Após o almoço, nos corredores do castelo, Maitê acompanhava o professor Snape, que aparentava estar mais ranzinza do que o normal.
Tudo isso porque Maurice chamou Maitê para caminhar com ele. E não foi só isso, o tom de voz doce que ela usou para recusar e marcar para outro dia, deixou Snape mais irritado ainda.
Como ele ousa convidá-la para caminhar pelo jardim, na minha frente!? - Severo se questionava mentalmente.
- Professor Snape? - Maitê o chamou, mas o mesmo não ouviu.
Seria um passeio romântico este que ele ofereceu a ela?
Será que ele também está interessado nela?
Santos e LeBlanc?
Estou começando a achar que a hospedagem de Azkaban não é tão ruim assim! - ele pensou nisso, se imaginando atacando Maurice.
- Severo!? - Maitê o chamou pela última vez, parando de andar.
Ele parou de andar e olhou para ela.
- Me desculpe. Estava preso em pensamentos - Explicou.
- Sobre o quê? - Ela perguntou se aproximando dele.
Não posso dizer a verdade. Ela vai achar que estou com ciúmes ou algo do gênero. - pensou ele.
- Estava pensando no que irei pedir da senhorita.
- Bom, se não decidiu até agora, me peça o que vier primeiro a sua mente - Ela disse gentilmente.
Severo pensou em algo, acredite. Algo que ele quer. Algo que o fez corar e desviar o olhar do dela.
- O que o senhor pensou? - A curiosidade dela estava a mil.
Em algo um tanto impróprio para pedir a senhorita - Snape pensou em responder isso, mas mudou de ideia. Ele respirou fundo e fez o seu pedido.
- Quero que me conte mais sobre a senhorita, quero conhecê-la.
Maitê esperava outra resposta, mas conseguiu esconder sua decepção.
Snape não achou apropriado pedir aquilo que pensou a ela. Pelo menos não ainda.
- Bem, anm, o que quer saber? - Ela sabia que não era aquilo que ele pensou quando seu rosto corou, mas achou melhor deixar de lado isso, por hora.
- Tudo - Snape disse com um pequeno sorriso na cara. Um daqueles sorrisos sem mostrar os dentes.
- Ok - Ela disse voltando a andar, e Severo a acompanhou. - Vejamos, eu cresci na França, sou filha única, meus pais já faleceram há alguns anos.
- Sinto muito por isso - Snape a interrompeu. Seu tom de voz era triste.
- Eu também sinto. Sinto falta deles. Você sente falta dos seus pais?
- Só da minha mãe - Severo, vendo o olhar curioso dela, continuou. - Meu pai não era uma boa pessoa. Enfim, o assunto aqui não sou eu, é a senhorita.
Ela sorri constrangida pela forma como ele a olhou. Aqueles olhos cor de ônix sempre a fazem sorrir, mesmo que o dia seja horrível. Ela gosta disso. E ele gosta do sorriso dela.
- Continuando, me formei em Beauxbatons, fiquei noiva, depois ele rompeu o noivado. Eu me formei como professora de etiqueta e fui lecionar em Beauxbatons. Alguns anos depois, me formei em aritmância e adivinhação. Conheci um cara e saímos juntos algumas vezes, mas não deu em nada. Alguns anos depois, decidi me mudar e lecionar aqui, mas você-sabe-quem retornou, Dumbledore foi morto, os comensais da morte começaram a surgir de todos os lados, tava tudo um caos. Eu ajudei algumas famílias trouxas e mestiças, juntos a seus filhos, a se esconderem. Depois tudo acabou, com o senhor Potter derrotando você-sabe-quem na guerra bruxa, e só então eu pude vir para cá.
Ao final do resumo de sua história, Maitê olhou para Snape e ele estava triste.
- O que foi? - Ela perguntou parando de andar e segurando em seu braço.
- Eu matei ele, Dumbledore.
- Sim, e foi provado para todos que era o que ele queria.
- Eu sei. É que ele era meu amigo - O professor deu um longo suspiro cansado. - Eu o vejo em sonhos, na torre de astronomia, no momento em que o matei. Eu não queria fazer aquilo, mas era o único jeito. Para o bem maior, ele dizia. Velho louco - Snape desabafou para a professora, que tinha uma mão em seu rosto.
- Eu sinto muito que você teve de passar por isso, que teve de ser você, eu sinto muito - Ela dizia isso acariciando o rosto dele. - Há algo que eu possa fazer para te ajudar?
Ela estava muito próxima dele. Isto é, seus rostos estavam próximos. Snape olhou para os lábios dela por um tempo, depois subiu o olhar para os olhos castanhos dela, e se surpreendeu ao ver que o olhar da professora Maitê estava direcionado para seus lábios.
Ele foi se aproximando dela aos poucos, e percebeu que ela também se aproximava dele.
Estava quase encostando nos lábios rosados dela, quando Pirraça apareceu.
- Eca! Vai mesmo beijar ele?
Snape se afastou, irritado, e fuzilou Pirraça com apenas um olhar, que o fez erguer as mãos como quem se rende.
- É melhor você sumir da minha frente agora, seu poltergeist irritante!
- Tá bom! Tá bom! - Pirraça diz se afastando. - Mas se eu fosse a linda professora Maitê, procurava outra pessoa para beijar que não fosse o ranhoso.
- Ora seu... - Snape não pode terminar a frase, pois Pirraça saiu voando às pressas dali as gargalhadas.
- Se acalme, professor - Pediu Maitê calmamente. - Está aqui a mais tempo que eu, e ainda não se acostumou com o Pirraça? - Ela disse rindo.
- Acredite, professora, ninguém se acostuma com o Pirraça.
Snape disse a ela e depois, percebendo como estavam afastados, devido a quase corrida que ele deu para pegar o poltergeist, resolveu continuar a caminhada deles.
- Vamos? - Ele perguntou, indicando com o braço para continuarem pelo corredor.
Ela concordou com a cabeça e então seguiram os dois, lado a lado, pelos corredores do castelo.
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---------------------Mais um capítulo hoje porque eu quero kkkkkk eu ia postar amanhã mas tô sem nada para fazer, então aqui está 😁
O que acham do Snape com a Maitê?
Verei se aprofundo a história dos dois mais para frente, mas não prometo nada kakaka 😅
É isso e até amanhã 😃
Bjs e fui 🤭❣️✨
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Surpresa! Você é o meu pai! | +18
FanficCapa feita pela minha best @Srta_KarinaWatson ♡ . . Um ano após a segunda guerra bruxa ter acabado, com a vitória do menino que sobreviveu - duas vezes aliás - sobre o temível bruxo das Trevas chamado Voldemort, a escola de Hogwarts abre mais uma ve...