XXIV - A Despedida que Jamais Quis.

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Soluços e rezas entrelaçados,
gritos insonoros ecoam,
lágrimas se somam ao sangue.
O pecado e o arrependimento dançam,
ajoelhamo-nos, implorando a Deus,
para que este pesadelo não seja mais que um sonho cruel.

Sozinha, envolta em feridas,
numa câmara gélida desolada e nauseada, coração dilacerado, a lucidez perdida.

Mas onde tu resides? Para onde foi o teu sorriso? A lua adormeceu e o sol nasceu e tu não estás aqui...

A saudade e o tormento,
vida desprovida de significância,
um vácuo consome minha existência.
A cada passo, a cada respiração,
a ausência se manifesta com avassaladora intensidade.

Dias arrastam-se vagarosamente,
na monotonia de uma rotina acinzentada,
mas enquanto essa faísca de amor nutrir meu ser, a fé que nós reencontraremos nunca será esquecida.

Te vejo do outro lado, meu menino de sangue azul.

🦋

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