Capítulo 27

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Isabelly Miller

 Nunca recebi tantos abraços na vida igual eu recebi hoje dessas pessoas que são tudo para mim e acredite eu perdi a conta de quantos abraços foram, o Tom sempre aproveitava alguma oportunidade para me dar breves selinhos e ficar abraçado comigo. Os meninos colocaram algumas de suas músicas para tocar e animar o clima daquela festa que fizeram para mim, enquanto a Helena conversava com o Georg e os garotos conversavam com a minha mãe a fazendo rir a cada cinco segundos.

 Vi o Tom sentado em uma das poltronas perto do sofá e resolvi me aproximar dele já que eu tinha ido pegar alguns salgadinhos para nós dois, ele percebeu que eu estava chegando perto e sorriu para mim me olhando de cima a baixo e isso me causou sensações que eu não sou capaz de descrever. Me sentei em seu colo e entreguei os salgadinhos a ele, dando leves beijos em seu pescoço e o vendo sorrir malicioso e percebendo o quanto de poder eu tinha sobre ele.

- Não faça isso morena, não estamos sozinhos. - ele dizia, apertando a minha perna e eu emiti um som rouco que saiu sem que eu percebesse, mas ninguém percebeu. - Isso é judiação, você sabe.

- Tudo bem guitarrista, eu pegarei leve com você. - falei, puxando seu rosto e o beijando novamente e o mostrando o quanto eu o desejava. Assim que terminamos de nos beijar eu dei um selinho nele e dei uma leve mordida na sua boca e isso só aumentou o meu desejo.

- Então temos um casal oficializado? - perguntava o Georg e todos nos olharam, eu apenas encarei o Tom e ele deu de ombros.

- Não conversamos sobre isso ainda, cabeludinho. - falei e todos começaram a rir. - Então podemos dizer que ainda não.

- Eu vejo que isso tem futuro e eu serei o padrinho desse casal. - confirmou o Bill e todos voltaram a conversar entre si.

 O Tom me levantou e se levantou em seguida, me fazendo sentar na poltrona novamente, mas sem ele comigo. Não entendi o que estava acontecendo e o olhei confusa, percebi que seu olhar estava distante do meu e seus pensamentos estavam longe, como se eu tivesse falado algo que o magoou ou algo de errado. Mas eu não disse nada que não fosse verdade, eu e ele realmente ainda não tínhamos definido o status do nosso relacionamento confuso e complicado e eu não podia falar por mim e por ele no momento. É claro que eu queria que ele fosse apenas meu e de mais ninguém, mas se ele não quiser eu não posso obrigá-lo, certo?

 Eu vi ele indo para o lado de fora da minha casa e resolvi o seguir logo em seguida, não queria brigar com ele e nem que essa coisa boa que estava acontecendo entre a gente acabasse. Eu gostava de passar meu tempo com esse garoto teimoso e debochado e estava apegada demais a ele, eu realmente precisava dele na minha vida.

- Tom? O que foi? - o perguntei, olhando para ele, mas ele estava de costas para mim então me aproximei e coloquei minhas mãos em seu ombro o forçando a virar para mim. - Eu disse algo de errado?

- Sim Isabelly, você disse. - seu olhar e tom de voz era frio e duro, como se ele tivesse bravo comigo. - Que porra foi aquela de "não conversamos sobre isso ainda, então podemos dizer que ainda não"? 

- Não acredito que você está bravo por causa disso. - eu ri por um momento e ele ainda estava com seu olhar duro para mim, o que só aumentava a minha vontade de beijar a boca desse garoto. - Nós realmente não conversamos sobre isso guitarrista, como posso dizer que nós dois temos algo se eu mesma não sei se você quer também?

- Que caralho Isabelly, quantas vezes e de quantas formas eu tenho que demonstrar que tudo que eu quero é você? - ele falava, passando a mão pelo rosto e visivelmente nervoso comigo. - Quantas demonstrações e quantas confissões eu tenho que fazer para te mostrar que eu te....

