Capítulo 3

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                   Boa leitura!

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Pov: Maraisa

Depois daquele dia no bar eu não tive mais contato direto com Danilo, como a mãe dele ia cuidar da minha filha meu único meio de comunicação com dona Guiomar era através do filho e da minha irmã que ficou encarregada de falar com o comediante e resolver as coisas que ficaram pendentes, como os horários em que a senhora ficaria com Maisa. Ficou decidido que Danilo traria a mãe aqui pra casa e me levaria para o bar, assim seria mais fácil para Maisa se acostumar estando em um ambiente já conhecido. Eu resisti um pouco pois não queria dar esse trabalho todo para Danilo e muito menos para dona Guiomar, mas como minha irmã foi quem decidiu isso ao lado do rapaz, eu não tive muito o que fazer senão aceitar, eu precisava começar a trabalhar e não poderia me dar ao luxo de ficar discutindo por algo que minha irmã garantiu não ser problema nem para a mãe e nem para o filho. Também comecei a procurar uma escolinha de meio período onde minha filha pudesse passar um tempo, começando a aprendizagem escolar, além da socialização através de brincadeiras com outras crianças da idade dela. Por sorte não foi difícil encontrar uma vaga em uma escola já havia se passando quase duas semanas desde que Maisa começou a frequentar a escolinha, ela entrava às oito da manhã saindo ao meio dia. Como eu começaria a trabalhar á noite eu pude levar minha filha para o primeiro dia de aula, durante o caminho fui conversando com ela tentando explicar que seria muito divertido conhecer outras crianças, fazer amizade e brincar com os novos amiguinhos. Óbvio que isso não evitou o choro que veio com tudo quando fiz menção de deixá-la, por fim acabei ficando com Maisa amanhã toda na escolinha, ela não quis brincar com ninguém e se recusava a sair do meu lado. Por conta disso tive que passar a ir todos os dias com minha filha, até que ela se acostumasse com as outras crianças e com os professores. Conforme os dias foram passando pude perceber uma evolução da parte da menina, Maisa já brincava com alguns amiguinhos e quase não sentia a minha falta quando estava ao lado deles, aos poucos e com o coração na mão por deixar minha filha chorando ao lado da professora, fui me afastando reforçando que estaria esperando por ela do lado de fora da sala, e assim seguimos durante quase um mês, até que finalmente eu consegui deixar minha filha na escolinha e voltar para a casa sem que a criança chorasse ou chamasse por mim. Minha rotina diária havia ficado muito movimentada, todas as manhãs eu acordava bem cedo, mesmo nós dias em que não teria que trabalhar e antes de arrumar minha filha para a escolinha eu fazia questão deixar o café da manhã preparado para Maiara e Gustavo, que aproveitavam para dormir até mais tarde nos dias em que o bar não funcionava. Isso era o mínimo que eu poderia fazer por eles perto do que eles vem fazendo por mim e pela minha pequena desde que chegamos em São Paulo. O barulho da campainha chamou minha atenção me tirando dos meus devaneios, me levantei do sofá seguindo até a entrada do apartamento.

— Boa noite, querida! Tudo bem? — Dona Guiomar me sorriu simpática, me cumprimentando com um abraço.

— Boa noite, estou bem e a senhora como está? — sorri de volta dando passagem para a senhorinha adentrar o apartamento.

— Estou muito bem, obrigada. E a minha florzinha? Já dormiu? — Dona Guiomar perguntou se referindo a minha filha.

— Já sim, hoje ela se divertiu demais na escolinha fazendo pintura com os amiguinhos. — A mudança de rotina, também havia sido um pouco cansativo para a criança.

— Danilo ficou esperando lá embaixo, ele estava subindo mas recebeu uma ligação e resolveu ficar por lá para atender.

A mulher se pronunciou ao notar minha estranheza ao não ver o filho ao seu lado como de costume.

— Ah! Eu já vou indo. Qualquer coisa a senhora me avise. — me despedi de dona Guiomar, indo em direção a porta.

— Vai tranquila minha filha, e não se preocupe, qualquer coisa eu aviso sim. — Sai da residência seguindo até o estacionamento do prédio, onde Danilo já estava esperando por mim.

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