Capítulo 2 - A Carta

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Após tudo estar preparado Elizah falou para as crianças lavarem suas mãos para que todos pudessem comer suas refeições, nesse instante já eram 6:40 estava quase na hora das crianças irem para a escola, Jack havia avisado previamente Elizah que hoje ele levaria as crianças pra escola mas ainda antes do café da manhã, quando Jack entro na cozinha com a pequena criança, que aparenta ter por volta de 3 a 4 anos de idade, longos cabelos com uma coloração de roxo tão escuro que poderia ser confundido com roxo ele lembrou de avisar – Elizah, hoje eu vou levar as crianças pra escola, mas você que vai levar a Luna para a creche – diz o homem com seu olhar virado para Elizah que enchia os copos das crianças de suco em quanto dava uma mordida no seu próprio lanche.

-Pode deixar, eu a levo sim Jack, agora da café da manhã pra ela pra eu poder levar ela pra creche – diz a menina terminando de servir o suco da última criança e servindo um copo pra ela mesma tomar enquanto ela termina de comer o último pedaço de seu sanduiche e se direcionar para pia da cozinha.

Assim que Elizah chega na beira da pia ela termina de tomar seu suco e coloca o copo dentro da mesma – Eu vou ir arrumar a bolsa da Luna – Diz a jovem se dirigindo a saída da cozinha – da papinha pra ela direito hoje Jack, e Luna, não joga papinha na cara do tio Jack – Elizah diz olhando seriamente para a criança que dá uma risada travessa enquanto um pequeno chifre surge da parte direita de sua testa, deixando claro as intenções levemente maquiavélicas acerca do homem que iria a alimentar.

Elizah logo depois de presenciar a cena solta uma risada anasalada imaginando o que poderia acontecer com Jack durante sua ausência, mas logo se apressa para subir as escadas em direção ao quarto da pequena garota pra arrumar sua bolsa com as coisas necessárias para o dia de Luna na creche.

Após um tempo ela volta para a cozinha e encontra Jack com a camiseta toda suja de papinha e as crianças todas rindo da situação que havia acontecido com o homem enquanto Elizah estava fora, alguns até mesmo chorando de rir enquanto o homem fala ao perceber o retorno da adolescente – Bom saber que meu sofrimento é útil pra vocês, mas agora é hora de vocês subirem para escovar seus dentes enquanto eu troco de blusa pra levar todos pra escola, ou vocês vão acabar perdendo a excursão - Assim que Jack termina suas palavras todas as crianças que haviam terminado de tomar seus cafés da manhã se levantaram indo em direção as escadas, forçando Elizah a ter que sair do meio do caminho, as que permaneceram na cozinha ainda estavam terminado seus sanduiches quando Elizah se dirigiu até onde Jack estava com Luna e pegou a menininha no colo, liberando Jack para que ele possa ir trocar de camiseta para levar as crianças até a escola.

- Já terminou de comer, Luna? - Pergunta Elizah, levando um lenço de papel até a boca da mais nova para limpar o canto de sua boca. Logo após Elizah afastar o lenço a pequena garota acena feliz com a cabeça, indicando que havia se alimentado bem. - Que bom, agora é hora de escovar os dentinhos pra ir pra creche ver seus amiguinhos. - Diz Elizah já indo em direção ao banheiro para escovar os dentes de Luna para levá-la a creche.

Após levar Luna a creche e voltar para o lugar onde mora, Elizah se depara com Jack já na cozinha lavando as louças do café da manhã e quando ele nota a presença de Elizah ele diz – Pode descansar hoje enquanto aguarda a resposta Elizah, eu limpo o orfanato – Diz o homem com um sorriso terno no rosto.

- Muito obrigado Jack, mas se precisar de ajuda eu estou aqui pra te ajudar, tá? - Diz Elizah – O orfanato é grande demais pra você limpar ele inteiramente sozinho em um único dia.

- Mas eu vou ter que me acostumar, se você passar você vai ir para aquele internato super chique, e eu vou ter que cuidar das crianças enquanto você estiver estudando – Diz Jack deixando as louças de lado para se virar para Elizah enquanto conversam.

Elizah o encara com uma feição levemente debochada e fala - então é bom você se dar melhor com a Luna logo ou um dia você vai ficar sem camisetas por causa dos banhos de papinha e mingau.

- Há há, muito engraçado. - Responde Jack sarcasticamente ao comentário da garota que começa a gargalhar.

