Ꮖ ᎠᏆᎬ ҒϴᎡ ᎽϴႮ - Tom Kaulitz / h͓̽i͓̽a͓̽t͓̽o͓̽s͓̽

037- RAIVA

(Music on: paralyzed - NF) 

"Quando me tornei tão dormente?
Quando me perdi?
Todas as palavras que saem da minha boca
Sinto como se elas viessem de outra pessoa" 

— QUE MERDA É ESSA? - Tom sai apavorado de seu quarto, corre pelos corredores abrindo com tudo a porta do quarto do irmão. 

Ele vê o mesmo aos prantos sentado no chão com uma carta em suas pernas. 

"Estou paralisado
Onde estão meus sentimentos?
Eu não sinto as coisas
Eu sei que eu deveria
Estou paralisado
Onde está o meu verdadeiro eu?
Estou perdido e isso me mata por dentro
Estou paralisado" 

— PORQUE ELA FEZ DE NOVO TOM!? PORQUE? - o garoto gritava desesperadamente para o irmão que o segurava em seus braços no chão. 

— DROGA NESSA! POR DEUS QUE ISSO NÃO TENHA DADO CERTO. QUE INFERNO! - Tom grita se levantando do chão, ele começa a andar de um lado para o outro. 

"Quando me tornei tão sentimental?
Quando me tornei tão envergonhado? (Oh)
Onde está a pessoa que eu conheço?
Devem ter me deixado
Devem ter me deixado
Com toda a minha fé" 

— NÃO, NÃO, NÃO! PORQUE ELA FARIA ISSO TOM? PORQUE!!!? - Ele grita aos prantos, enquanto via seu irmão coçando a cabeça entre choro andando de um lado para o outro. 

— Meninos... - uma voz feminina se aproximava da porta do quarto. — Que gritaria é ess- ela observa o estado dos filhos. 

"Estou paralisado
Onde estão meus sentimentos?
Eu não sinto mais as coisas
Eu sei que eu deveria
Estou paralisado
Onde está o meu verdadeiro eu?
Estou perdido e isso me mata por dentro
Estou paralisado" 

— Mãe... A Nessa, ela... Ela... - Tom não aguentava falar uma palavra se quer, apenas abraçou sua mãe que tentou segurar o rapaz antes dele se sentar no chão. Ela o abraça chamando Bill para perto e com muita relutância o mesmo vai até eles. 

Simone os abraçava forte, mas seu coração estava saltando pela boca. Nesse exato momento ela havia entendido exatamente o que havia acontecido. 

"Estou paralisado
Estou com medo de viver, mas estou com medo de morrer
E se a vida é dor, então eu enterrei a minha há muito tempo atrás
Mas eu continuo vivo
E isso está me controlando - onde eu estou?
Eu quero sentir alguma coisa, estou dormente por dentro"

— Vamos até a Mansão dos Barret, isso deve ter sido apenas um mal entendido, não é possível, não.. Não é.. - ela gaguejava tentando conter o choro, mas já era tarde. 

Ela mais que depressa vai para o carro e liga o mesmo, os meninos deciam desesperadamente as escadas indo até o carro que já estava ligado. 

"Mas não sinto nada, me pergunto por que
E na corrida da vida o tempo passa por mim
Olhe
Eu me sento e assisto, com as mãos nos bolsos
As ondas vem quebrando sobre mim, mas eu só as assisto
Eu só as assisto
Estou debaixo da água, mas me sinto como se estivesse no topo"

— Coloquem os cintos, por favor. - ela falava com sua voz e mãos trêmulas... Seu corpo gelava e ela não estava conseguindo pensar em mais nada. A adrenalina e o estado de choque estavam conflituando dentro de si. 

"Estou no fundo e não sei qual é o problema
Estou numa caixa
Mas eu sou aquele que me trancou lá
Sufocando e ficando sem oxigênio" 

Os meninos estavam totalmente em estado de choque, O choque emocional é considerado a fase inicial no processo de reação a um evento traumático. Isso acontece porque o trauma ainda não encerrou seu processo, em razão, de que nessa primeira reação direta a mente ainda não aceitou o fato.

