Domingo
Erick narrando
Os dias se passaram rápido e quando me dei conta já estávamos em outubro, o maldito mês de outubro.
As coisas entre meu pai e eu estão melhores, ele me escuta e fica do meu lado quando Isabel insiste em falar asneiras o que está a deixando ainda mais irritada e meu pai esgotado.
Ele anda por essa casa com uma tristeza tão grande que chega a ser palpável, e isso me deixa mal também.
Eu e Rebeka continuamos na mesma, eu a evito assim como ela o que acaba afetando um pouco — muito — o nosso grupo. As meninas ficaram com raiva mas ainda falam comigo mas agora o André, esse não me olha na cara desde aquele soco.
Ele e a Mabel finalmente oficializaram o namoro faltando somente Lara e João, que estão mais enrolados do que nunca. Tanto que nesse exato momento João está na minha casa junto com Nicolas pedindo conselhos amorosos.
Nicolas:Quem diria hein -toquei em seu ombro. -Não era você que tinha aquele ditado ridículo de "pego mais não me apego"
João:Pois eu paguei com a língua, mau peguei e já tô apegado -rimos. -Mas sério, o que eu faço?
Eu:Pô mano, Lara não parece ser o tipo de menina encontros muito melosos e clichês -ele concordou.
Nicolas:Ela é competitiva pra cacete por que não leva ela pra jogar alguma coisa?
Eu:E ela entende pra caralho de carro, leva ela naquelas pistas de corrida.
João:É isso porra, já era -se levantou com o celular na mão. -Vou resolver isso agora
Ele se afastou um pouco ligando pra alguém me fazer rir e negar com a cabeça, quem diria que o João poderia estar gostando de alguém, milagres acontecem mesmo.
Nicolas:Como você tá mano? depois de tudo aquilo...
Eu:Mais tranquilo agora -falei pegando um salgadinho
Nicolas:Mas você sabe que não foi... -revirei os olhos o interrompendo
Eu:Se for começar a dar um de advogado de defesa pode parar -ele me encarou. -Eu sei muito bem o que vi.
Nicolas:Você conhece ela, ela não é assim. Não faria isso -argumentou.
Eu:Mas fez, e é isso que conta -respirei fundo. -E a Luane, como vocês estão?
Nicolas:Tudo incrível, tivemos umas briguinhas mas com conversa tudo se resolve.
Revirei os olhos novamente por sua indireta e me calei vendo João voltar todo animado dizendo que tinha dado certo, o que me fez ficar feliz pelo besta do meu amigo.
Era bom saber que pelo menos eles estavam felizes, isso deixava minha situação menos pior. Lembrar de tudo o que vivi com a Rebeka faz meu coração doer, sinto meu peito rasgar toda vez que a vejo passar pela porta da sala de aula.
Eu tento, tento bastante não olha-la, negar tudo que ainda sinto mas está cada dia mais difícil. Ficar longe dela é tão doloroso, vê-la e não poder toca-la e nem mesmo falar com ela é desgastante.
Até pedi para o meu pai me trocar de escola mas o mesmo negou. E a única coisa que me resta é por um sorriso no rosto e dizer que está tudo bem, e o pior ainda.
Fingir que superei o insuperável..
Mas fazer o que, a vida é assim né.
Um bando de gente fingindo que está tudo bem quando na verdade é um mais fudido do que o outro.
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A Filha da Empregada
Teen FictionRebeka tem 16 anos, morava apenas com sua mãe em uma casa simples, até que se vê obrigada a se mudar já que a mãe conseguiu um novo emprego. Lá Beka encontra Erick um menino popular e pegador. A partir disso começa uma nova etapa em sua vida, novas...