O quarto de Mary já estava desarrumado quando seu telefone tocou.
Edwina se levantou da cama de Mary, notando que Ailyn não deixaria que a ruiva se mexesse.
Kasey era quem ligava.
— Alô? — Chamou o outro lado.
— Alô. — Edwina respondeu, ainda com um dos livros de Mary nas mãos.
— É a Kasey. — A loira avisa.
— Oi, Kas! — Ed sorri.
— Não vou poder ir aí.
— Por quê? — A voz chateada de Ed chama a atenção de Mary e Ailyn, que não conseguiram ouvir sobre o que Kasey falava.
— O que aconteceu? — Ailyn sussurra.
Ed faz um movimento com a mão, pedindo que ela espere.
— Vou ao mercado com minha mãe.
— Oh... Ok, então.
— Vejo vocês amanhã. — Ela disse, a voz soando um pouco chateada.
Edwina coloca o telefone em sua base, voltando a se sentar na cama, os olhos vidrados no livro de Mary.
— E aí? — Mary questiona.
— Ah! — Ed solta, distraída. — Kasey não vai vir, ela vai com a mãe dela ao mercado.
— Hm... — Maryann murmura.
— Vamos testar esse brinco. – Ailyn pega um par de brincos, os aproximando do rosto de Mary.
— É bijuteria? — Mary pergunta, Parker nega com a cabeça.
— É ouro.
— Sério?
Ailyn assente.
— Essa roupa está muito bonita, May.
— Mesmo? — Mary indaga, olhando-se no espelho, insegura.
— Sim, Mary. — Ed lhe dá um sorriso leve, a acalmando.
Mary se vira para Ed e depois para o espelho. Ao notar as mãos de Mary trêmulas, Ailyn as segura com delicadeza, depois as aperta para passar confiança.
— Você está linda, Mary.
— Obrigada, Lyn. — A ruiva aperta as mãos de sua amiga.
— Vamos lá, falta apenas escolher o sapato e os anéis.
— Não sei se tenho anéis.
— Mary. — Ed chama pela ruiva.
— Oi.
— Me empresta esse livro? - Ela passa seus dedos pelas páginas cheias de palavras.
— Qual?
— "Anna Kariênina", De Liev Tolstoi. - Ela nomeia o livro, a ruiva olha para cima, tentando se lembrar de qual livro ela fala.
— Ah, sim. Pode. — Ela permite, ao se lembrar do livro.
— Valeu.
— Deixe-me ver se o vestido. — Ailyn se afasta, passando a mão nas partes do vestido que parecem estar amassadas. Ele estava entre outras roupas penduradas há bastante tempo.
Ele era verde escuro, feito de veludo. Sua gola chega até o meio da garganta, os botões do vestido iam da altura de sua garganta até a altura de seu quadril. As mangas eram longas, mas não do tipo boca de sino.
— De onde é esse vestido? — Ed levantou-se, aproximando-se das amigas.
— Eu não sei. Meu pai me deu em meu aniversário do ano passado. — Mary responde a pergunta. O verde entrava em contraste com seu cabelo e com sua meia calça preta, que mesmo sendo de uma cor escura, permitia que a pele branca de Mary fosse vista.
— Que horas são? — Ailyn pergunta, curiosa.
— Sete e quinze. — A morena olha no relógio.
— Ai meu Deus! — Ela se abaixa, procurando por um sapato adequado.
— Esse não. — Ailyn não permite que Mary use um par de sapatos, assim que nota os dedos da garota os tocando.
— Esse também não. — Ed faz o mesmo.
— E esse aqui? — Mary pega um par de saltos pretos. Os mesmos são feitos de verniz e não possuem ponta fina. Eles também não são do tipo abertos e possui um tipo de faixa delicada e sem detalhes sobre a língua do sapato.
As três garotas se olham rapidamente.
— É perfeito.
— É perfeito.
Mary morde seu lábio inferior, em satisfação, então coloca os saltos no chão, se levanta e pisa sobre eles, ajeitando seus pés dentro deles.
— Estou pronta? — Mary pergunta mais para suas amigas do que para si mesma.
