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𝗟𝗔́ 𝗘𝗦𝗧𝗔𝗩𝗔 𝗘𝗨, no local combinado, alguns bons minutos adiantada. O nervosismo tomava conta de mim, isso era fato. Fazia um bom tempo que eu não vinha até aqui, e lembrar de tudo o que vivenciei nesse local era doloroso. Em todos os momentos, Matthew estava comigo, e isso fazia doer ainda mais.
Eu sentia minhas emoções à flor da pele e por alguns momentos isso me fez cogitar ir embora, mas uma criancinha me impediu que o fizesse ao entregar-me uma flor.
- O quê é isso? - indaguei, visivelmente confusa, e a garotinha me olhou com uma cara de tédio.
- É uma flor! Uma rosa, caso não saiba moça. - ela bufou, me fazendo rir. - Um moço me pediu para que te entregasse. E isso aqui também.
Além da flor, recebi uma caixa. A garotinha apenas a pôs sobre meu colo e saiu do meu campo de visão. Analisei a caixa por alguns instantes, pensando se aquilo não seria uma bomba disfarçada, já que com a sorte que ando, possivelmente não seria difícil receber uma bomba relógio.
Depois de alguns segundos, finalmente a abri, me deparando com uma carta. Mas antes que eu pudesse abri-la, notei um olhar sobre mim e então percebi de quem se tratava.
- Nick? O quê você tá fazendo aqui?
- Te impedindo de ficar esperando o porrinha do meu irmão pelo resto da tarde. - o Sturniolo demonstrava irritação e ao perceber minha confusão suspirou, tentando se acalmar. - Vem, vou te pagar um café.
[...]
- O'Que está acontecendo Nicolas? - eu disse assim que nos acomodamos na cafeteria mais próxima, mas o Sturniolo permaneceu em silêncio. - Caralho, eu não saí de casa pra ser tratada como idiota, eu tenho direito de saber o que aconteceu.
- Eu não sei como falar isso Bev...
- Vou te dar uma sugestão, com a boca. - ironizei, mas logo percebi sua seriedade. - Ok. Você está me preocupando já.
