Tokio Hotel!

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Bill devagar vai retomando consciência e quando me ver na sua frente me puxa para um abraço apertado, deixo que algumas lágrimas caiam enquanto me aconchego em seu abraço.

- Ele não fez aquilo - quase que não entendo o que ele diz, me afasto para encarar seu rosto.

- Está sem voz - digo em choque - Não se esforce para fala, descanse - digo ainda ao seu lado.

Algum tempo depois de Bill está mais calmo e eu também por mais essa notícia o médico adentra no quarto.

- Olá, vi que o senhor já se acalmou senhor Kaulitz - ele diz se aproximando e outra enfermeira entra.

- O que tá acontecendo? - pergunto nervosa.

- Como o senhor Kaulitz não reagiu quando chegou é bom ter uma enfermeira por perto - ele comunica e minhas mãos começam a tremer e suar frio.

- Diga logo doutor, se não quem vai precisar de calmante primeiro sou eu - digo impaciente e os bips dos batimentos cardíacos do Bill aumentam.

- O senhor Tom Kaulitz está em coma... A pancada na cabeça foi muito forte na parte inferior da cabeça ocasionando em um traumatismo craniano. Fizemos imediatamente uma tomografia de crânio e uma ressonância. Que nós mostraram que ele não sofreu vastas lesões. Mas o levou o que chamamos de traumatismo moderado.

- Ele vai fica bem ou não? - pergunto já sendo direta.

- O que isso quer dizer - Bill sussurra com seu fio de voz, é nítido o pânico em seus olhos. E ele aperta minha mão procurando por forças mas nesse momento nem eu estou tendo.

- Isso quer dizer que ele vai continuar internado e sendo medicado com antibióticos para dor e tratamento com anticoagulantes para evitar que se forme um coágulo na região - diz o doutor. Minhas pernas fraquejam e me permito me sentar no chão sentindo meu peito sufocar de dor, o ar sumir.

- Por quanto tempo? - pergunto sem encara-lo.

- Até que ele retorne a consciência e possamos avaliá-lo! - como assim ele não acordou ainda?

- Ele ainda está inconsciente? - ouço Bill sussurra com o pouco de voz que tem.

- Infelizmente sim - responde o médico.

- E por quanto tempo ele vai fica inconsciente? - pergunto arrumando forças para me levantar.

- Essa é a questão principal, pela intensidade da pancada e onde foi localizada é que foi dado o diagnóstico do traumatismo, mas como já se passaram horas e ele não acordou ainda então isso acaba inviabilizando qualquer previsão de quando ele retorne a consciência. Vai de pessoa para pessoa. - Diz o Dr e Bill já não esconde mais as lágrimas. E eu fico apenas encarando a parede branca sem acreditar. Tudo por causa de uma maldita foto que ninguém afirma se o que aconteceu é verdade, somente ele. Mas nem consciente ele está.

- Isso quer dizer que.... - digo num fio de voz negando para mim mesmo.

- Ele pode acordar daqui dez minutos ou daqui dez meses.
Não temos a possibilidade de confirmar nada - diz e já não seguro mais o choro. O Dr pede licença nós deixando sentir o baque que foi a notícia. Eu e Bill ficamos ali abraçados compartilhando a dor.

Pouco depois uma enfermeira volta perguntando se precisamos de algum calmante ou algo. Bill aceita o calmante alegando está sentindo uma crise de pânico. Imagino que para ele esteja tudo duas vezes pior já que a ligação que tem com o irmão seja forte. Depois dele adormecer segurando minha mão sobre efeito do remédio, saio do quarto dando a notícia para Georg e Gustav. Que caem para trás depois de ouvir tudo.

Veloz Atração - Kaulitz (PAUSE)Onde histórias criam vida. Descubra agora