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Maiara

Escuto passos pesados e antes mesmo de abrir os olhos endureço sabendo de quem se trata.

-bom dia querida- Léo vem até a mim com um grande sorriso no rosto, segurando uma bandeja com café da manhã eu acho.

-o que você pretende fazer comigo Léo? Me deixar aqui pra sempre?-pergunto com medo da sua resposta.
Ele faz uma cara de surpreso

-claro que não amor,quando você aprender a me amar ,nós vamos ter a nossa própria casa ,ter filhos...até lá eu preciso te deixar aqui, é só colaborar comigo Maiara , me amar e me obedecer.

Minha vontade era de pular nele,enche-lo de pancada, más além de eu ser uma mulher fraca fisicamente, eu estava em desvantagem em todos os quesitos.

-eu quero ver o meu filho Leo,por favor me deixe ir embora.

-ele não é mais seu filho Maiara, agora somos só eu e você, tenho certeza que ele esta sendo bem cuidado, fique tranquila vamos ter vários filhos juntos querida.

Esse cara é doente.

-você está tão quieta,você não era assim, sempre que saíamos, só você queria falar- sorriu

- se lembra de quando fomos passear de moto, você estava radiante, é assim que eu quero te ver sempre!

-eu saí de moto com você por que eu estava afim de sair ,e eu estou aqui não é por vontade minha.

-eu sei que deve estar me odiando,más eu sei que você vai entender ,não hoje, más daqui algum tempo.
Fico em silêncio...

-eu só vim te trazer o café da manhã, eu pensei que você queria minha compahia ,más é melhor deixa-la sozinha- Leo coloca a bandeja em cima da cama e saí rapidamente.

Vou até a bandeja e pego um pão e a xícara de café que estava sobre-ela.

Tenho que agir, eu não vou aguentar ficar aqui mais um dia,tenho que dar meu jeito, bolar algum plano.

Olho ao redor do quarto e não vejo nada que possa me ajudar a sair daqui, olho pro canto da parede e vejo vários pedaços de madeiras. Rapidamente tive uma ideia.

Começo a gritar de dor ,e pesso socorro para Leo

- Leonme ajuda ,me tire daqui ,eu to machucada por favor- bato na porta desesperadamente.

-Maiarq? O que aconteceu- leo pergunta do outro lado da porta

-eu torci o pé, estou sentido muita dor, me ajuda.

-tudo bem, eu vou abrir a porta - ele diz e ouço a chave entrar no buraco da fechadura, corro e pego um pedaço de madeira e me escondo de trás da porta.
Leo abre a porta....

-Maiara onde você es...- Antes dele terminar bato com a madeira com toda minha força na sua cabeça, mas parece que não foi o suficiente pra ele desmaiar, pois ele cai no chão gemendo de dor.

Corro em direção a sala, mais lembro que lá fora há seguranças, então corro em direção a outros corredores, não sei pra onde estou indo más continuo correndo.

Vejo outra porta e parece ser a dos fundos da casa, giro a maçaneta mas está trancada.

Começo a chutar a porta más em vão, então ouço os gritos de Leo , virei com o susto colocando a mão no peito,
ele está vindo, meu Deus!

Vejo uma janela de vidro ao lado ,e sem pensar duas vezes, pego outro pedaço de madeira e quebro o vidro. Salto a janela com muito cuidado pra não me cortar com o vidro.

Depois de pular a janela corro o mais rápido que posso,minha respiração está descontrolada.

Corro me distanciando da casa, eu sorrio,sorrio como a muito tempo não sorria,finalmente vou conseguir.

Olho pra trás e não vejo ninguém, respiro aliviada e continuo a correr. Entro dentro de uma mata sorrindo, mas continuo concentrada olhando para frente e nenhum outro lugar.
É difícil correr com todos esses matos e lamas,mas eu tento.

Alguma coisa pegou meu pulso com força me puxando para algum lugar,se eu não estivesse esbarrado em alguma coisa atrás de mim eu teria caído. Essa coisa tampou minha boca antes que eu pudesse gritar em desespero.

Depois eu senti um braço em volta da minha barriga me apertando com força, eu apertei a mão que estava na minha boca com minhas unhas tentando me soltar a força,mas aquilo só me prendeu ainda mais , e eu já estava entrando em pânico gritando mesmo com a boca fechada.

- shhh...Calma eu vim te ajudar, você é a Maiara certo?-pergunta uma voz masculina e eu balanço a cabeça.

Meu corpo congelou e relaxei os ombros e parei de arranhar sua mão.

Fiquei parada demais esperando o homem me soltar mas eu só senti sua cabeça virando para o outro lado e depois parar perto do meu ouvido
.
-eu vou te soltar , relaxa- assinto e ele me solta rapidamente ,eu o olho e não me lembro de tê-lo visto em nenhum lugar- meu nome é Leonardo ,sou amigo do Fernando

-ele que te mandou me resgatar? -pergunto tirando algumas folhas do meu cabelo.

-na verdade viemos juntos para resgata-la.

-cadê o fer? Onde ele está? -pergunto entrando em desespero por não vê-lo.

-eu fiquei de guarda enquanto o fernando e meus parceiros foram te resgatar, mas agora você está aqui,então não sei o que fazer ,poderíamos....

Ele foi interrompido por um barulho muito alto,parecia ser tiros a poucos metros de distância de nós, escutamos os pássaros passarem por cima de nós.

-o que foi isso?-perguntei a ele ,mas o seu rosto estava muito sério e ele balançou a cabeça.

-FERNANDOOO-grito alto e começo a correr novamente pra casa.

-Maiara parre, não vai- Leonardo corre atrás de mim,más eu não ligo ,eu tenho que ir atrás do fernando,ele foi pra me resgatar e eu não posso deixa-lo

Leonardo pegou meu braço com força e me forçou a parar e ficar de frente pra ele,encarei seus olhos irritados também ,mas eu retribui do mesmo jeito tentando tirar sua mão do meu braço.

-me solta agora, eu vou atrás do fernando-gritei me puxando mais ele ainda continuava segurando meu braço

-eu não posso te deixar ir lá, é perigoso, quero que fiquei aqui enquanto eu vou busca-los está bem ?-pergunta soltando meu braço.

-eu não vou ficar aqui, você ouviu os tiros? O fernando pode estar ferido, eu não vou esperar pelo pior.

Leonardo começa a andar de um lado pro outro pensativo.

-está bem,más você tem que fazer o que eu disser- balanço a cabeça confirmando.

Começamos a andar pela floresta em direção a casa.

não consigo pensar em nada, não consigo ficar quieta,fernando é tudo o que eu tenho desde....desde sempre! E eu não irei suportar se algo de ruim acontecer com ele.


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