Maiara
Estou deitada na enorme cama que tem na suíte, tento dormir mais não consigo,talvez seja raiva por estar trancada.
Minha mente não para de pensar na mensagem que eu havia recebido, algum tempo atrás eu as recebia com frequência ,eram ameaças e essa era mais obsessiva. Será que é a mesma pessoa?devo me preocupar?
Eu não devo nada a ninguém,nunca fiz nenhum mal para qualquer pessoa,e nem seduzi nenhum homem.
Tenho por mim que é um homem por trás disso.
Mas quem?
Acabo dormindo pensando nisso...
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Acordo com a claridade em meu rosto, e vou direto pro banheiro e faço minha higiene matinal.
Logo depois vou até a porta e vejo que esta destrancada. Eu poderia ir até ao seu quarto e chinga-lo de todos os nomes ,mas eu tenho coisas mais importantes pra fazer, hoje eu irei pegar Davi na casa do fernando, hoje é terça-feira então hoje é o dia de pegar o meu anjinho.
Vou até ao banheiro e em seguida ligo o chuveiro , os pequenos pingos de água desciam pelo meu couro cabeludo que agora estava ensopado, até o meu rosto.
começo a me ensaboar cantando algumas músicas aleatória com força máxima no meu peito. Dane-se todos, eu queria aliviar tudo o que eu estava sentindo,no momento raiva e dor... Então dane-se os outros hóspedes, nessas horas que baixa a cantora em mim,berro mesmo. Cantar ainda é de graça e ainda consola. Sempre me consolou.
Cantar iria espantar aquilo que eu estava sentindo.
Canto animadamente e alto, o mais alto que posso, enquanto retiro o excesso de sabonete,quando tenho uma nítida sensação de que há algo errado.
Mesmo assim continuo a cantar , estava me sentindo totalmente sem dores uma sensação perfeita.
Ouço um barulho estranho, viro-me de repente abrindo os olhos, um pouco nublados pela pela água quente e o vapor.
E então eu grito,mas grito com vontade quando eu percebo quem está na minha frente.
Fernando
Acordo cedo ouvindo um choro pela a babá eletrónica,e sei exatamente que é o meu filho, levanto correndo e vou ver o meu filho. Ele estava de pé me chamando com os bracinhos esticados.
-oi meu garotão-digo
-papa, papa- ela fala quase chorando
-vem cá com o papai -falo pegando ele nos braços
Faço a higiene dele e desço para a cozinha , e logo encontro a nete
-Bom dia Sr Zor -diz com um sorriso no rosto
-Bom dia Nete-falo retribuindo o sorriso que ela me deu
-o que os rapazes vão querer para tomar café da manhã? - ela me pergunta
-pode ser panqueca,bacon e um suco de laranja por favor , e pro Davi pode dar um danone grego-depois que eu peço para ela ,eu viro meu olhar para davi,que está me observando com aqueles olhos puxados iguais aos meus. A cada dia que passa ele se parece mais comigo,branquinho com os cabelos castanhos e olhos. As vezes fico imaginando se eu e a maiara tivéssemos tido mais um filho, ter uma garotinha igual a ela,cabelos castanhos, olhos cor de mel ,eu seria um cara muito sortudo.
Hoje era terça -feira e eu teria que entregar Davi para a Maiara, a sua advogada não está aqui em São Paulo então eu entregarei Davi pessoalmente.
Logo meu café da manhã é servido, e eu entrego Davi para nete, e ela dá o seu danone.
