Capítulo 25 - Prazer Selvagem

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"Amo tudo que é selvagem

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"Amo tudo que é selvagem. Selvagem e livre."

Nessa noite estava demonstrando largamente que grande companheiro podia ser. Pilar mordeu os lábios: dali a menos de doze horas não seria mais afetada pelas mudanças de humor de Zayn: o encanto superado pela arrogância, a delicadeza por raiva ardente.

Ele percebeu o gesto nervoso e indagou.

— Eu disse alguma coisa errada, Pilar?

— Não... — Respondeu ela, sacudindo a cabeça. — Na verdade, vócê não disse nada. — Nervosa, começou a brincar com o copo de vinho vazio. — Para que me trouxe aqui? Por que foi me buscar, se eu disse que não íamos nos ver mais?

Antes que ele respondesse, a velha senhora serviu-lhes café. Zayn tomou um longo gole, antes de encarar os olhos dela outra vez, inquisidores e bastante misteriosos naquele instante.

— Pilar, eu quero que você vá a Riadja comigo.

Pilar sentiu a boca secar e foi com dificuldade que falou.

— Por quê?

— Tenho um cavalo lindo, da raça Akhal Teke, que estou treinando. Chama-se Maktub. Acho que é perfeita para você...

Pilar observou longamente o rosto moreno de maçãs salientes, os lábios sensuais, a linha forte do queixo e os insondáveis olhos negros. Teve vontade de passar as mãos nele, como fizera naquela tarde, no apartamento.

— Zayn, eu só posso repetir: por quê? — Na voz dela havia uma nota meiga, implorativa. — Por quê, para quê? Tempestade não pode mais competir... nem eu. — Concluiu, quase num soluço.

— Você disse que a gente pode decidir o próprio destino! — Lembrou ele com os olhos brilhando intensamente. — Estou lhe dando chance de fazer isso. Os juízes decidiram anular o resultado de hoje, por causa do mau tempo. Você pode voltar a competir, no ponto em que estava antes.

Pilar abriu a boca para falar, mas Zayn não deixou.

— Não me pergunte para quê, de novo, Pilar. Juro, você abusa da minha paciência mais do que qualquer outra mulher no mundo! Faço isso por causa do que aconteceu com você. Quero ajudar.

Pilar ficou olhando longamente para ele, tentando descobrir o que havia atrás daquele gesto de bondade. Tentou falar friamente.

— Zayn, seus pais esperam que você leve a sua ama noiva para casa, não uma... gâvur. Latifa disse que...

— Eu adoro a minha irmã com certeza, — Interrompeu-a ele irritado. — Mas às vezes ela é muito intrometida... Não tenho que dar satisfações a ela e a ninguém sobre meus passos ou meus sentimentos!

— Então, tem que dar satisfações para quem?

Ele jogou o guardanapo em cima da mesa, com mais raiva ainda.

Prazer Selvagem - Série Pecados Capitais - Livro IIIOnde histórias criam vida. Descubra agora