CAPÍTULO 06

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Após o gozo violento que me deixou de pernas bambas, fiz o que havia prometido e cumpri bem meu papel, a prova era ver um homem totalmente entregue as minhas vontades com a respiração cansada e ofegante que mordia o canto dos lábios com luxúria.

Ficamos os dois em silêncio olhando para o teto do quarto, as paredes brancas, e espelho enorme que havia na cabeceira da cama, os lençóis brancos e agora ainda mais amassados e agora todos sujos de chocolate, quando mais uma vez ele quebrou o silêncio.

— Você parece chateada.

— Não estou chateada, estou me sentindo culpada.

— Pelo que? É sobre o anel?

— Você criou algum tipo de obsessão por esse anel?

— É apenas uma curiosidade, se quiser compartilhar sua culpa, creio que tenho parte nisso tudo.

— Se você viu meu anel e ainda assim se aproximou de mim. Por que?

— Você era uma mulher interessante e sozinha no bar e não parecia desesperada por atenção.

— Nossa, desesperada por atenção é um pouco forte demais, não acha.

— Quis dizer que você não estava ali procurando sexo e eu estava cansado de ter algo fácil, queria um desafio.

— Então ele é o garanhão da madrugada. — Brinquei.

— Não, Sofia, sou apenas um homem bem-sucedido, cansado das frivolidades que o dinheiro me trouxe.

— O que faz da vida, senhor bem-sucedido?

— Sou proprietario de uma empresa de publicidade e propaganda.

— Então, acredito que haja muitas mulheres desesperadas por atenção aos seus pés.

— É, sobre isso não posso reclamar, porém nem sempre é bom, as vezes me sinto sufocado.

— Te entendo, não a parte de ser o centro das atenções, mas a parte de se sentir sufocado.

— É sobre o anel?

— Lá vem você com isso de novo.

— Se não quiser falar, não precisa.

Respirei fundo e soltei as palavras que estavam quase me sufocando, sua insistência havia me ganhado e como eu nunca mais iria vê-lo de novo disparei aquilo que estava entalado na garganta.

— Vou me casar na semana que vem, estava no bar, porque era minha despedida de solteira.

Ele não pareceu se espantar com minha revelação.

— E por que estava sozinha?

— Porque fugi das minhas amigas, elas estavam em um camarote privado do outro lado da boate.

— E qual o motivo da fuga?

— Eu estava…—  respirei fundo —  sufocada.

— Parece que tem algo te incomodando.

— Foi um erro, eu não devia estar aqui— Coloquei os braços em cima do rosto em uma tentativa de me esconder.

— Sendo erro ou não já aconteceu, não dá para voltar atrás.

— É sério, não sabia disso. — Fui irônica.

E sem saber o motivo comecei a rir, descontroladamente e vi um ponto de interrogação gigante vagando por cima da cabeça de Erick.

— Posso saber qual é a graça?

— Estou fodida.

— Além de afiada tem a boca suja também. —  sorriu.

— Meu noivo é o Juiz Michael Forbes.

— O criminalista? Aquele do caso de tráfico humano? — falou arregaçando os olhos, a surpresa sobre a revelação do nome do meu noivo o espantou.

— Esse mesmo.

— Quem está fodido sou eu então, serei preso por sequestrar a noiva de um juiz renomado.


EITAAA

E AGORA??

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