ali, escapando pela porta quebrada da sala a largando aberta, deixando que o frio penetrasse pela casa e atingisse seu corpo desfalecido.

Naquele momento tudo que Dalila conseguia ver era a luz branca da lâmpada, um brilho na escuridão.

As lágrimas rolavam pela sua pele hidratada e pálida e alcançaram silenciosamente o piso.

Alguns minutos depois e de longe ela pode ouvir como sussurros as vozes das pessoas que ela tanto amou, seus irmãos - Que foram chamados pelos vizinhos que ouviram os barulhos.- gritavam e choravam, a sirena era ecoada na noite.

A ajuda chegou, embora fosse tarde.

No entanto, antes de deixar tudo para trás, a família por quem ela tanto lutou e amou, ela disse suas últimas palavras, em sussurro que só os irmãos a ouviria, por estarem tão perto da garota.

- Dalila: nunca confie em quem você ama.

𝙀𝙣𝙚𝙢𝙞𝙚𝙨 𝙞𝙣 𝙝𝙖𝙩𝙚 -𝓡𝓪𝓯𝓮 𝓬𝓪𝓶𝓮𝓻𝓸𝓷Onde histórias criam vida. Descubra agora