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Maiara

Leo deu partida no carro ,mas ele pareceu ver algo que o assustou e pisou no freio bruscamente e o carro nos jogou pra frente,senti o solavanco do cinto me puxando para trás.

Leo lentamente olha pro lado vendo algo,olho também e vejo um carro preto parando ao lado de luiz

Leo abre a porta do carro e vai em direção ao homem moreno que desce do carro. Tenho que agir,essa é a minha chance de fugir daqui.

Luiz

Enquanto leo entra no carro com a maiara, penso no que vou fazer com o fernando,não posso deixa-lo ir embora com certeza ele iria até a policia e me entregaria.
Matá-lo seria uma opção.

Vejo um carro preto se aproximando, e quem quer que fosse não deveria estar aqui.

O carro para ao meu lado,quando a figura desceu do carro notei que o conhecia.
Era Digão

-Di...Digao?....o que você está fazendo aqui?-pergunto surpreso.

-seu desgraçado! Você dormiu com a minha mulher e você vai pagar por isso- Digão saca a arma e aponta em minha direção.

-o que está acontecendo?- Leo perguntou esperando uma explicação- quem é você?

-quem eu sou não importa, esse imundo pediu para dormir em minha casa e comeu a minha mulher. Agora ele vai pagar com a vida

Fico imóvel, sentindo um desespero transcorrer em minhas veias, e acelerar o ritmo cardíaco do meu coração. Uma gota de suor brotou na minha testa, e escorria nervosamente pela minha pele que já estava fria e pálida.

-calma Digão... abaixa essa arma.
Podemos conversar,como sempre con...conversamos entendeu?-pedi a ele.

-não temos mais o que conversar Luiz,esse é o seu fim.

Digão puxa o gatilho.
Sinto as balas entrar em meu corpo,Léo me segura,nesse instante não consigo ver mais nada.

Puxo o ar mais não consigo respirar, sinto ser colocado no chão,meu corpo está mole e minhas pernas não me obedecem. Olho pro rumo do carro e vejo a maiara descer dele correndo ao lado do Fernando. Eles estavam fugindo.

Tudo estava indo tão perfeito...

Esse foi meu último pensamento,antes de me entregar a total escuridão e o vácuo do silêncio e do nada.

Maiara

Eu não posso imaginar que Luiz foi alvejado com vários tiros. Minha visão escureceu e arfei sem perceber,não consegui desviar o olhar daquela cena horrível.

O sangue,era tanto sangue, ninguém poderia sobreviver a tanta perda de sangue.

Era o fim de luiz, e se eu não fugisse agora poderia ser o meu fim ou o de Fernando

Abro a porta do carro e faço sinal para fernando fugir comigo, enquanto leo está segurando luiz em choque.

Corro o mais rápido que posso, fernando segura minha mão para eu não cair.

Olho pra trás e vejo leobcorrendo atrás de nós.
A angustia e o desespero estavam insuportáveis. Sem saber o que o destino nos reservava caso leo nos pegássemos.

-não adianta correr,vocês não vão muito longe!

Meu coração acerela,eu corro como nunca corri em minha vida,fernando me ajuda para correr mais rápido.

Uma confusão transformava minha visão em uma massa turva. Estou muito tonta e não consigo correr no mesmo ritmo que o fernando

-Amor corre, não para-fernando fala com a voz cansada.

-eu não consigo, estou me sentindo muito fraca- arfei cansada -fernando corre ,me deixa.

-eu não vou te deixar, eu não vou te perder de novo,estamos juntos nessa- fernando para de correr, e eu o-olho triste.

Era ali o meu destino com o fernando,era um lugar perfeito para sermos mortos,enterrados por aquelas terras. Nunca ninguém iria suspeitar de nada.

Leo se aproxima de nós sorrindo vitorioso.

- se eu não posso tê-la ,você também não vai ter- leo aponta sua arma em minha direção.

Em seguida não há conversa.
Não há ofensas.

-não!- ouço fernando gritar

Sinto seu corpo se chocar contra o meu.
Eu vi tudo em camera lenta.
Uma dor atravessou novamente dessa vez em meu coração.
Não!
Atiraram em fernando no peito.

Minha visão escureceu e arfei sem conseguir respirar,não conseguir desviar o olhar daquela cena horrível.

Fernando caiu sobre os joelhos segurando o lugar onde a bala atingiu com uma expressão de dor, o sangue... Meu Deus era tanto sangue.

Ele levou um tiro por mim.
Ele ira morrer por minha culpa. Por minha causa.

-saia de perto da garota,e coloque a arma no chão- um dos policiais falou se aproximando cuidadosamente,ainda apontando sua arma para ele.

Leo sorriu amargamente como os olhos frios como o gelo. Ele abaixou lentamente e colocou sua arma no chão, e o policial o algemou.

Estou com a roupa ensanguentada.
Minhas mãos tremem, meu coração esta apertado.

Ele não pode estar morto,não...não, nãooo.

-moça não toque nele, a ambulância já está vindo-disse o policial me olhando com pena.

Cada batida do meu coração sangrava com uma dor fina.

Ele está morto.

Léo o matou.

Ele está morto.

Meu estômago revirou.

Muito pior do que isso,era ver o homem que amo lentamente morrer em meus braços.


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