 Não deixei que ele terminasse e o beijei, um beijo intenso e cheio de fúria e calor, cheio de desejos e arrepios. Eu não precisava de mais confissões ou demonstrações, não precisava de nada mais que esse garoto comigo para saber que ele me amava e que eu o amava também. E eu estava cansada, cansada de esperar por um bom momento para me entregar para ele, cansada de esperar que o momento certo chegasse. O momento é nós quem fazemos, certo? E esse momento e dia é hoje, eu o quero e preciso dele, de corpo e alma. 

 Parei o beijo, mas não me afastei dele, nossas respiração eram uma só e estavam aceleradas, nosso peito subia e descia em conjunto e eu o vi sorrindo ainda com os olhos fechados. Dei um breve selinho nele e acariciei o seu rosto, o fazendo olhar para mim.

- Certo, eu não preciso de mais nada Tom. - falei revezando meu olhar entre sua boca e seus olhos. - Eu só preciso de você comigo e nada mais, apenas isso. Apenas eu e você meu guitarrista.

- Morena... - começou ele, mas o interrompi.

- Eu ainda não terminei. - falei e ele assentiu, sorrindo. - Preste atenção, hoje mais tarde eu vou pedir para a Helena me levar para a sua casa. Não quero nada exagerado e cheio de flores, quero que seja como no dia em que fui assistir um filme na sua casa, mas o filme somos nós dois quem vamos fazer, meu guitarrista.

- Você tem certeza disso? - ele perguntou, olhando em meus olhos. - Tem certeza que é isso que quer?

- Eu nunca tive tanta certeza de algo como eu tenho agora. - confirmei o olhando. - Eu quero ser sua, Tom. Quero ser sua por completo, de corpo e alma e quero que você seja meu. Quero que esse momento seja hoje e quero que seja com você, com o meu guitarrista.

 Então eu o beijei novamente e em seguida nos entramos na minha casa e nos juntamos com os meninos, minha mãe e a Helena. Algumas horas mais tarde eles foram embora e eu, minha mãe e Helena ficamos arrumando tudo. Eu não conseguia pensar em nada, eu apenas pensava em mais tarde e em como eu estava nervosa para ir ver o Tom e tudo o que ia acontecer hoje. Não percebi quando terminamos de arrumar tudo e só acordei quando a Helena entrou na minha frente balançando as mãos em meu campo de visão.

- Isa? Você tá acordada? - ela brincava e eu a empurrei de leve, nós duas começamos a rir. - Certo, me conte o motivo de você estar tão aérea.

- Eu preciso de um favor seu. - falei e ela fez sinal para que eu prosseguisse. - Eu decidi ficar com o Tom hoje, decidir dar um passo a mais na nossa relação complicada e preciso que você me leve até a casa dele.

- NÃO ACREDITO! - gritava ela animada e dando pulinhos pela sala, minha mãe já tinha subido para o seu quarto. - Finalmente vocês vão ter relação e é claro que eu te levo, estou tão feliz por você amiga.

- E preciso que me ajude com as roupas, não quero nada muito exagerado. - ela assentiu com a cabeça e nós subimos para o meu quarto.

 Já eram 22 horas então eu resolvi ir tomar um banho enquanto a Helena arrumava uma roupa para mim, eu espero que ela realmente não arrume nada exagerado. Quero que seja como uma noite normal, por mais que não seja e eu esteja mais nervosa do que nunca. É claro que eu não sou mais virgem, perdi quando eu e o Liam ainda estávamos juntos, quando estávamos fazendo 9 meses de namoro. E hoje eu me arrependo disso, queria que nunca tivesse acontecido e que o Tom fosse o meu primeiro. Mas tem algumas ações que não podemos mudar, certo?


Um guitarrista na minha vida.Onde histórias criam vida. Descubra agora