— Acho que sim. — Edwina diz, as mãos na cintura.
— Deixe-me ver a maquiagem. — Ailyn segura o rosto de Mary. A ruiva a observa enquanto ela arruma seu cabelo, que se grudou no gloss labial devido aos movimentos nervosos da adolescente. — Ok. Vai.
As três garotas saem do quarto, Ailyn apaga a luz porque é a última a atravessar a porta.
Assim que a ruiva sai do quarto e dá alguns passos, ela nota seu pai e sua mãe cozinhando na cozinha, juntos. Ao ouvir o som dos passos de Mary, Corine levanta seu olhar até a filha. Um sorriso começa a surgir devagar em seu rosto, então ela dá uma leve cotovelada em seu marido. Ele a olha, depois seu olhar o segue até Mary.
— Hm. — Ele murmura.
— Você está muito bonita. — Corine elogia.
— Até demais. — Terrance limpa as mãos em seu avental de cozinha. — Com quem vai sair mesmo?
— Jack Davis, é um amigo da escola. — Mary responde, suas amigas se entre olham.
— Que horas você volta? — Sua mãe pergunta.
— Por volta das 22:00, talvez.
— Ok, então as meninas e a Cath vão levar seus irmãos ao drive-in? — A loira pergunta, apenas para confirmar.
— Sim. — Ela responde, colocando seu gloss dentro de uma bolsa que Lyn emprestou. A mesma se fecha com um botão de ímã e não possui alças.
— Dá para sentir seu perfume daqui. — Catherine diz, saindo do banheiro.
— May tomou um banho de perfume. — Edwina diz, risonha.
— Mentira! — Um sorriso parece no rosto da garota, que a cada momento se torna mais nervosa.
Mary caminha até o banquinho do balcão da cozinha e se senta nele, olhando o seu relógio de 10 em 10 segundos.
— Mãe! — Finney vem correndo de seu quarto. — Mã... — Ele para ao ver Mary. — Até que você está arrumadinha. Está tentando impressionar seu novo namoradinho?
— Vai se ferrar, menino. Eu hein! — Mary revira seus olhos.
Finney ri.
— Gwen quer um bolinho de chocolate. — Ele diz, se apoiando no balcão da cozinha.
— Fale para ela que o jantar vai sair em pouco tempo. Leve umas uvas, estão na geladeira.
— Ah, mãe! — Finney reclama.
— Quem quer bolinho é você, né espertinho? — Ailyn faz cosquinhas na barriga de Finney, ele se afasta, rindo.
— Ou uvas, ou nada. — Corine não tira seus olhos da sopa na panela.
— Sopa não é janta. — Ele cruza seus braços.
— Tem sopa de janta? — Gwen aparece, saltitante.
— Sim! — Terrance sorri, levantando sua mão para que Gwen bata nela, a pequena o faz.
— Sopa não é janta, Gwen!
— É sim! Você que é um buraco negro, óbvio que sopa não vai matar sua fome! — Ela argumenta.
— Como se você fosse diferente. Parece até um aspirador de pó. — Ele ri da mesma frase. — Na verdade, um aspirador de doces! Você sempre come os meus!
— Mentira! — Gwen cruza seus braços.
As crianças continuam discutindo, até que Finney começa a correr atrás de Gwen, os dois correm para o quarto.
— Vou tentar separar a briga. — Ailyn se afasta e os segue.
Ao notar que falta pouco tempo para que Jack chegue, Mary se levanta rapidamente ao ouvir um grito vindo do quarto.
— Ai meu Deus do céu! — Ed a acompanha.
— Solta meu cabelo! — Lyn diz, agarrada ao cabelo de Finney.
— Eu solto se você soltar o meu. — Ele diz, teimoso.
— Se soltem, vocês dois! — Mary põe as mãos na cintura.
— Ailyn solta ele. Você está brigando com uma criança de onze anos.
— Eu vou contar até três. Um... — Mary começa.
A campainha toca.
— Jesus Cristo! — Ela se vira de costas para eles, começando a andar até a porta.
— Ele chegou?! — Ed a segue.
