Giovanna

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Passava das 3 horas da manhã,eu estava terminado outro livro.Dessa vez, era um livro de fantasia,ando viciada nesse tipo de livro,o príncipe possui uma calda,como poderia não amar esse livro.Fecho meu livro bem na hora do capítulo onde o príncipe fica nu coberto de sangue.Fechei de supetão,papai tinha entrado em meu quarto.Sua expressão não estava legal.

___Giovanna, até quando vai viver dentro desse quarto igual uma múmia menina?__ Meu pai fala alterado.
__ Papai,eu gosto de ficar aqui.__Falo segurando meu livro.
__ Pelo amor de Deus, você só passa o dia nessa porcaria de quarto com esses livros,isso não é vida Giovanna!! você é jovem tem um futuro todo pela frente.Mas,prefere se trancar nesse quarto igual uma Rapunzel dos livros.__ Meu pai ,diz tomando o livro da minha mão e o jogando na parede.
__Meu livro.... Tadinho.__ falo em lágrimas.
__ Eu cansei,a partir de hoje nem que seja na marra você vai sair desse maldito quarto.__Meu pai disse saindo.
Ele parecia um furacão ao cruzar a bendita porta.Peguei o livro do chão,aquele era especial ele pertenceu a minha mãe.Foi o seu último presente antes de tudo acontecer.Segurei meu colar chorando.
__Eu sinto tanta a falta de vocês __Falo pegando a foto do meu Irmão e da mamãe.
Abraço a foto,nessas horas eles fazem tanta falta.Me aconchego na minha cama,fico olhando para o teto.Sinto minhas pálpebras pesando de sono, adormeço olhando a foto deles dois.
__Bom dia,Nanna hora de acordar menina.__ Dona Ana, dizia mexendo em meus cabelos.__Seu pai quer tomar café com você.__ Dona Ana,falava me puxando.
__Já amanheceu?__pergunto abrindo os olhos.
__Já menina, anda você tem que ir para a faculdade.__ Diz saindo com pressa.
Dona Anna, trabalha aqui desde o nascimento do meu irmão.Ela foi uma segunda mãe para mim, após perder minha mãe.Na verdade,era minha vovó do coração ela tinha cabelos brancos iguais neve.Começo a me preparar para a faculdade,na próxima vez era capaz ela sair me puxando pela orelha.
Descendo pelas escadas escutava a voz do meu pai junto com um homem,acho que devia ter a idade do meu pai.
__Ainda bem que desceu.Giovanna,esse é João o novo administrador da fazenda.__ Meu pai, diz me olhando.
__ É um prazer conhecer a senhorita, Dona Giovanna._ Ele disse estendendo a mão.
__ O prazer é meu, senhor João.Mas,me chame só de Giovanna ou nanna.__Digo apertando sua mão.
Ele acena com a cabeça.Me sento com os dois a mesa,meu pai e ele conversavam bastante.
__ João,seu filho já viu as lavouras?__Meu pai pergunta.
__ Desde o amanhecer ele foi para lá,Rafael é muito responsável com o trabalho.__O homem diz todo orgulhoso.
Continuo comendo,precisava chegar cedo hoje na faculdade.

__O filho do João é engenheiro agrônomo._Meu pai diz._ Ele também é peão de Rodeio, né?_ Meu pai pergunta.

Só de pensar nessa palavra meu corpo fica temeroso,limpo os pensamentos e começo a arrumar minhas coisas.

__É sim,Rafael nasceu praticamente em cima do touro, é um talento só._ João,diz todo feliz.

Eu conhecia aquela felicidade,era a mesma do meu pai e a minha quando Gabriel montava.Beijo meu pai para sair.

__Tchau, até mais tarde papai.__Beijo o rosto dele.__Tchau,Sr.João.__Digo saindo.

Pego minha camionete,e sigo para a faculdade.Era meu último ano na faculdade,em dezembro era minha formatura.Talvez,eu ter escolhido medicina veterinária tenha sido o orgulho do meu pai.Na verdade,eu escolhi por causa do meu irmão.Era o sonho dele.Então, comecei a realizar por ele,só não esperava me apaixonar pelo curso.
Como esperado a manhã na faculdade foi um tédio,eu não era muito sociável,preferia ficar no meu canto,mas nem por isso Kátia deixava de me incomodar com seu grupinho de putas ambulantes.Estava concentrada na leitura quando ela chegou.

__ Olha se não é a nerdizila!__Disse pegando meu livro.
__ Qual foi Kátia?Eu estou de boa,me deixa__Eu falo olhando para ela.
__ Olha,ela fala__Ela diz enquanto suas amiguinhas começam a rir.
__Vamos fazer o seguinte,eu vou dar o fora e você fica aí com esse grupo de hienas.__Pisco para ela, enquanto me arrumo para sair.

Fico olhando sua cara de ódio para mim,Se quiser mexer comigo e achar que ficarei calada, a pessoa tem que ser mais iludida que ficante de polícial militar.Meu irmão,me ensinou que se bater tem que levar de volta.Se tem uma coisa que não levo para casa é desaforo.

Comecei a rir lembrando a cara daquela Cobra,com isso acabei me distraindo da estrada,um cara brota do nada em um cavalo.Ele usava um jeans surrado e uma camisa xadrez azul,seu chapéu cobria seu rosto quase todo,exceto sua boca, dentes perfeitamente brancos sorriram para mim.
_ Cuidado!!Patricinha desse jeito você mata e morre.__Disse saindo, com o cavalo e batendo no capô do meu carro.
_Seu abusado!!Sorte sua que não tenho um tijolo.__ Saio em disparada com meu carro.

Primeiro aquela cobra da Kátia,e agora esse perfeito idiota,o que de pior pode acontecer nessa minha vida.

__Nanna vai se arrumar menina,teu pai vai fazer um jantar para os novos funcionários.__ Dona Ana,disse assim que entrei em casa.
__Ah,eu não vou, não!Estou muito cansada.__Digo subindo para o quarto.
__Ele não vai gostar disso__Dona Ana, disse.
__Manda ele brigar comigo depois.__ Grito,entrando no meu quarto.

Hoje,eu não saio por nada desse quarto.Preciso terminar meu TCC em paz.O troço para tirar o juízo de uma abençoada como eu.

Nos braços do Cawboy Onde histórias criam vida. Descubra agora