Capítulo 127

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Erick narrando

Não acredito, não acredito que ela fez isso...

Justo com aquele colar!

Apoiei minha cabeça entre as mãos tentando me acalmar, poderia matar alguém facilmente nessas circunstâncias.

Isabel:Eu te avisei -respirei fundo

Eu:Vê se cala a porra da boca Isabel! -falei sem olha-la.

Ouvi seu mormuro de reclamação e logo o barulho dos seus saltos batendo contra o piso preencheu o ambiente entregando que ela havia se retirado.

Até que enfim.

Tava doendo, tava doendo muito.

Sentia como se meu coração houvesse sido quebrado em um milhão de pedaços, pisoteado e depois queimado.

Eu confiava tanto nela, de olhos fechados. Sabia que poderia contar com ela pra tudo, em todos os momentos bons e ruins.

Mas pelo jeito isso tudo não passou de um fingimento.

Me levantei subindo as escadas encontrando meu pai no corredor, o mesmo tinha um olhar perdido e analisando bem diria que continha um pouco de angústia também.

Enzo:Tudo bem filho? -assenti que sim. -Se precisar de algo só me chamar.

Eu:Relaxa pai, tudo certo -sorri forçado.

O mesmo deu dois tapinhas no meu ombro como se dissesse "esse é meu garoto" entrando em seu escritório depois. Entrei no meu quarto e assim que fechei a porta eu desabei, deixei cair todas as lágrimas que tanto me esforçava em conte-las.

Eu a amava e ela quebrou minha confiança.

Talvez eu não devesse amar ninguém mesmo.

Sempre nos fudemos no final.

Me deitei na cama sentindo as lágrimas novamente molharem meu rosto mas não me importei em seca-las, só queria dormir e esquecer de tudo.

Passei a noite em claro pegando no sono somente as 03:00 horas da manhã o que não foi muito bom considerando que eu tinha que ir pra escola no dia seguinte.

Acordei as 06:00 horas me sentindo ainda mais cansado, levantei colocando uma roupa qualquer depois de lavar o rosto e escovar os dentes, peguei minha mochila descendo as escadas indo até a cozinha.

Dei meia volta pra trás me lembrando que não havia café pois Maria não estava lá e sai de casa pegando meu carro e indo direto pra escola.

Nicolas:Tá tudo bem mano? -perguntou assim que me viu.

Eu:Ótimo.

João:Certeza? tá com um cara de derrota... -riu.

Eu:Me deixem em paz cara -falei já perdendo a paciência.

André:Relaxa parceiro ele só fez uma pergunta -tocou no meu ombro mas eu me afastei.

Ele me olhou franzindo o cenho mas eu o ignorei antes que pudesse perguntar algo. A aula começou e pra minha sorte Rebeka não foi hoje, mesmo sabendo que vou ter que a encarar mais cedo ou mais tarde não estaria pronto pra vê-la hoje.

Talvez nunca mais.

Logo chegou o recreio o que me deixou extremamente aliviado, peguei meu lanche me sentando na mesa enquanto meus amigos estavam na fila para pegar o deles também.

Olhei meu celular não vendo nenhuma notificação importante e o bloqueei, minha atenção foi direto para a entrada do refeitório onde André passava apressado em passos largos olhando ao redor.

A Filha da Empregada Onde histórias criam vida. Descubra agora