As constelações em seus olhos haviam se apagado diante da notícia mórbida que tinha recebido, coração aquebrantado era como estar em um breu sem qualquer resquício de saída. O fim havia chegado sem nem mesmo esperar, céus como os deuses fora cruéis lhe tirando a pessoa que mais lhe amou em vida, Nayeon silenciosamente sentou-se no sofá de modo despretensioso entrelaçou seu braço ao de Jeongyeon quase que receosa iniciou um carinho no dorso da loira, não ousava olha-la para que ela não precisasse esconder os sentimentos em seu mais profundo âmago, as palavras de Im só iriam de sua boca caso fosse necessário e caso Yoo quisesse. Não havia um motivo para falar até que realmente o tivesse, a mudez não parecia incomodar esta que estava presente na sala, mas a duração daquilo não era mais necessário.
— Acho que estou acostumada com a perda... Eu não sinto nada. Mas por quê as constelações dentro de meu universo se apagou?
— Por quê chega a ser injusto você perder as galáxias do seu universo, seus pais brilhavam para você, sua avó também... Não irei dizer que eles viraram uma estrela porque isso soa tremendamente infantil, mas eles estarão em seu coração e pensamentos. A princípio as lembranças irão doer, mas com o tempo o fato da existência da sua mãe e de sua avó lhe trará lembranças de momentos bons que lhe fará sorrir genuinamente grata por tanto amor recebido, e pela presença delas. E tudo bem você chorar , porque jeong você não precisa fingir o tempo todo, não precisa guardar as aflições que lhe corrói , compartilha a dor tira um pouco do peso que você carrega.
Não eram palavras de consolo para amenizar a dor de uma situação extrema, Im não era muito adepta ao consolo para os corações despedaçados, mas mantinha a palavra certa para o momento apropriado, falava quando se era necessário e quando não guardava os diálogos para si. Entretanto Yoo lhe dera total liberdade para uma conversa profunda algo que só elas entendiam naquele instante.— Obrigada por suas palavras, sabe... Às vezes um "sinto muito" parece mais triste.
— Sim, é como se não fosse passar nunca.
— Você acha que vai passar?
— Acho, se você focar nos momentos felizes.
— E se não passar hoje?
— Vai passar em algum momento, seja paciente e cuidadosa com você mesma. Não precisa apressar o processo da cura, entende ?
— Sim... Preciso ir, tenho que viajar com a minha mãe, a gente se vê amanhã.
— Eu quero ir com você.
— Não você não pode perder as aulas.
— Não tem problema perder um dia de aula, por favor me espere eu só vou trocar de roupa.
Lembranças de momentos felizes passeavam em câmera lenta na mente de Yoo de modo que fazia seu pobre coração doer haver o processo de cura, mas havia os pensamentos felizes guardados em seu coração momentaneamente quebrado.✿ ♡
A dor da perda fragiliza pessoas aparentemente fortes, este fora o limite determinado pelo sentimento despedaçado de Yoo até ela pegar-se chorando em um canto escondido assim como uma criança com medo do escuro, talvez o bicho papão fosse a morte ela tinha medo da perda constante, da inexistência de pessoas que amava. As mãos de Nayeon continuava a segurar-lhe a sua desde o princípio do recebimento da notícia drástica que lhe abalou.
— Me desculpe Nayeon, eu não consigo lembrar-me de momentos felizes, e quando o faço me deixa triste com vontade de chorar.
— Tudo bem, não precisa fazer isto agora ... — Lágrimas abrilhantavam seus olhos caindo como cascatas de modo descompensado, era uma dor imensurável
que quebrava de tantas formas, como poderia doer tanto? Deus, Deus, Deus! Suplicava internamente a loira quase como um grito alto pedindo aos céus para que sua querida avó acordasse deste sono profundo. Mas não era nada daquilo ...
Não havia palavras para encobrir o silêncio naquela noite, de certo modo Im não estava preocupada com a mudez em si, mas dos atos automáticos como Jeongyeon funcionava no momento, desde o banho até o jantar, onde ela havia comido tão pouco quanto de costume.Entretanto a constante companhia de Im acalmava-lhe o coração evitando outro acontecimento extremo de sua parte, não precisava cometer o ato doloroso de jogar-se sobre a janela e deixar uma carta de despedida a todos e estar realmente com sua família. Afinal de contas sua família era sua tia, e seus amigos também.
— Depois que meus pais morreram eu pensei bastante sobre... — Mais silêncio, lembranças conhecidas lhe trouxe até ali como se estivesse caminhando sobre acontecimentos recentes de sua vida passada. Nayeon sequer tinha pressa para tal confissão, com paciência esperou para que Yoo sentisse conforto para explanar aquele desabafo secreto. — Me suicidar, em um momento de fraqueza eu tive duas overdose de remédios, tomei durante a madrugada enquanto minha tia e minha avó dormiam, e nessas duas vezes elas choraram que eu me senti culpada. Uma coisa que minha tia Hye me disse quando eu estava no hospital foi " eu perdi minha irmã e essa dor nunca passa, não quero ter que enterrar minha sobrinha. Quando você chegou eu tinha a miniatura adorável e assustada de sua mãe bem na minha frente, e naquele dia eu prometi a minha irmã que iria lhe proteger e amar você. Porque jeong você preenche toda a dor e o vazio que eu sentia, porque eu tinha minha irmã comigo de certo modo. Então não faça isto de novo." E foi então que prometi a minha mãe e minha tia que eu não cometeria esta locura novamente, mas eu estive pensando sobre isto de novo e se você não estivesse aqui... Talvez eu tivesse realizado isso de novo só para não sentir mais a dor da perda. Por um momento eu esqueci o que nós conversamos... - Havia uma linha tênue entre o choque e surpresa, o ato das mãos de Im estavam entrelaçadas ao de Yoo que segurava consigo a angústia que derramava sobre a alma despedaçada, segurava também aquele ato insano da parte da garota, apesar dos desentendimentos passados Nayeon não queria de forma alguma que Jeongyeon fosse embora. Poderia acostumar-se com a presença da frágil garota de franja, internamente agradeceu aos deuses por Yoo estar aqui.
— Agora você tem a nós também, seremos sua família, só... Não faça isto, temos medo de lhe perder, somos nove e se perdermos uma não haverá sentido em existir... — Era um lugar quentinho e confortável, a deixava feliz e lhe fazia realmente querer existir, quer dizer a existência de uma vida era magnífica, e quando havia pessoas que se importavam verdadeiramente e honestamente por perto a existência valia a pena.
— A existência pode valer a pena mesmo. Prometo existir enquanto estiverem comigo.
— Eu também prometo existir Jeong enquanto estiverem comigo.
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Nós nos apaixonamos em outubro | 2yeon
FanfictionEra outubro e Nayeon jamais pensou na hipótese de apaixonar-se por sua vizinha e colega de classe, só que não havia nada mais clichê do que o amor no outono. " Você vai ser minha garota. " Pontuou Jeongyeon com um sorrisinho ladino brincando em seu...