— Sim. — Mary responde após olhar em seu relógio. — Está uns 5 minutos adiantado.
— Eu quero ver ele! — Gwen corre até a porta do quarto, as amigas de Mary a seguram.
— Observe de longe. — Ailyn diz, simples.
Mary puxa seu cabelo para trás e depois o arruma delicadamente.
Sua casa ficou em total silêncio. Os dedos da ruiva tocaram a maçaneta e a seguraram fortemente, ela a gira e a porta abre.
— Mary. — Seu nome soa como uma poesia ao ser pronunciado por Jack. — Oi. — Um sorriso aparece em seu rosto.
Davis segura flores.
Mary se aproxima e o abraça, sorrindo.
Com a mão vazia, Davis faz carinho nas costas de Mary.
— Você está linda. — Ele sussurra para que apenas os dois possam ouvir, então a garota consegue sentir o cheiro forte de seu perfume.
— Obrigada. — Ela agradece, tímida. — Gente, esse é o Jack. — Ela indica o amigo e depois seus familiares. — Essa é a minha mãe, Corine, meu pai, Terrance, minha tia, Catherine e meus irmãos, Gwen e Finney. Bom, a Ailyn e a Edwina você já conhece.
— É um prazer conhecê-los. — Jack os cumprimenta, educado.
— Igualmente. — Catherine sorri gentil, porém séria.
— Vamos? — Mary diz.
— Sim, sim. — Davis dá alguns passos para trás.
— Tchau, gente! — A ruiva acena para sua família e amigas, se despedindo.
— Tchau! Foi um prazer conhecê-los! — Jack repete.
— Juízo, Mary. — Terrance diz antes que a porta seja fechada.
— Eu tenho. — Ela sorri de canto.
— Mas não usa. — Ele retribui o sorriso.
Por causa do grande passo que Mary precisou dar para fechar a porta, quando ela trancou a porta e se virou, Jack estava em sua frente, seu rosto a dois palmos do de Mary.
Ele estica sua mão, levando as flores até Mary.
— Muito obrigada pelas flores. — A ruiva as agarra e as cheira, observando a cor vermelha das pétalas.
— Ah, não foi nada... — Ele diz sorrindo, parado em frente a Mary.
A garota o olha em seus olhos, o coração acelerado por causa da proximidade entre os dois.
— Você está maravilhosa!
Mary sorri, constrangida.
— Vem, vamos. — Ele, com delicadeza, a segura pelo pulso, puxando-a para seu carro.
Jack faz com que sua mão escorregue, então segura a mão de Mary. Ela sequer percebe que aquilo foi de propósito.
O garoto abre a porta de seu carro para Mary, ela entra e se senta no banco do passageiro, nervosa.
Ao se sentar ao lado da garota, ele pergunta:
— Você está bem?
— Sim, claro... Quero dizer, você está? — Ela arruma seu cabelo, Jack acelera o carro.
— Estou... melhor agora. — Ele sorri e depois olha para ela, Mary sorri de canto, fingindo não notar o olhar penetrante de Jack.
— Você está incomodado com algo, não está? — Mary cruza seus braços, curiosa.
— Como você... ?
— Instinto. — Ela o interrompe. — O que te incomoda?
— O teste do time de futebol.
— Eu deveria ter presumido que você fazia parte do time! — A ruiva dá um soquinho no braço de Jack, ele ri.
— Faz um tempo. Tipo, eu não estou preocupado com o meu teste, eu sei que vou passar. — Ele passa a mão pela testa, então diz: Eu sou o melhor jogador do time. O que me preocupa são os outros jogadores. Meus amigos jogarão comigo, mas haverão novos jogadores. Infelizmente, não sou eu que escolhe. É a professora Gordon. — O garoto se endireita em seu banco, suspirando e usando uma de suas mãos para arrumar sua calça. — O que aquela magrela sabe de futebol?
— Você já parou para pensar que ela é sua professora? — Mary diz, Jack a olha, irritado por Mary não concordar com ele. — Ela deve saber mais que você, ela fez faculdade para estar onde está. E outra, não é culpa dela. A escola que decidiu quem seleciona os jogadores. Se você quer escolhê-los, deve conversar com o diretor e esperar pela resposta dele.
