XXV - Abraçando a solidão

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Na bolha que criei, mergulho no profundo e me pergunto: até quando abraçarei o comodismo? O que outrora era risível, meu dom de me refugiar em meu próprio universo, agora se tece em melancolia.

Questiono se mereço o direito de sentir dor, em palavras que talvez se percam na brisa.... Ansiando gritar meu íntimo, hesito, pois quem ouvirá? Todos imersos em si, alheios ao meu olhar.

A culpa talvez seja minha, guardiã habilidosa de sentimentos ocultos. Ignorada, talvez sempre fui. Mas como se importariam, se sequer sabem? Ainda que revelasse, seriam desatentos, pois não permito que os sentimentos floresçam...

Talvez seja hora de incinerar o tapete gasto e esquecer a sujeira enterrada. Talvez, tantos talvezes a gritar no silêncio.

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