Nos braços do Cawboy

Rafael

Depois que Giovanna tomou as dores daquele ridículo,eu fiquei possesso de ódio,peguei meu cavalo e fui andar para esfriar a cabeça.Mas, nada funcionava minha vontade era voltar lá e quebrar a cara do imbecil do Danilo.
     Ele praticamente havia chamado ela de vadia na frente de todos os peões da fazenda.O Pedro que faz tanta questão de proteger ela, não fez nada.Agora,eu posso ser a pior pessoa do mundo.Mas,jamais ia deixar barato alguém julgar minha mulher.
  Quando voltei para a fazenda, Giovanna não tinha voltado.Tomei banho e fui descansar, não tinha ninguém além de mim.A noite todos os funcionários seguem para suas casas.Quer dizer eu achei que não tivesse ninguém,dona Ana saiu da cozinha e me olhou na sala.
_ Quem bom que você chegou.Rafael você não devia ter feito aquilo._ Ela disse.
_ A senhora vai me encher o saco também?_ perguntei já ficando com raiva.
_ Eu disse que não deveria,mas não que você não poderia.Eu adorei,o que fez.Colocou aquele safado no lugar dele._ Ela disse sorrindo.
_ A senhora deve ser a única que ficou ao meu lado._ Digo.
_ Não sei porque, você fez muito bem._ Dona Ana diz._ Eu vou indo,deixei o jantar pronto.
_ Obrigado._ falei sorrindo.
   Após, dona Ana sair tomei um banho coloquei uma roupa confortável e fui jantar.Estava lavando a louça quando Escutei o carro da Giovanna chegar.
_ Rafael, você já chegou?_  Ela pergunta com voz calma.
_  Estou aqui._  Falo da cozinha.
  _ Giovanna entra na cozinha e fica me olhando por um momento.Depois parte para cima de mim,batendo no meu peito.
_  Nunca mais faça aquilo,seu maluco! Você quase matou o Danilo._ Disse me olhando com raiva.
_  Se ficou com tanta pena,vai lá cuidar dele._ Falo segurando as mãos dela.
_  Eu tive que implorar para ele não depor contra você _Contou me olhando.
_Eu preferia ser preso,ao escutar que você implorou para aquele bastardo.Ele te chamou de vadia. __ falo sacudindo ela
__ Você  bater nele só confirma que sou a sua vadia!_  Ela diz com raiva.
_  Você é perturbada?Queria que eu fosse permitir que ele chama-se a mulher que eu amo de puta?_ Grito cheio de ódio.
_ Não,mas não queria você indo fazer aquilo.Eu sei me defender._ Ela disse se soltando.
_ Não pareceu,e tem mais com a raiva que ele falou pareceria até que você já ficou com ele.Só assim para ele saber que você não passa de uma vadia._ Falei me deixando levar pela raiva,na mesma hora um tapa atingiu meu rosto.
_ Você é o maior babaca desse mundo!Eu te odeio seu peão estúpido._ Disse me empurrando.
_ Eu também te odeio sua ....sua Potranca metida._ Falo com raiva._ saio pelas portas da cozinha.
   Fico sentado do lado de fora tentando respirar.Ela tirava o pior de mim.Eu a odiava e amava tanto.
  Eu nunca amei ninguém,porque justo ela meu Deus, Será castigo?
   Fiquei vendo as estrelas, não sei se foi dormindo ou tive uma alucinação,mas naquele momento eu juro que Gabriel Araújo estava na minha frente,ele estendeu a mão para mim depois desceu até o chão cavando um buraco,ele arrancou uma caixinha e me entregou.
_  Entrega para mim irmã,diz que eu a amo muito.Rafael,pare de ser uma mula empacada e teimosa já basta minha irmã._ ele fala sorrindo.
_ Empacada é ela, mulherzinha difícil do caramba._  Falo bravo.
_ Acredite é de família, mamãe era igualzinha a ela.Só tenha paciência meu amigo._ Ele diz sorrindo.
_ Gabriel,isso é um sonho?_ Pergunto e ele some sorrindo.
    Escuto os gritos da Giovanna,levanto do chão e noto que tinha dormido na varanda.Saio correndo até seu quarto,fico em dúvida se abro ou não a porta,acabo decidindo abrir, Giovanna estava dormindo e gritando de alguma forma.Ela estava tendo pesadelo.Me sentei na cama tentado acordar minha Potranca.
_ Para.. por favor ....eu imploro..._ Ela dizia com lágrimas nos olhos.
_ Acorda Giovanna,amor acorda._ Falo colocando a mão no braço dela.
_ Não por favor,parem... parem... tá doendo....eu não conto nada....para para...._ Suas lágrimas cresciam  junto com seus gritos.
Sacudia seu corpo,ela acordou e me olhou,e aquele mesmo olhar de medo voltou a seu seus olhos. Abracei ela, Giovanna deitou a cabeça em meu ombro, fiquei acariciando seus cabelos.
_ Passou,foi só um pesadelo _ Falo fazendo carinho em seu cabelo.
_ Não me deixa sozinha...eu estou com medo._ Ela dizia agarrada em mim.
_ Eu não vou deixar._ Falei sentido sua respiração ofegante.
  Eu notei o coração dela acelerado,o rosto pálido.As mãos geladas,seus olhos com medo.O corpo dela passou a tremer.
  Ela me abraçava como se o mundo estivesse acabando,e eu fosse sua salvação.Naquele momento, acredito que eu era isso.Notei que aquilo,era uma crise de ansiedade,ela não estava bem,coloquei ela em meus braços e levantei levando ela até a cozinha,peguei um copo de água e dei para ela.
   Giovanna bebeu com as mãos tremendo.Deitei com ela no sofá e fiquei com meu corpo junto ao dela,acariciava seus cabelos.
_ Respira comigo,bem devagar. _ fiz esse pedido para ela.
  Giovanna fazia tudo como tinha pedido.Seu corpo ia se acalmando aos poucos.Beijei seu ombro com carinho.Ela segurava minha mão,Ela enfiou as unhas na minha mão,mas não me importava.Se ela ficasse bem, não me importaria de minha mão sangrar até a última gota do meu sangue.
_ Melhorou,meu amor?_ Pergunto para ela.
_ Sim, obrigada rafa._ Ela disse com nossos corpos ainda aconchegados.
_ você tem essas crises com frequência?_ pergunto curioso.
_ Não,fazia tempo,eu vim ter uma poucos dias atrás.E tudo voltou a minha cabeça._ Ela disse com os olhos lacrimejando.
_ Tudo o quê,amor?_ Pergunto.
_ Eu tenho muita vergonha,por favor, não me obrigue a falar._ Ela implora me olhando.
_ Não precisa dizer nada._ Falo acariciando seu rosto.
  Desço minhas mãos até sua cintura, abraço seu corpo ao meu.
_ Obrigada,por ter cuidado de mim._ Ele disse mordendo o lábio inferior.
_ Quando se ama de verdade, você faz de tudo para ver o outro bem._ Falo beijando sua testa.
  Naquela noite ela dormiu em meu peito, diferente das outras noites,eu não a olhava com maldade ou desejo.Minha única vontade,era proteger minha mulher de qualquer problema que fosse capaz de lhe fazer chorar novamente.Naquele momento eu soube que seria capaz de matar por ela ou de morrer por ela se isso fosse garantir a felicidade dela.