JEONGGUK
Jeongguk acordou de repente, com o corpo sofrendo um solavanco e quicando no colchão, resultado de algum pesadelo que envolvia uma queda livre de um penhasco muito alto. Ao abrir os olhos pesados, foi abençoado com uma dor de cabeça violenta, que despontava nas têmporas e pulsava dentro dos olhos e então previu que seria uma ressaca daquelas naquele dia.
Caralho, Jeongguk nunca mais iria beber nenhuma bebida que tivesse mais açúcar que uma sobremesa e mais cores que um arco-iris.
Havia subestimado os drinks doces da noite anterior que Yoongi oferecia, e agora era como se estivesse um "oompa loompa" batendo com um martelo em uma bigorna dentro do seu cérebro.
Logo após a apresentação de Soyoon, a última coisa que Jeongguk se lembrava era de desmaiar no banco traseiro de um carro de algum estranho, antes de vomitar a alma na rua suja em frente ao bar. Que fase. Nunca tinha bebido até perder completamente o controle e chegar naquele nível de humilhação.
Jeongguk grunhiu, a garganta seca e boca com um gosto terrível de azedo predominando no paladar, o corpo dolorido e pesado como se tivesse corrido uma maratona inteira. Coçou os olhos sonolentos, na tentativa de expulsar os resquícios de sono, e, com uma olhada rápida ao redor, foi então que se deu conta que aquele quarto não era seu.
A primeira reação foi olhar para o próprio corpo, ficou aliviado assim que viu que ainda estava vestido com as roupas de ontem, inclusive as meias de dedinho nos pés. Era bom sinal. Não havia transado bêbado.
Analisou com cuidado o quarto em busca de qualquer coisa que identificasse de quem poderia ser; era simples e só havia uma cama e um guarda-roupa no canto da parede, na cabeceira de mesa, somente um relógio que marcava cinco e meia da manhã. Jeongguk suspirou frustrado, deslizando os dedos pelo cabelo embaraçado enquanto buscava na memória como havia parado ali e apalpava o colchão em busca pelo celular, que para sua sorte estava embaixo do travesseiro.
Pela barra de notificações, verificou as notificações, havia uma mensagem de Soyoon, perguntando se ele estava bem, com um monte de emojis de risada, a outra de Jimin, perguntando que história era essa. Não iria respondê-los agora porque o cérebro ainda processava que estava acordado e não fazia ideia do que eles estavam falando. Jeongguk fez o esforço de tentar se lembrar, mas a cabeça doeu com uma pontada. Bem, repassando desde o início, ele se lembrava de ter arrasado na bateria na apresentação de Soyoon, de conversar com Yoongi e Taehyung. Se lembrava de ter um idiota o insultando porque levou um fora e...
Ah.
Do beijo.
Que merda.
Jeongguk jogou o corpo de volta no colchão macio e abafou um grito de frustração no travesseiro. Depois que Taehyung resolveu simplesmente beijá-lo, atordoado e com uma confusão mental fervendo dentro da cabeça, Jeongguk aceitou todas as bebidas coloridas e com gosto duvidosamente doce que Yoongi oferecia. Na tentativa tosca e inútil de espremer os pensamentos sobre Taehyung para fora do cérebro, cinco doses depois, tudo não passou de um borrão colorido pelas luzes do bar e música alta.
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Melodia Estelar
FanfictionTodo mundo acredita no amor, e Jeongguk não era diferente. Ele acreditava que ouviria sinos soarem assim que encontrasse sua alma gêmea. Era um jovem apaixonado pela liberdade, mas, também, um romântico nato. Já Taehyung, seu colega de apartamento...