Rafael

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   Fiquei um tempo no estacionamento,o chute daquela potranca foi forte.Minhas bolas estavam ardendo até agora.Sorte dela que não bato em mulher,se não ela ia ver uma coisa.
    
    A ousadia daquela garota estava me deixando louco.Ah,como queria deitar ela no meu colo e estapear toda aquela bunda redondinha dela.

    Esperei um pouco para me recompor,Aquela dor chata estava me incomodando.Entrei no carro,e peguei o caminho para a fazenda.Ainda precisava ver a plantação e depois eu iria treinar com os outros peões da fazenda.
  
     Usei, o resto do dia para cumprir minhas tarefas.Quase ao anoitecer,começamos a colocar os touros nos bretes.Acabei conhecendo uns caras bem legais.Como por exemplo,Pedro e Matheus.O Pedro era um moreno com 1.80 de altura,ele tinha características indígenas.Já, o Matheus era loiro como eu,um pouco mais baixo ele tinha 1.85 de altura e seus olhos eram castanhos.
  
__ Você vai montar no Mocidade,mas cuidado ele às vezes troca a direção dos giros.__  Pedro,falou me olhando.

__ Tudo bem,Eu consigo lidar com ele.__ Falei,montando.

  O touro se contorceu um pouco,o bicho não era fácil.Enrosquei minha mão na corda,Me ajustei em cima dele.

__Pode abrir a porteira.__ Falei para os meninos.

    Sentia o solavanco do touro,a saída dele foi forte.Ainda mais foi na canhota,Me mantinha firme nele.Pulei de cima quando o Matheus gritou.

_ Já deu, você conseguiu Rafael._ Comecei a subir no brete.

    Os outros peões retiraram o touro da arena.Pedro, me ofereceu um copo de água,comecei a beber.

__ Você foi excelente,se for assim no Rodeio os outros não vão ter chance.__ Matheus,falou bebendo água também.

__ Também não exagera,ainda preciso melhorar muito se quiser ganhar em Barretos. __ Falo,batendo no ombro de Matheus.

__ Você vai conseguir,tenho fé.__ Pedro,disse.__ Mudando de assunto, vocês viram o parto que a patroa fez,a bicha entende mesmo da medicina. __ Pedro disse animado.

__ A Patricinha da filha do patrão?__ perguntei.
__  Patricinha de onde Rafa, você tá noiado,aquela ali mas parece vaqueira  que madame. __ Matheus, falou rindo.
__  Também, não é para tanto.__ Pedro,falou.__ A Nanna é muito gente boa,gente que nem a gente.__ Pedro,afirmou.
__ Dúvido,ela se quer quis jantar comigo e meu pai.__ falei tirando minha luva.

__ Ela deve ter tido alguma razão,Nanna é uma moça bem gentil,todo mundo diz isso.__ Ele disse sorrindo.
__ É, simpática ela é.Além disso, é gostosa.Se ela colocasse um vestidinho ficava no jeito.__  Matheus disse lambendo os lábios.
    Não sei,porque aquele ato me incomodou.Mesmo eu não conhecendo a garota,que se foda para mim, ela será sempre uma mimada.Gente,que faz uma desfeita como ela fez, não me parece boa não.
__Tudo bem,com você meu filho?__ Meu pai,pergunta colocando os pratos na mesa.
__Oii,estou sim. Só estava pensando em um negócio que me aconteceu hoje. __ Falo sentado.
__  Vai lavar as mãos e vem jantar. __Meu pai,manda.
__  Certo,eu volto já. __ Falo,saindo.

      Quando volto à mesa,meu pai está me esperando para comer.Me sento ao seu lado.Começamos a comer.

__A comida ficou muito boa. __ Falei comendo.
  __ O segredo é amor.__ Meu pai disse comendo.
  Continuamos comendo,depois fomos sentar nas cadeiras da varanda.Meu pai pegou o violão.

  __  Toque um pouco,meu filho. __ Pediu me olhando.
     Peguei o violão e comecei a tocar a música "vida boa" de Vitor e Léo.Meu pai fechou os olhos para escutar,essa era a música favorita da minha mãe.

__ Você puxou o talento dela.__  Diz olhando as estrelas.
 
  Fiquei em silêncio,passamos um tempo assim,falar da minha mãe,ainda doía.Era uma Ferida que nunca ia cicatrizar.

  Mais tarde,fomos deitar.Me banhei antes de dormir.Coloquei apenas uma calça moletom.Tirei a calcinha vermelha debaixo do travesseiro, não me cansava de olhar aquela preciosidade.

__ O príncipe tinha um sapatinho,eu tenho uma calcinha,grande clichê.__  Falei sorrindo.

    Fui guardar no armário quando acabei tropeçando em algo.

__ Porra!Quem diabos deixou isso aqui. __   Apanho um livro do chão,tinha um cavalo na capa.

      Peguei o livro e fiquei olhando,depois deixei na mesinha.Devia pertencer aos antigos funcionários.Isso me fez pensar,será que a calcinha era da antiga funcionária também.Mas,o Dr. Araújo falou que já faz três anos,e as coisas nem pó tem.Acho que alguém anda vindo aqui.

   Mais tarde, foi ao curral,tinha uma mulher de cabelos negros cumpridos,batendo na cintura.Na hora,eu lembrei da potranca da faculdade.A mulher estava vacinando o gado junto com Matheus.Comecei a me aproximar.Mas,escutei meu pai gritando.

  __Oi,o que foi pai?_ perguntei indo até ele.

__ Preciso que vá com o Pedro deixar esse gado na pastagem lá de cima. __Falou, arrumando várias caixas.

__ Tudo bem.__  falei indo com Pedro.
  
     O caminho foi tranquilo,até Pedro começar a falar.

__  Você viu a Nanna? __ Perguntou em seu cavalo.

__ Era a mulher no curral?__ perguntei curioso.

  __   Ela mesma,a beleza do mundo entrou toda naquela mulher. __ Falou praticamente babando

__ Você gosta dela?_ pergunto

__ Não como você pensa,eu gosto como amigo.O irmão dela era meu amigo.__ Ele diz triste

__ Cadê ele? não devia ajudar o pai. __  Pergunto curioso.

__  Ele morreu,faz 15 anos. __Ele disse.

      Não quis perguntar mais,parecia ser algo que o machucava muito.Depois, de deixar o gado voltamos para a fazenda.Logo,fui me preparar para o jantar,coloquei uma calça jeans,minhas botas,uma camisa branca e meu chapéu de sempre.

    Eu e meu pai, seguimos para a casa grande. O Dr. Araújo estava na sala,ele foi nos receber na porta.

__  Rafael,deixa eu te apresentar minha filha.Essa é a Giovanna,minha filha. __ A moça se vira para mim.Puta que pariu!Na hora quase tenho um treco.

__ Giovanna,esse é o Rafael.__ Dr. Araújo,diz.

     Me aproximo apertando a mão dela.Giovanna,me olha com sangue nos olhos.

  __  É um prazer. __ Digo,soltando sua mão.

__  Digo o mesmo. __ Ela Falou, guardando a mão.
  
    Começamos a jantar,a  filha do patrão passou a noite quase toda sendo agradável.Até a hora da saída,a abracei antes de sair.

__  Parece que vou te encontrar muito potranca._ Falei no ouvido dela.

  Conseguia sentir seu corpo queimando de raiva,ela se afastou e ficou ao lado do pai,em um certo momento consegui notar ela mostrando o dedo do meio para mim.Nem sabe  ela as coisas profanas que imaginei com esse ato seu.

Nos braços do Cawboy Onde histórias criam vida. Descubra agora