020- Toc! Toc!

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Sem pensar duas vezes, dou mais um gole em minha garrafa de vinho, a mesma já estava pela metade e eu sentia meus músculos mais relaxados.

Vou até minha escrivaninha, pego algumas folhas de papel e um caneta e começo a escreve sem parar, lágrimas em meus olhos começaram a rolar sem permissão, eu definitivamente se pudesse as controlar, eu as controlaria.

Esse definitivamente foi um bom momento para que eu tivesse a coragem de fazer a primeira carta.

Sinto meu coração arder a cada mínima letra cursiva, como se eu colocasse meus sentimentos costurados em cada palavra.

Escuto risadas vindo lá de fora, e minha ansiedade ameaça atacar.

"calma, você não é o centro das atenções, não estão rindo de você." - eu repetia diversas vezes para mim mesma em meio a lágrimas e goles e mais goles de vinho.

Em questão de dez minutos a carta estava pronta, dobro a mesma ao meio e coloco em um envelope lilás.

Depois de amanhã era o aniversário dos meninos... O dia estava chegando cada vez mais perto, e eu só conseguia sentir um desespero enorme em meu peito.

Minha ansiedade já estava à mil e eu não tinha ninguém para me ajudar ali.

Sento em minha cama, e procuro com pressa meu calmante, sem querer derrubo alguns pela cama, por conta das minhas mãos estarem trêmulas, pego dois e coloco em minha boca, tomo três goles seguidos de vinho. Sentindo o álcool cada vez mais forte em minhas veias. Esse calmante era forte, então em instantes eu provavelmente dormiria. Ou iria ficar me torturando acordada.

Coloco o vinho na mesinha ao lado da cama e me deito sentindo meus órgãos se mechendo dentro de mim, eu poderia jurar escutá-los também.

Meu peito subia e descia de uma forma violenta conforme eu respirava, minhas mãos estavam geladas e eu quase não conseguia movelas, elas formigavam e eu pude sentir meu corpo totalmente pesado.

As lágrimas iam cessando enquanto meus olhos iam se fechando lentamente.

E em instantes, me sinto leve novamente, como se cada dor, cada culpa, cada sentimento ruim fosse tirado de mim com as mãos.

Papai entra pela porta calmamente depois de dar duas batidinhas...

Drew: Filha... Você está melhor? O pessoal me disse o que aconteceu... - ele caminha em minha direção, se sentando na ponta de minha cama. Eu me sento, meus olhos brilhavam de alegria em vê-lo ali.

Nessa: Papai, eu senti tanta sua falta... Me desculpe por não ter dito que te amava de volta. Eu te amo sim! - o abracei fortemente sentindo meus músculos arderem.

Drew: Oh, meu amor. Eu sei disso... Está tudo bem.- ele enxuga as lágrimas que insistiam enrolar em meu rosto. - Eu preciso te dizer algo...

Nessa: Por favor, não me diga que terá que viajar novamente... - mais lágrimas rolaram. - agora que você está aqui eu não irei precisar abandonar os men..

Drew: eu preciso que você me escute, filha... Estamos correndo perigo. Todo o império de nossa família agora está em suas mãos.

Nessa: Mas papai, eu ainda não estou pronta... - eu disse sem nem se importar mais com as lágrimas que caiam

Drew: Você nunca esteve tão pronta antes, meu amor! Olhe para mim, eu te amo! Apenas lembre de tudo que te ensinei. Okay? Me prometa... - ele parecia com pressa. Eu concordo com a cabeça. - Me prometa, filha!?

Nessa: Eu prometo papai, prometo que darei o meu melhor para salvar todos nós. Darei o meu melhor para que se orgulhe de mim e para proteger os meninos.

Ꮖ ᎠᏆᎬ ҒϴᎡ ᎽϴႮ - Tom Kaulitz / h͓̽i͓̽a͓̽t͓̽o͓̽s͓̽Onde histórias criam vida. Descubra agora