Monte Aslam
- Já que todos entendemos as circunstâncias. - exclamou Pedro. - Foi a trompa... a sua trompa, Susana... que ontem de manhã nos arrancou do banco da estação! É difícil acreditar nisso, mas a verdade é que tudo se encaixa...
- Não sei por que é difícil de acreditar, se você acredita em magia. - disse Lúcia. - Não há tantos casos em que por magia as pessoas são chamadas a sair de um lugar... até a passar de um mundo para outro? Nas Mil e uma noites, quando o mago conjura o gênio, ele tem de aparecer. Foi mais ou menos o que aconteceu conosco.
- Exato - concordou Lya. - Mas o que faz isso parecer tão estranho é que, nas histórias, é sempre alguém do nosso mundo que faz o chamado...
- Ninguém realmente para pra pensar de onde vem o gênio. - Pedro completou.
- E agora podemos compreender como o gênio se sente! - disse Edmundo, com uma gargalhada. - Caramba! Não é muito agradável saber que podemos estar à mercê de um assovio. Ainda é pior do que ser escravo do telefone, como papai se queixa tanto...
- Mas não estamos aqui de má vontade. - disse Lúcia. - Desde que seja a vontade de Aslam.
- E agora? O que vamos fazer? - perguntou o anão. - Acho que o melhor seria dizer ao rei Caspian que afinal o auxílio não veio...
- Não veio, o quê! Essa é boa! Veio sim senhor, e aqui estamos nós! - Lya se levantou meio confusa pelas palavras de Trumpkin.
- Bem... que estão aí, estão... Mas acho que... - gaguejou o anão. - Mas... bem... quer dizer...
- Oras! Ainda não percebeu quem somos nós? - gritou Lúcia. - Que anão mais bobo!
- Devem ser as cinco crianças da lenda, de fato! - disse Trumpkin. - Tenho muito prazer em conhecê-los, é claro. Não há dúvida de que este encontro é muito interessante... Mas, sem querer ofender... - e voltou a ficar hesitante.
- Vá em frente e diga o que tem a dizer - falou Edmundo, impaciente.
- Bem, não fiquem ofendidos... Mas, como já disse, o rei, Caça-trufas e o professor de Caspian esperavam por auxílio. Não sei se estão me entendendo. Mas eles imaginavam vocês como grandes guerreiros. Não sendo assim... bem, nós adoramos crianças, mas a esta altura... em plena guerra... acho que vocês estão entendendo...
- Ah, você pensa que não aguentamos uma gata pelo rabo, não é? - disse Edmundo, corando muito.
- Por favor, não fique zangado! - interrompeu o anão. - Asseguro-lhes, caros amiguinhos...
- E ainda trata a gente por amiguinhos?! É demais! - protestou Lya e Edmundo levantou-se num pulo pronto para discutir.
- Não acredita então que fomos nós que ganhamos a batalha do Beruna? Bem, de mim pode dizer o que quiser, mas a verdade...
- Não vale a pena discutir - disse Pedro, interrompendo Ed.
- Talvez seja hora daquela conversinha de hoje cedo acontecer, Pedro.‐ Lya encarou empolgada a espada do rei. - Prove que é um verdadeiro guerreiro.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Plummer e o chamado de Caspian: as crônicas de Nárnia
FanfictionApós a estadia na casa de Digory; Lya decidiu ir embora junto dos pevensie's assim deixando seu tio novamente. Quase 3 anos sem notícias da tão amada Nárnia, os jovens se encontravam em Londres, agora que as férias havia acabado o início das aulas v...