- Também é bom você começar a estudar o diário de culinária que eu fiz pra você - diz Elizah enxugando uma lagrima que escorria do canto de seu olho direito – La eu coloquei especificações de oque as crianças gostam e o que cada uma é alérgica, e também tem várias receitas que as crianças gostam bastante. - Depois de terminar seu comentário Elizah se direciona as escadas pra ir ao seu quarto – Eu vou tentar cochilar um pouco, torce pra eu não ter um pesadelo e destruir o quarto que nem semana passada.

Após subir as escadas Elizah só conseguiu ouvir alguns murmúrios de Jack que acabara de lembrar do incidente em que o armário e espelho antigos da adolescente tiveram que ser substituídos por terem sido destruídos acidentalmente pela mesma durante um de seus pesadelos, até hoje é um mistério para os dois como tal acidente aconteceu, alguns profissionais ao qual eles recorreram disseram que possivelmente a jovem tinha uma produção de magia interna potente demais, que acabava excedendo seus próprios limites e isso explicaria a saúde frágil que a mesma tinha durante sua infância, outros diziam que a jovem estava sendo assombrada por espíritos malignos, o que explicaria os pesadelos recorrentes, mas nem mesmo o melhor exorcista do país conseguiu identificar se havia um espirito a atormentando.

Assim que chegou em seu quarto Elizah tirou seus tênis e se deitou em sua cama afim de relaxar e tentar dormir mais um pouco, já havia batido seu recorde pessoal com o que havia dormido durante a noite, talvez conseguiria dormir mais um pouco se esse fosse seu dia de sorte.

Depois de uma hora se revirando pela cama a garota concluiu que não conseguiria dormir, então decidiu fazer algo útil até o horário do almoço e organizar seu quarto, seu guarda-roupa em particular estava uma bagunça, com várias peças de roupa desdobradas e amassadas dentro do mesmo, isso sem falar na pilha de livros desorganizados em sua estante – eu tenho que devolver alguns desses livros pra biblioteca antes do almoço - pensou Elizah enquanto começava a arrumar seu guarda-roupas, observando a bagunça de seu quarto em um todo.

Depois de organizar seu guarda-roupas, Elizah já aproveitou e arrumou tudo que era necessário em seu quarto e levou os livros que tinha emprestado da biblioteca e já havia lido devoluta para lá, e assim que Elizah voltou da biblioteca, três horas de organização haviam se passado e já era quase horário do almoço, quando Elizah chegou de volta no orfanato, Jack estava terminando de limpar o primeiro andar, então para ajudar a agilizar a garota decidiu preparar algo para os dois almoçarem já que as aulas de Elizah haviam acabado.

Rapidamente Elizah preparou o almoço, algo simples e rápido que ambos ela e Jack gostavam, e assim que ela finalizou o preparo Jack havia terminado de limpar o primeiro andar do orfanato, então ao sentir o aroma da comida ele se dirige a cozinha para poder almoçar junto de Elizah.

Enquanto os dois almoçavam, eles ouvem ao fundo o som da campainha, quando Elizah faz menção de se levantar, Jack rapidamente se levanta e grita - Já vai! - Deixando Elizah confusa na cozinha enquanto ele corre pra atender seja lá quem é que está na porta.

- Ta né, seu estranho – diz Elizah voltando a almoçar enquanto de fundo ela escuta Jack conversando empolgadamente com alguém na porta de entrada do orfanato.

Jack demorou cerca de uns vinte minutos na porta conversando, e quando ele voltou a cozinha para terminar de almoçar Elizah já estava quase acabando de lavar a louça faltando apenas alguns talheres para serem enxaguados. - Quando você terminar de comer lava a sua louça, eu vou ir ficar no meu quarto e terminar de ler um livro que eu ainda não terminei – Diz a adolescente enxugando as mãos e se dirigindo a porta em direção ao seu quarto.

- Pode deixar que eu lavo, e Elizah, tem uma carta pra você na sa- Antes mesmo que Jack pudesse terminar a frase a mais nova começa a correr em direção ao salão de entrada a procura da sua tão esperada carta.

Por curiosidade Jack decidiu ir até o salão investigar como Elizah estava, e ao chegar na porta da sala ele fica levemente preocupado, pois encontra a jovem parada feito uma estátua com a carta aberta em suas mãos - Elizah? - o homem se assusta ainda mais ao ver a menina derramar uma lagrima de seu olho direito – Ta tudo bem? O que a carta diz? - Pergunta ele preocupado. 

Ruínas do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora