3° capítulo

157 19 133
                                    

Bom, já se passaram 1 mês desde a chegada do senhor Dark na empresa, e depois daquele incidente, não voltamos a ter um desentendimento. Até porque o cavalo me ignora na maioria do tempo. Para terem uma ideia, todos os dias quando ele chega, eu dou bom dia, e ele responde? É claro que não, mas é a educação né, e eu temo pelo meu emprego.

Acabei de chegar no meu andar e comecei a trabalhar. Nisso, percebo que o senhor Dark tem duas reuniões importantíssimas, uma hoje, outra na segunda, ambas às 11:00 horas. Isso significa que vou ter que organizar tudo agora para a de hoje.

Começo pedindo alguns biscoitos e peço para a senhora do café preparar café e chá, assim como fazia nos tempos do senhor Joseph Dark (pai do Aiden Dark).

Droga! Já são 10:00 horas, e o senhor Dark ainda não chegou.

O senhor pontualidade acaba de chegar, e tenho que o comunicar da reunião, pois ele chegou muito atrasado. Já são 10:45, os acionistas e mais alguns investidores já devem estar para chegar.

Vou em direção ao elevador e começo a falar.

– Bom dia, senhor Dark – digo, nem esperando pela resposta, pois já sei que ela não virá. O senhor Dark segue caminhando. – O senhor tem uma reu- sou interrompida pela porta sendo fechada na minha cara, pois enquanto eu falava, o mula do meu chefe continuava andando.

– Cavalo – falo em português antes de bater na porta, e, ao ouvir um entre, já abro a porta porque agora só faltam 10 minutos para a reunião.

– Senhor Dark, eu vim avisar que o senhor tem uma reunião em 10 minutos.

– Mas é muito incompetente mesmo em - diz ele todo arrogante - por que não me avisou antes?

– Eu tentei, senhor Dark, mas o senhor bateu a porta na minha cara – digo seca.

– Olha como fala comigo, garota, eu ainda sou seu chefe.

– Primeiro, olha o senhor como fala comigo – digo já irritada – o senhor pensa que é quem? Bate com a porta na minha cara, depois me chama de incompetente. Seu, seu... – paro e então continuo em português – seu cavalo.

Ele abre um sorriso e diz:

– Eu sou seu chefe. O cara que pode te demitir e fazer com que você nunca mais consiga um trabalho, pirralha – ele fala, fazendo-me jogar o meu bom senso pro ralo.

– Olha aqui, seu arrogante filho de uma figa, quem você pensa que é para me ameaçar em – falo de uma vez e nem dá tempo de me arrepender – arrogante.

– Sabe, eu acho que esse seu mau humor todo aí é falta de homem – ai essa doeu – talvez esses garotos aí não estejam dando conta. Mimada – diz, dando um passo na minha direção e me fazendo dar um para trás.

– Grosso – que foi? Eu não podia ficar calada, ué.

– Chata – diz, dando mais um passo.

– Imbecil – digo indo para trás e percebo que já não tem para onde ir, pois dei de costas na parede.

– Maldita ninfeta – diz ele chegando mais perto de mim. Mas espera aí, ninfeta, merda.

– Idiota – assim que eu digo isso, ele dá mais um passo e fica bem pertinho de mim, ao ponto dos nossos rostos ficarem a centímetros de distância.

– Linda – diz ele chegando ainda mais perto, me fazendo preparar o meu joelho para o caso de ele tentar me beijar. E é o que ele faz. Mas no momento que nossos lábios se encontram, a porta se abre, revelando Matheus Black, o advogado da empresa que, nesse momento, tem um sorriso diabólico nos lábios.

– Desculpa atrapalhar, mas os investidores já chegaram há algum tempo e nenhum de vocês dois apareceu. Resolvi vir olhar o que está acontecendo – diz sério e depois volta a colocar o maldito sorriso e continua – então eu acho que seja lá o que esteja acontecendo pode esperar para mais tarde, – faz uma pausa – ou a noite, caso achem melhor – diz já saindo com o maldito sorriso.

Enquanto isso, o impertinente do meu chefe vai até a sua mesa, pega uma pasta e sai da sala em direção à sala de reuniões. Após alguns minutos, sigo o mesmo caminho; afinal, eu também tenho que participar da reunião.

– Bom dia a todos – digo assim que entro na sala de reunião, já procurando por algum rosto conhecido no meio dessas pessoas.

– Bom dia – respondem alguns, mas nesse momento os meus olhos se cruzam com os do Maxon Swart. Eu logo solto um gritinho e coro, me jogando em seus braços sabendo que tem vários olhares sobre nós, mas nesse momento eu não ligo.

O Max foi um dos meus colegas da escola particular em que eu estava, mas depois de tudo o que aconteceu e eu ter que mudar para uma escola pública, ele foi o único amigo que me sobrou. Nesse tempo, ele se tornou um irmão mesmo. De todos os meus amigos, ele é o único em que sabe de tudo o que aconteceu na minha vida.

– Seu idiota, por que não me dissestes que estavas no país? – pergunto tentando parecer com raiva, mas acabou que eu acabei sorrindo e voltei a o abraçar.

– Bom, eu queria te fazer uma surpresa e pelo visto eu consegui – diz, deixando-me um beijo no topo da cabeça. Ele se abaixa e diz no meu ouvido.

– Eu acho que a qualquer momento o Dark pode pular da cadeira e me estrangular – diz, deixando-me confusa. Assim que me viro em direção ao lugar onde se encontra o meu chefe, percebo que ele está com um olhar assassino conduzido na nossa direção, ou melhor, na direção do Max.

–A não liga para ele. Ele é um ogro mesmo. Agora vê se esquece essa mula empacada ali e me abraça– digo já voltando a o abraçar.

–Acho melhor procurarem um motel– diz meu chefe com um sorrisinho idiota no rosto e  atraindo os olhares de todos para nós.

Apesar de saber que nunca aconteceu nada entre nos os dois essa ideia me deixou desconfortável, mas parece que não aconteceu o mesmo com o Max.

–Pode deixar Aiden que é exatamente o que pretendemos fazer saindo daqui.–diz ele retirando o sorriso do rosto do sr. Dark, o que me faz abrir um ainda maior do que aquele que ele tinha.

Ai Deus por isso que eu amo esse menino.

Doce amargura Onde histórias criam vida. Descubra agora