"Estou paralisado ( eu estou tão paralisado)
Onde estão meus sentimentos? (Sim, estou tão paralisado)
Eu não sinto mais as coisas (eu não tenho sentimentos)
Sei que deveria sentir (oh, como não estou me movendo? Por que não estou me movendo? Ah, sim)" 

Levando isso em consideração, tudo que eles faziam era do nada parar de chorar, e sua mente se esvaziar por alguns segundos, e instantes depois, uma crise de choro se faz presente novamente. Isso era como um ciclo.

Assim que Simone estaciona na frente da Mansão dos Barrett, os meninos saltam do carro correndo em direção à entrada da casa.

Simone mais que depressa, em meio ao nervosismo liga para Ellise para avisá-la do ocorrido. A chamada cai para a caixa postal, mas ela deixa um recado.

" Ellise, querida. Estamos na casa dos Barrett, por favor, venha o mais rápido que puder assim que ouvir isso... Nessa fez loucura, estamos com medo de que ela não sobreviva. Por favor, venha assim que puder."

Enquanto falava ela adentrava as pressas para dentro da casa. Havia muitos policiais e pessoas de branco espalhadas por ali.

Enquanto isso, os kaulitz tentavam adentrar o quarto de Nessa. Mas dois seguranças fortes tentavam em pedir os rapazes que simplesmente não conseguem cessar as lágrimas e os gritos de desespero.

De uma vez só, os dois entram no quarto.

A cena na frente deles fez com que os dois caíssem ajoelhados no chão.

Bill encosta sua cabeça no chão com as mãos no rosto. Tom simplesmente não conseguia aceitar o que estava em sua frente.

— PORRA! QUE MERDA! - ele chuta uma cadeira que estava poucos metros dele. — CARALHO! NÃO, NÃO É POSSÍVEL. - tom se aproxima da cama em prantos.

— que merda! Que merda! QUE DESGRAÇA MEU DEUS! - Bill gritava com raiva se levantando e girando em seu próprio eixo com as mãos na cabeça.

Ele se aproxima de Nessa também. Eles mexem e sacodem ela. Bill em desespero começa a morder o braço da garota, na esperança de acordá-la. 

— Por favor acorda! - ele morde ainda mais forte, fazendo o local envermelhecer na hora. — Ela precisa acordar, ela precisa! Vamos meu bem, acorde, não me deixe aqui. - ele mordia ela cada vez mais forte na esperança de que a garota acordasse com o ato.

"Estou paralisado ( eu estou tão paralisado)
Onde estão meus sentimentos? (Sim, estou tão paralisado)
Eu não sinto mais as coisas (eu não tenho sentimentos)
Sei que deveria sentir (oh, como não estou me movendo? Por que não estou me movendo? Ah, sim)
Estou paralisado"

Tom não parava de chorar auto, ele segurou em uma de suas mãos e deitou a cabeça entre seu próprio braço na cama, ainda de joelhos, ele escondia seu rosto entre seus braços.

Drew, pai de Nessa chorava desesperadamente sentado ao outro lado da cama com fineas que não parava de chorar ao seu lado.

— já tentamos de tudo... - o médico diz abaixando a cabeça em seguida. — Infelizmente ela não resistiu.

"Estou perdido e isso me mata por dentro (estou paralisado, estou paralisado)
Estou paralisado (estou paralisado)" 

O choro que pairava pelo quarto depois da fala do médico só aumentou.

Ellise entra desesperada no quarto já chorando. Ela vai até os meninos e se abaixa no chão.

Eles imediatamente largam a mão de Nessa para abraçar ellise que tentava de tudo quanto é jeito acalmar o choro desesperado dos meninos.

Ela falava palavras bonitas, calmas e bem pensadas, fazendo com que o choro deles ficasse cada vez mais baixo.

— Ta tudo bem... Ta tudo bem, ela está em paz agora, está tudo bem.

Os três ficaram ali por uma hora, sem dizer nada, apenas ouvindo o choro um do outro que se iniciava do nada.

Os soluços eram presentes e ecoavam pelo quarto quase vazio.

Drew não se sentiu bem, então levaram ele até seu quarto para uma bateria de exames. Fineas e Simone estavam na sala conversando entre choro. Mas civilizadamente.

Ali, Ellise percebeu que não importa o que acontecesse, ela iria fazer valer a penas aquela maravilhosa oportunidade de vingança que caiu de paraquedas em sua frente.