14: Escolhas.

299 17 2
                                    

Animados, na varanda do Routledge, os pogues bebiam cada um a sua cerveja e tentavam processar o que tinha acontecido.

- Ainda não acredito que você é parente do Denmark Tanny.
— John B fala com as sombrancelhas levantadas e um pequeno sorriso.

- Estamos diante da realeza?!
— Scarlet brinca e JJ finge colocar uma coroa imaginária na cabeça do amigo.

- Viva, ao Lorde de Tannyhill!
— Diz JJ e todos se curvam diante do Heyward.

- Já chega, gente.
Eu só consigo pensar na carta. A que a Limbrey mandou.
Tinha um símbolo do trigo nela.
Tipo, isso significa que tem a ver com o Royal Merchant.

- É, eu não duvido nada. — JJ comenta.

- Mas se a gente achar a cruz, podemos dividir, igual íamos fazer com o ouro.

- E viver felizes para sempre?
— Limbrey aparece junto do cara que sempre anda com ela, descobriram recentemente que o seu nome era Renfield, ou pelo menos de denominava assim.

- Você agrediu o meu pai!
— Pope fica cara a cara com a mulher mas Renfield o afasta.

- Porque o meu funcionário agrediria o seu pai? Isso é absurdo.
— Limbrey fala sínica.
- A gente pode continuar negociando mas a questão aqui é: eu quero a chave.

- Ei! — JJ grita quando Renfield encosta Pope na parede.
- Para!

- Eu não tenho escolha, o que significa, que você também não.

- Limbrey, não é? — John B chama a atenção da mulher.
- Acertei. — ele pergunta com a chave na mão, mostrando a ela.

- Sou eu.

- Estava procurando isso?

- É, é isso.

- Olhando a maré agora, parece que tem uns 6 metros de profundidade na água. Então se eu jogar ela no canal agora a probabilidade de você encontrar é quase 0%
- Vamos ver o que dá?

- Não, por favor! — a mulher se desespera.
- Por favor, não faz isso.

- Manda ele se afastar do Pope.
— John B ordena.

- Se afasta! — ela manda imediatamente.
- Como eu disse desde o início, eu estou desposta a negociar.

- Está bem. — Pope concorda.
- Te dou a chave, mas quero a gravação. — Pope se refere à gravação de Gavin, que antes de morrer tinha deixado em uma cassete tudo o que tinha acontecido.

- Claro! — Limbrey já coloca um sorriso amigável no rosto.

Obviamente os pogues não dariam a chave certa.
Ao longo do discurso de John B, Pope já tinha verificado se ainda levava a chave no bolso, e sim, ela estava lá.
O que significa que o Routledge tinha pegado outra chave qualquer para previnir em situações como esta.
Era a sua salvação.

- Pope, não precisa fazer isso, tá?
— John B atua.

- Não, tudo bem. É pelo seu pai.
— E então o Routledge coloca a chave falsa na mão do amigo.

Um suspiro de alívio da Limbrey é ouvido quando finalmente tem a desejada chave em suas mãos.

- A gravação. — Pope lembra.

- Entrega para ele. — Limbrey ordena e Renfield obedece.

- Foi um prazer, hein. — Scarlet diz ironica recebendo um beijo no ar de Renfield.

Os amigos se seguram para não cair na gargalhada quando JJ cospe nas costas do casaco dele e o mesmo não percebe, saindo de lá com um cuspe escorrendo na sua roupa.

- Quanto tempo você acha que a gente tem até ela perceber que tem a chave antiga do seu pai?
— JJ pergunta.

- Uns 10 minutos. — John B responde sorrindo de canto.

- De quem foi a ideia da chave falsa?
— Pope pergunta.

- Que choque, não foi minha.
— Kiara brinca.

- Hum... eu não sei. — John B diz colocando o seu braço pelo ombro de JJ que sorria como uma criança com orgulho de si mesma.

Scarlet não pôde não sorrir com isso.

- Estou impressionada, talvez você sirva para alguma coisa.
— Kiara ri.

- Gente, não temos muito tempo.
Vamos entregar a gravação para o Shoupe. — John B fala interrompendo a brincadeira de Pope e JJ.

- Sim, senhor. — JJ responde se levantando.

- Está tudo bem, loirinha. Você sabe que é o certo, né? — Scarlet fica para trás com Sarah quando percebe a garota receosa.

- Eu sei. — a Cameron dá um pequeno sorriso.

- Vamos. — Scarlet pega a mão da amiga agora indo atrás dos outros.

[...]

"Quando eu cheguei na pista, eu vi a sherife morta no chão.
E Ward me pediu para levar o ouro para Nassau e me livrar da arma.
Ele está protegendo o filho, foi o Rafe Cameron que matou a sherife Peterkin!
Para ser sincero, estou apavorado.
E se alguma coisa acontecer comigo, estou dizendo, foi Ward Cameron!"

- Eu te disse, Shoupe. — John B começa.
- O Ward matou o meu pai e o Gavin.
E o Rafe matou a Peterkin.

- Eu sei, garoto... Eu sei. — Shoupe fala.

[...]

- Dá para acelerar? Estou preocupada com a Whezzie.
— Sarah pede.

- Acha que eu quero perder isso?
— John B pergunta fazendo Sarah o encarar.

O grupo ia atrás dos carros da polícia que chegavam para prender Ward.

John B estaciona em frente da mansão dos Cameron mas logo avistam vários políciais correndo até o cais, então era para lá que eles iriam.

- Vamos! — John B sussurra e os seis pulam o muro seguindo os agentes.

- Pai! — Sarah grita correndo pelo cais, já conseguindo ver o seu pai em um grande barco.
- PAI!

- O que você está fazendo aqui, Sarah? — Ward grita de volta.

- O que você está fazendo?
— A garota pergunta mas é ignorada.

- Você tem que tirar ela daqui!
— Ward pedia a Shoupe.

- Então vem aqui, conversa com a sua filha!

- Sarah, eu sinto muito, minha filha, mas não dá! — O Cameron diz levantando a âncora.

- Pai, o que você vai fazer?

- Isso não vai acabar do jeito que você quer. Você não quer que ela veja isso. — Shoupe dizia.

- Por favor, não faz isso! — Sarah pedia gritando.
- NÃO!

Em um milésimo de segundos, o inesperado aconteceu.
O barco explodiu.
Ward morreu.

- Não, não... PAI! — Sarah esgoelava desesperada.
- NÃO! NÃO!

O pesadelo tinha acabado, ou apenas começado?

. . .

STAY - obx. (2° temp.)Onde histórias criam vida. Descubra agora