10° capítulo

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Acordo mais uma vez desse maldito pesadelo.
Não aguento mais sonhar com isso.
Eu já deveria saber que tudo o que me aconteceu ontem resultaria nisto.
A maldita lembrança, desse maldito dia.
HAA.
Eu só queria ter algum tipo de super poder e conseguir me esquecer disto..
Não aguento mais essa lembrança me atormentando dia após dia.

Eu sei que no momento eu deveria estar na empresa trabalhando mas não sei se estou pronta para entrar naquela sala.
Sinto que se colocar ao menos a ponta do meu dedo mindinho lá, todas as lembranças que estou tentando esquecer vão voltar com força total.
Espero que entendam e não me mandem embora por isso.
Depois de um tempo me levanto, escovo os dentes, tomo um banho, me visto e ligo para a minha mãe pra saber do meu pai.
Eu sei que eu deveria contar a ela sobre o quase estupro que sofri do Christian mas ela já tem tantos problemas que não a quero preocupar ainda mais.

–Oi mãe tudo bem?– pergunto assim que ela atende o telefone.

–Ah minha filha eu estou tão desesperada.

Meu coração chega a doer quando escuto a sua voz triste e cheia de dor.

–Nós vamos dar um jeito mãe. O que eles explicaram pra vocês ontem?– pergunto pra ela pra tentar entender melhor sobre a explicação deles.

–Nada, eles não disseram nada- diz ela chorando– eu vou perder o amor da minha vida minha filha. E eu não posso fazer nada– fala chorando ainda mais.

Nesse momento eu já estava a chorar também.

–Não fale uma coisa dessas nunca mais mãe– digo como quem dá sermão em criança– tem que existir algo em que possamos fazer.

–Infelizmente não há minha querida. Tínhamos de ser milionários para poder pagar uma clínica.

Ficamos quietas por alguns minutos e enquanto isso consigo ouvir ela ir parando de chorar aos poucos

É ISSO.

–MÃE EU JÁ SEI!– falo gritando e me levantando em um pulo.

–Para quê gritar desse jeito menina– diz ela espantada com o meu grito– Vá fale, qual é essa solução milagrosa que encontrastes.

–Depois eu te explico mãe. Tenho de ir.

–Minha filha por favor você pre- acabei a cortando da fala.

–Acredita em mim mãe. Vai ficar tudo bem.

-Tudo bem Laura. Você já é uma mulher adulta, vou confiar em ti. Fique bem, e tenha cuidado.-diz ela desistindo.

– A senhora pode confiar– falo já mais animada–Tchau mãe te amo-digo e logo depois desligo.

Agora definitivamente a vida do meu pai dependia de mim e de mais ninguém.










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Qual será esta solução em? 🌚 ...
Heheheh

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