11° capítulo

56 6 18
                                    

●°•°●°••°●°•●°•°●°••°●°•••●°•°
Aiden Dark
●°•°●°••°●°•••●°•°●°••°●°•••●°

– Eu já disse. Quero aquele filho da mãe preso e bem longe da minha empresa – falo pela milionésima vez, já irritado.

– Aiden, precisas ter a certeza sobre isso. Se você resolver colocar o Cristian na cadeia, a imprensa vai cair matando – diz Matheus, um pouco cauteloso.

– Não ligo, nem me importo. Quero ver ele apodrecendo na prisão – falo com a voz embargada de raiva.

– Tudo bem, a decisão é sua – fala ele, já saindo da minha sala.

Eu sei que se eu o afastar da minha empresa e o colocar preso, a mídia vai cair em cima, e isso pode não ser muito bom para os negócios, mas só de lembrar do que ele tentou fazer com a Laura. Só de lembrar do seu grito, dos seus olhos cheios de lágrimas e de seu desespero, eu me vejo fazendo uma besteira. Não tenho a menor dúvida de que se eu ver o maldito do Digorry na minha frente nesse momento, eu o mataria com as minhas próprias mãos.

Então, sim. Apesar das consequências, ao menos no momento, a melhor opção é deixá-lo preso e bem longe da minha vista.

...

Já se passou do meio dia, e a Laura não apareceu para trabalhar, mas eu a entendo, ela deve estar tentando digerir tudo o que aconteceu ontem. Aquilo deve ter mexido bastante com a sua mente; afinal, não é todo o dia em que tentam nos estuprar.

....

– Estou pensando seriamente em passar na casa da Laura para ver como ela se encontra – comento com o Matheus enquanto almoçamos.

– Tens a certeza que o único motivo é ver o estado em que ela se encontra – diz ele com o seu típico tom cheio de malícia?

– E por quê mais seria? – pergunto, fazendo-me de sonso, mas o interrompo no momento em que ele abre a boca para responder, pois sei que ele vai falar merda – Quer saber? Não diga, vai ser melhor.

– Tudo bem, senhor caridade – diz ele levantando as mãos – vou trabalhar – fala ele, já levantado da mesa e saindo apressadamente do restaurante depois de eu o fuzilar com os olhos.

Não dá para ter uma conversa descente com esse cara. Ele mais parece um pré-adolescente com os hormônios à flor da pele que só pensa em foder e em fazer as suas piadinhas da quinta série.

Depois de terminar o meu almoço, pago a conta e volto para o trabalho. Desisti de ir ver a Laura depois de chegar à conclusão de que ela pode entender mal a minha visita. Pode vir a pensar que estou tentando me aproveitar desse momento de fragilidade que ela está passando para pressioná-la a aceitar a minha proposta. Não quero que ela pense isso. Por mais que eu precise da ajuda dela, não a irei pressionar. A escolha precisa ser da sua livre e espontânea vontade. Mesmo que ela o faça por pura necessidade pela situação em que se encontra, quem tem de decidir isso é ela. Não posso forçá-la a ajudar-me, afinal.

O máximo que eu posso fazer é torcer para que ela perceba que a minha proposta vai ajudá-la e muito para que assim aceite a proposta. Caso contrário, nada posso fazer. Se ela não aceitar, terei de procurar uma garota qualquer e pedir em namoro. Simples assim. Talvez eu procure uma pobre e inocente. Finjo que estou apaixonado pela sua beleza e o seu modo de vida um tanto exótico e pimba.

No final, termino com ela e a deixo com uma quantia generosa que fica tudo certo. Vou estar realizando uma caridade ainda.

Ótimo. Problema resolvido. Se a Laura não aceitar, procuro uma dessas iludidas aleatórias que acreditam que a qualquer momento vai aparecer um homem que vai se apaixonar perdidamente por ela e pedi-la em casamento com duas semanas de namoro.

Sempre tem uma dessas por aí. Talvez eu procure uma numa biblioteca. Dizem por aí que as leitoras são as que mais se iludem.

Plano perfeito.

Eu sou mesmo um gênio!

....

Assim que chego na empresa, me mergulho revisando vários contratos que me foram enviados por Matheus.

Doce amargura Onde histórias criam vida. Descubra agora