Todo mundo acredita no amor, e Jeongguk não era diferente. Ele acreditava que ouviria sinos soarem assim que encontrasse sua alma gêmea. Era um jovem apaixonado pela liberdade, mas, também, um romântico nato.
Já Taehyung, seu colega de apartamento...
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Virgem, não caia na tentação de capricórnio
Jeongguk estava tendo um sonho meio estranho com Taehyung um pouco antes de acordar.
No sonho, eles estavam no bar de universitários. Jeongguk estava sentado ao lado dele, no balcão, e o observava digitando alguma coisa no celular. Mas, diferente daquela noite, Taehyung estava conversando com ele.
Jeongguk não respondia nada, era como se não tivesse voz, e Taehyung parecia não se importar com isso.
Em algum momento, Taehyung tirou os olhos do celular e olhou para Jeongguk. Os olhos dele eram verdes, brilhantes e intensos. Jeongguk sorriu e falou algo sobre os olhos dele. Taehyung sorriu de volta, e a consciência desacordada de Jeongguk o questionou sobre como ele sabia qual era o formato do sorriso de Taehyung, mas Jeongguk simplesmente sabia. Ponto final.
Quando acordou, sentiu dor nas costas. E na cabeça. E no pescoço. Em todo lugar. Ele abriu os olhos bem lentamente e o rosto de Taehyung desapareceu para dar lugar ao teto branco e sem graça da sala.
Jeongguk olhou ao redor e notou que dormiu no sofá a noite inteira. Taehyung estava ali quando ele adormeceu, estudando e digitando algumas coisas em um notebook, mas, naquele momento, Jeongguk estava completamente sozinho.
— Ai... — Jeongguk se sentou com dificuldade e massageou os ombros. Estavam tensos e doloridos. Depois, ele massageou o pescoço. A dor latejou perto da orelha e subiu diretamente até a têmpora. Talvez ele estivesse um pouco bêbado ainda, mas jurava que podia sentir o teto girando.
Jeongguk se levantou e ficou um tempo parado esperando a vista parar de girar. Mantendo o equilíbrio, Jeongguk foi até o banheiro social e se olhou no espelho. Os cabelos estavam uma bagunça e o rosto estava borrado de maquiagem. Ele tinha sombra preta até nas bochechas e mancha de batom na lateral da boca.
— Jesus... — murmurou, tentando ajeitar os cabelos com os dedos. — Parece que saí do lixo.
Percebendo que não daria para dar um jeito na própria aparência apenas com as mãos, Jeongguk entrou no banho. Ele tirou todas as roupas que fediam a álcool e cigarros e as colocou no cesto de lavar. Depois, ligou o chuveiro e tomou um banho bem demorado, gastando tempo demais lavando os cabelos e o rosto.
Quando terminou, se secou com uma toalha que havia deixado ali na noite anterior, porque sabia que voltaria tarde, e conferiu o horóscopo do dia no celular. A frase mais marcante era "virgem, use rosa hoje. você vai acabar se surpreendendo". Jeongguk olhou para o lado, avistando a calça de moletom cor-de-rosa que havia separado na noite anterior, e ficou feliz da vida.
Depois de se vestir, Jeongguk se olhou no espelho de novo e abriu um sorrisinho. Seus cabelos estavam limpos e o seu rosto também, com exceção de pequenas manchinhas de rímel nas linhas d'água dos olhos, mas tudo bem, ele as tiraria antes de ir para a faculdade.