Jack puxa seu cabelo para trás com a mão. Ele respira fundo antes de responder:
— Você está certa. — Jack sorri forçadamente.
Ele segura palavras ríspidas em sua boca, então a única coisa que ele consegue dizer é a mesma frase de antes:
— Você está certa.
— Eu sei. — Mary se vira para frente, olhando pela janela.
Jack dirige por dentro de um longo túnel. Há pouquíssimos carros perto deles, então ele acelera.
Mary abre o vidro ao seu lado, colocando seus braços na janela da porta e apoiando seu queixo sobre eles. Ela se senta por cima de uma de suas pernas para se sentir mais confortável — ficando de costas para Jack.
As luzes parecem piscar por causa da velocidade do carro.
Jack engole em seco. Ajeitando sua mão no volante, ele usa a outra para aumentar o volume do rádio. Involuntariamente, seus olhos se soltam da estrada e focam-se em Mary. Em sua perna.
A meia calça preta que a garota usava não era o suficiente para bloquear a visão das pessoas até sua pele, e ao longe, Jack podia observá-la.
Ele podia observar quando seus pelos se arrepiaram devido ao frio, e podia notar o quão macia sua pele parecia ser.
Lentamente, Mary começa a se virar para ele. Durante o solo de guitarra de Time da banda Pink Floyd, seu corpo parecia levitar.
Jack não desvia seu olhar. Quando Mary se vira, seus olhares se encontram. Ela ri, o cabelo ruivo se tornando vermelho fogo sob a luz amarelada.
Mary já havia gostado de garotos antes, e quando ela estava com Jack, ela não sentia nada como aquilo. A garota sabia que Jack a desejava, e era aquilo que a deixava nervosa: o sentimento de se envolver com alguém, tão cedo.
Ela conhecia alguns dos "sintomas" da paixão: pensar sobre a pessoa toda hora, querer vê-la toda hora, sentir ciúmes de outras pessoas que fazem parte da vida dela, sentir seu coração acelerando ao vê-la, se sentir segura com a pessoa.
Desses cinco "sintomas", ela não tinha nenhum, e ela gostava disso. Não havia nada a segurando. A vida de Mary era completa de repetições, não havia nada novo. A adrenalina causada pela expulsão de sua antiga escola já havia indo embora há muito tempo. Sua mão não estava mais machucada.
— Já estamos chegando ao restaurante. — Avisou Jack.
Mary fez que sim com a cabeça, sentando-se de frente para Jack e de costas para sua janela, encostando-se nela. O vento faz seu cabelo balançar enquanto eles finalmente saem do túnel.
— Pega meu cantil no banco de trás, por favor?
— Hm, claro. — Mary se esticou até o banco, pegando o objeto. — O que tem aqui? — Ela abre o cantil, o cheirando. — Isso é whiskey?
— Qual é, Mary? Estou com frio. Preciso de algo para me aquecer. Álcool esquenta o corpo.
— Só se você jogá-lo em todo o seu corpo e depois acender um isqueiro, né?
Jack ri.
— Você está dirigindo, comigo no carro, olha que perigo! Além disso, você não tem 21 anos. — Ela fecha o cantil e o joga para o banco de trás, por cima de seu ombro. — Não, nada de beber.
— Ok, ok.
— O que eu posso fazer por você é fechar a janela. — Ela a fecha.
— Não vai mudar muita coisa, vamos sair do carro. — Jack pigarreia. — Está nevando.
— Hm? — Mary não olha para frente, ajeitando seu vestido.
— Está nevando. — Jack levanta seu queixo com delicadeza.
— Oh. — Ela suspira. — Me esqueci que estávamos entrando na época de neve.
— Eu também.
Jack estaciona em uma vaga ao lado do restaurante. Ele respira fundo antes de sair do carro.
Antes que Mary pudesse abrir a porta do carro, Jack o faz, estendendo sua mão para que Mary segure-se nela.
