Fazendo um Movimento

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Quem acompanhou a long fic vai sentir falta de personagens e interações nesta cena, mas eu retirei para não prejudicar a experiência de quem estiver lendo pela primeira vez, já que não tenho como explicar quem são os outros personagens e suas histórias agora.

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- O que ele tem? - MJ pergunta para MoonBin, apontando com o queixo para SanHa que está encostado na mureta da varanda de seu apartamento. SanHa, MoonBin e EunWoo foram visitar o amigo. Todos comiam, conversavam, sorriam... Todos menos o Maknae.

FlashBack - Dia anterior, no prédio onde cumpriam a agenda de promoções.

- Posso finalizar os lábios? - a maquiadora perguntou a SanHa.

- Vou fazer um lanche e volto daqui a pouco! Pode ser?

Claro que poderia! Ela o liberou e ele saiu em busca de algo para comer. Estava com vontade de comer batata Chips e não havia nenhum pacote no camarim. Mas, assim que pôs os pés no corredor, viu a dançarina com quem conversara há alguns dias. Ela andava apressada com o celular na mão e acessou a escada de incêndio. Ele se esqueceu imediatamente de seu objetivo e moveu-se rápida e silenciosamente, conseguindo chegar à porta antes de ela se fechasse totalmente e entrou sem ser notado. 

Não pensou muito bem quando fez isto. Se ela havia buscado privacidade para falar ao telefone, poderia não aceitar sua presença ali. Só se deu conta ao ouvir a voz baixa dela. Identificou de onde vinha o som: A jovem havia descido a primeira parte do lance da escada e estava de costas, no canto da parede onde não poderia ser vista facilmente por quem entrasse. Estava com uma mão apoiada no corrimão e com o celular junto ao ouvido escutando atentamente. 

Ele, numa manobra digna de um fantasma, fez o caminho oposto: subiu alguns degraus da escada e ficou ali, escutando a conversa alheia. Na verdade ela só emitia alguns "huns" e "an-hans". Mas logo falou impaciente. 

- Vamos pular essa parte e você me diz logo o que quer? Se a tua mãe não está doente, o cachorro não quebrou a pata, não há vazamento repentino na cozinha ou banheiro... Porque você me ligou? - houve uma breve pausa enquanto alguém falava do outro lado e ela logo continuou - injusta, eu? Quando você me ligou e não foi pra pedir dinheiro? Fala logo que eu estou ocupada e não posso ficar aqui de papo! 

Por essa ele não esperava. A doce menina sabia ser rude, mas pelo jeito, era necessário. 

Seu corpo deu um pequeno salto, assustado, quando ouviu a voz dela novamente quase gritando.

- O QUÊ? Nem que eu tivesse este dinheiro todo eu daria! É dar, sim! Vocês nunca me pagam o que pegam emprestado! - fez uma pequena pausa enquanto a outra pessoa falava - Olha, se ele sumiu, você deve acionar a justiça pra te ajudar a encontrar esse covarde. Ele tem que assumir o filho. Eu não vou compactuar com isto. Não apoio de jeito nenhum! Se você quer abortar, é sua escolha, mas não conte comigo!

A esta altura, ele queria fugir dali. Foi um erro bisbilhotar! Mas estava de mãos e pés atados. Não tinha como sair. Pelo som dos passos ele sabia que ela estava andando de um lado para outro no vão da escada e ele seria notado caso se levantasse do degrau onde estava sentado, praticamente encolhido, como uma criança curiosa.

- Presta atenção - ela continuou - eu saí de casa e deixei vocês morando aí porque eu queria ter paz. Por favor, não me ligue mais ou eu vou exigir a minha parte do único bem que meu pai deixou. Você e sua mãe aprendam a se virar. Eu estou cuidando da minha vida há anos e salvando vocês destas situações inesperadas há mais tempo do que deveria. ACABOU! Eu não tenho mais! Eu não quero mais contato com vocês.

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