capitulo 29

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Lobo

Pegamos a estrada já no fim da tarde e eu bem sabia que o
dia não tinha sido nada fácil para Anastácia. Escutar todas aquelas
palavras de alguém que ela amava tanto deve ter doído pra caralho
e seu olhar perdido através da janela do carro confirmava minhas
suspeitas.
-— Vamos fazer um pequeno desvio — avisei quando uma
ideia me surgiu à mente.
— Aonde vamos?
— Em um lugar que você conhece e que, por sinal, é bem
seguro. — Entrei na rodovia que nos levaria até o mirante da futura
unidade da Grey  Security, e pedi que Lyon e Ray aguardassem
com o segundo carro na entrada do lugar. Queria ter um momento a
sós com Anastácia , sem nenhuma interrupção.
Entrei no grande pátio e parei o carro bem próximo ao
mirante, que nos revelou um pôr do sol exuberante no horizonte
colorido.
— Meu Deus, o pôr do sol visto daqui é muito lindo. —
Anastácia  sorriu e notei que naquela parte da nova unidade, não havia
um segurança sequer. Todos estavam concentrados na entrada do
lugar, assim como Lyon e Ray.
Saí do carro e abri a porta do banco de trás, sentando-me ao
seu lado. A envolvi em meus braços, apreciando seu cheiro
delicioso de flores recém-colhidas. Ela subiu os olhos por meu rosto,
as pupilas aumentaram à medida que me observava com cautela e
logo os fechou quando rocei a boca na dela lentamente.
Passei a língua pela carne, umedecendo-a, para só então
tomá-la em um beijo profundo.
— Você é a mulher mais corajosa que eu já conheci. —
Mordisquei seu queixo e subi para os lábios novamente. Sentia que

o mínimo toque de Anastácia  já me deixava duro, o que não facilitava
em nada manter uma conversa racional.
— Acho que só pareço corajosa. Estava tremendo da cabeça
aos pés. — Acariciei sua pele com a ponta dos dedos, descendo
pelo pescoço com calma, passando pelo braço até resvalar na
lateral do seio por baixo do tecido. Porra, como estava com saudade
de tocá-la.
— Isso é medo, coração, e todos nós o sentimos. — Ela deu
uma gemidinha baixa quando dedilhei o bico do seio que já estava
rijo sob o tecido fino do vestido. — E existem dois tipos de pessoas.
As covardes, que escolhem o caminho mais fácil e até mesmo o
mais errado para fugir, e as corajosas, que enfrentam qualquer
coisa, mesmo tremendo de medo. — Beijei-a com ardor e
profundidade, sentindo o gosto fundo em sua boca.
— Desculpe, mas não entendi nada do que disse desde que
me tocou. — Ela voltou a me beijar, dando aqueles pequenos
gemidos que me levavam a loucura.
— Não foi para isso que te trouxe aqui, coração — avisei,
apontando para o horizonte. — Foi para que relaxasse um pouco. A
investigação na sua empresa ainda está em andamento, e já que
ainda não podemos sair por aí como gostaríamos, pensei em trazê-
la para ver o pôr do sol...
— Que combina muito com beijo. — Ela enlaçou os dedos
nos cabelos em minha nuca e me puxou para seus lábios. Podia
sentir o calor emanar através deles e espalhar por todo meu corpo.
— Você não tem jeito.
— Foi você quem me provocou. — Ela mordeu minha boca.
— Já faz quase dois meses, e me sinto ótima o bastante para caçar
confusão em uma penitenciária. Estou em perfeito estado. Quando é
que vai voltar a me tocar direito? Sinto tanto sua falta —
choramingou e subiu em meu colo, erguendo o vestido até que sua
calcinha resvalasse em meu membro duro.
— Anastácia ! — chamei, aflito e olhei para todos os lados.
— Não tem ninguém olhando. — Ela se inclinou, beijando-me
com afinco e não consegui pensar em mais nada no instante em
que senti sua língua em minha boca. — Quero ter você dentro de

mim, Christian. — Ela rebolou em meu colo e porra, se
continuasse a fazer aquilo eu acabaria gozando nas próprias calças.
— Vamos só... brincar um pouco, está bem? — ela
concordou ofegante.
Apertei sua bunda e enfiei os dedos na carne, puxando-a
mais para mim. Desci as mãos por suas pernas desnudas, entrando
em sua coxa, jurando que não passaria de pequenos toques até
encontrar sua calcinha encharcada.
— Porra, amor! — praguejei contra sua pele macia enquanto
descia as alças do vestido.
— Eu disse que estava com saudade. — Os seios rosados
despontaram diante de mim e ela jogou a cabeça para trás quando
capturei o bico muito duro com a boca, dedicando atenção a cada
um deles.
Nossas respirações oscilavam em um misto de desespero,
saudade e tesão que criou uma sinfonia de gemidos, rosnados e
sons que revelavam nosso prazer. Penetrei-a com dois dedos,
brincando com seu sexo e estremeci ao senti-la tão quente por
dentro. Anastácia  começou a rebolar em meus dedos emitindo ruídos
baixos e constantes, como uma gatinha, miando em cima de mim.
Vê-la assim era enlouquecedor.
— Christian! — perdi o controle no instante em que ela
tremeu em meus braços quando o orgasmo a atingiu. Seu sexo se
fechou ao redor dos meus dedos e quando me dei conta, já tinha
aberto o zíper da minha calça.
Ela sorriu, surpresa quando a ereção pesou em sua barriga.
Segurei seu rosto e mantive seu olhar no meu enquanto me
encaixava em sua entrada muito quente. Ela fechou os olhos
quando comecei a empurrar e mordeu os lábios, tombando a
cabeça para trás.
— Que delícia! — rugi contra sua pele à medida que a sentia
comprimir meu membro em seu interior apertado. Penetrei-a
centímetro por centímetro, sentindo-a escorrer sobre minha carne
de tanto prazer.
— Vamos devagar, não quero machucá-la.

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