capítulo 3

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A sala dos tesouros

Os jovens desceram as escadas cuidadosamente, alguns degraus estavam danificados mas apesar disso haviam exatamente 16 degraus como antigamente. Quando finalmente chegaram ao fim, Pedro abriu um portão de ferro que fez um barulho irritante, estava enferrujado.
Plummer olhou ao redor vendo seu bau ao centro da sala com sua estátua esbelta feita de diamante. Os demais estava cada um na direção de onde ficavam seus tronos, era lindo, e estava do jeito que tinham deixado.

– Não acredito, ainda está tudo aqui!– Disse Pedro surpreso e sentindo um frio na barriga como os demais.

– Eu não sei nem por onde começar.– Lya falou meio baixo e acariciou seu bau tirando um pouco do po, logo balançou a mão fazendo bastante da sujeira grudada em sua mão agora cair ao chão.- Má ideia!

- É mesmo uma idiota..- Pedro soltou uma gargalhada vendo a menina tentando ser limpar

Lúcia foi a primeira a correr para abrir seu baú e pegou um de seus vestidos antigos

– Eu era tão alta!– murmurou a menina surpresa provando o vestido por cima da roupa.

– Não Lu, você era mais velha!– Susana riu.

– Ao contrário de anos depois... quando você está mais jovem!– Edmundo brinca provando um de seus capacetes antigos

Pedro demorou a se aproximar de seu baú, ele andara devagar ate la reparando sua estátua atentamente

– O que foi?!– Lucia chamou atenção dos demais na sala enquanto via Susana revirando desesperadamente seu bau.

– Minha trompa.– A garota não conseguia achar e fez um olhar triste.– Devo ter deixado na sela no dia que voltamos.

Pedro abriu seu bau cauteloso imediatamente começou a vasculhar
Lya fez o mesmo, mas se surpreendeu ao logo de cara ver algumas cartas, não se lembrava de ter escrito.
A menina segurou com delicadeza a balançando para tirar o po, era meio ilegível mas ela conseguia ver um pouco o que estava escrito.

–há três cartas aqui..– Lya falou olhando os demais com estranheza, eles a encararam a esperando ler– "Meus caros rei e rainha
Ou melhor por se dizer papai e mamãe, não me lembro de vocês a menos pela estátuas e pinturas espalhadas pelo castelo inteiro. Me angustia não sabe quando voltarão, ja faz mais de 15 anos. Estou sobre o cuidado do tio Tumnus, a vovó castor se foi a alguns anos. Em seu leito de morte disse que eu não deveria perde a fé em você, rainha Lya, pois você é a esperança de Nárnia. Aslam me disse o mesmo, uma pena ele não vim me visitar tanto; ele me conta historias sobre você, sobre meu pai e sobre meus tios. Devo dizer que me inspiro em ser um guerreiro justo como o Tio Ed. Gentil como tia Susana, destemida como Lúcia e magnífico como papai. Não tenho muito tempo aqui, então terminarei a carta esperando que a magia maior de nosso mundo traga vocês para mim." 

– É o Arthur?– Pedro murmurou meio em choque, Lya respirou fundo segurando para não chorar e entregou a outra carta para Pedro ler.- " Já se faz 35 anos, eu me casei com uma fugitiva da cruel calormania e a transformei e minha rainha, vocês a amariam. Tenho filhos, não é mais tão solitário espero que nem para vocês e que estejam uns com os outros. Maugrim se foi, assim como o senhor raposo. É difícil pensar neles sem lembrar de vocês, eles os fizeram mais presente em minha vida. Já sou um homem formado, sou rei disso tudo e lidero como vocês me ensinariam. Eu fui para o lampião algumas vezes mas aparentemente não há uma passagem que me leve até vocês. Voltem logo".

Plummer e o chamado de Caspian: as crônicas de Nárnia Onde histórias criam vida. Descubra agora