Capítulo 132

149 15 13
                                    

Rebeka narrando

Eu:NÃO!

Tudo aconteceu muito rápido.

Isabel e Erick caíram no chão e logo atrás de mim Enzo foi atingido pelo tiro da oxigenada. Minha mãe saiu correndo em direção ao Enzo desesperada enquanto lágrimas rolavam pelo seu rosto.

Senti meu coração bater forte fazendo meu peito subir e descer de maneira rápida enquanto encarava o corpo do Erick no chão sem coragem de me aproximar.

Ele não pode ter morrido.

Eu:Chamaram a polícia -disse ouvindo os barulhos da sirene. -Mete o pé!

Paçoca:Se cuida patroinha -revirei os olhos pelo maldito apelido. -Bora! bora! -falou no radinho.

Todos eles saíram correndo pelos fundos do salão o mais rápido possível. Me aproximei de Erick vendo que estava sem nenhum arranhão porém se encontrava desmaiado.

Próximo ao seu corpo estava Isabel imobilizada já que meu tiro havia acertado sua perna, os tios de Erick consolavam a filha enquanto tentava absorver todo o ocorrido enquanto sua avó segurava Enzo nos braços junto com a minha mãe.

A polícia entrou no local rapidamente assim como os paramédicos, vi Ezequiel tentar correr e ser impedido por um dos policiais enquanto colocavam Isabel, Enzo e Erick nas macas.

Minha mãe se aproximou de mim me abraçando e olhando para a mesma direção que eu com uma tristeza enorme.

Eu:Ele vai ficar bem -sorri.

Maria:Vai sim -concordou ainda olhando seu corpo.

Respirei fundo sentindo meu coração apertar ao olhar a ambulância onde Erick estava, dói tanto vê-lo assim. Sai do salão abraçada com a minha mãe enquanto víamos a família falando com a polícia até que uma policial nos parou. Analisando seu uniforme percebi que não era uma policial qualquer e sim uma delegada.

Delegada:Me acompanhem por favor -encarei minha mãe preocupada. -Apenas precisamos dos testemunhos de vocês, não se preocupem.

Maria:Está bem.

Fomos para um local mais afastado e explicamos para ela o que aconteceu porém mesmo assim precisamos ir até a delegacia prestar o depoimento.

Contei tudo a ela inclusive sobre o tiro que acertou Isabel porém a delegada nos garantiu que não aconteceria nada comigo já que foi em legítima defesa o que deixou eu e minha mãe um pouco mais tranquila.

Depois de algumas horas chegamos em casa totalmente esgotadas e cansadas, tomei um belo banho ignorando os pensamentos na minha mente tentando ficar tranquila.

Minha mãe queria muito ir até o hospital e ver se estava tudo bem porém seu receio era maior, e se a família nos culpar por tudo o que aconteceu?

A culpa não é da minha mãe, ela não fez nada. Eu estava com a arma na mão, eu atirei, eu desafiei Isabel.

Então talvez a culpa na verdade seja minha.

[...]

Dois dias depois...

15:00h

Graças a Deus estava tudo bem.

Enzo já não se encontrava em perigo, conseguiriam retirar a bala e agora ele estava apenas em observação para garantir que ficaria tudo bem.

Já Isabel, também foi operada e assim que receber alta vai direto para a prisão assim como seu amante Ezequiel, que foi preso em flagrante.

No dia do depoimento mostrei todas as provas pra delegada que foram decisivas para a sentença da jararaca falsificada.

A Filha da Empregada Onde histórias criam vida. Descubra agora