A garota sorri, saindo do carro, apoiada em Jack. Ele segura sua mão fortemente, sem machucá-la, e quando ela sai do carro, o garoto não se afasta, a obrigando a ficar centímetros longe dele.
— Vamos. — Ele diz com a voz mansa, a puxando para o restaurante.
Educadamente e lentamente, Mary solta sua mão. Jack morde seu lábio inferior.
É sério que ela não quer segurar a minha mão?
Jack pigarreou novamente, abrindo a porta do restaurante e forçando um sorriso.
Mary passa por ele, o moreno coloca a mão em suas costas, indicando para onde ela deveria ir.
— Boa noite, como posso ajudá-los? — Um homem asiático de cabelos negros, e claramente, com menos de 30 anos se aproxima.
— Boa noite, eu fiz uma reserva. — Jack diz.
— Qual o seu nome?
— Jack Davis.
— Um minuto. — O homem, cujo nome está em um crachá — Nolan — se afasta e pergunta à uma loira: temos uma reserva no nome de Jack Davis?
— Hm... — Ela procura a reserva entre outros papéis. — Sim. Mesa 16.
— Ok, obrigado. — Ele se volta para Mary e Jack, que dão sorrisos gentis. — Vamos, vou levá-los até sua mesa.
Os dois o seguem até a mesa. A mesma é daquele tipo que fica perto da parede, e ao invés das pessoas se sentarem em cadeiras, elas se sentam em sofás, possuindo uma mesa entre eles.
Nolan indica e mesa, Mary e Jack se sentam, de frente um para o outro.
— Muito obrigada. — Mary sorri.
— Obrigado. — Jack diz.
— Não há de quê. — Nolan sorri educadamente. — Aqui, os cardápios.
Mary e Jack pegam os cardápios, os abrindo.
— Me chamem quando forem fazer seus pedidos. — Nolan diz antes de se retirar.
Ambos olham e conversam sobre os pratos antes de fazer os pedidos.
Jack continua falando sobre as comidas e bebidas enquanto Mary o ouve e observa.
"O que você acha?", ele pergunta.
"Eu acho que é ótimo", é o que ela se lembra de responder.
Mary sempre parece estar fora de seu corpo quando algo novo acontece, e nossa, como ela gostava daquela sensação.
Então, ela está correndo seu dedo pelo topo do copo, um sorriso divertido em seus lábios e os olhos fixos na mesa.
Davis coloca sua mão sobre a de Mary, a parando. Depois, a leva até o queixo da ruiva, levantando seu rosto novamente.
— Olhe para mim. — Jack afasta sua mão, sorrindo. — Sempre.
Mary revira seus olhos, sorrindo também.
— Estou brincando. — Ele não está.
— Ok. — Mary ri.
Após um breve silêncio entre sorrisos, Davis diz:
— Eu já disse que você está linda hoje?
— Sim, obrigada, de novo. — Mary coça sua testa, envergonhada.
— Posso repetir. — Ele sorri, descansando sua mão na mesa, em direção a ela.
— Por favor, não! — A garota ri, por instinto, colocando sua mão sobre a dele.
Ao ver a oportunidade, Jack não a perde.
Seus dedos deslizam para dentro da manga da blusa de Mary.
O ato prende a atenção de Mary, ela observa sua mão voltar até a dela e a levanta, fazendo com que seu cotovelo fique apoiado na mesa.
Quando ela olha para Jack, os olhos dele ainda estão direcionados a suas mãos. Um pequeno sorriso aparece no canto de sua boca, então ele a olha.
Seus olhos são cheios de malícia, mas ela não vê isso. O que Mary enxerga é a adrenalina.
E mesmo assim, há apenas um pensamento correndo em sua mente:
"Essa é a parte onde meu coração acelera?"
Sim, Mary.
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𝐁𝐄𝐋𝐈𝐄𝐕𝐄 𝐔𝐒: Before.
FanficA Lily Oliv's fanfic. Enquanto tenta deixar suas visões perturbadoras de lado, Mary explora o novo mundo de uma adolescente sociável. Antes que tudo possa desabar, Mary reencontra seus melhores amigos, que a ajudam a passar por seus piores m...