Capítulo 2 - Difícil não olhar demais

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Narrado por Evan

Algumas semanas se passaram e fomos visitar minha mãe novamente, a pedido de Chris, que, aparentemente, gostou de mim.

Fomos novamente num sábado à noite, Chris fez hamburgueres e assim que nos sentamos à mesa, ele gritou para "as meninas" descerem.

E do segundo andar, desceram duas garotas na frente de Charlotte. Duas garotas magras e trajando regatas de pijama e shorts de pijama, um tanto curtos para o frio que fazia. Porém, estavam dentro de casa, onde, estava quente.

Camila as olhou dos pés à cabeça, me olhando de relance, vendo se eu estava olhando para elas. E eu, fingi que só estava interessado no que estava na mesa.

— Essas são as amigas da Charlie, estão fazendo uma noite do pijama.

— Noite do pijama é muito infantil, pai. — disse Charlotte, enfim aparecendo à mesa, pegando um prato e montando seu hamburguer, seguindo das meninas. — Oi Evan, oi Camila... — ela cumprimentou.

— É uma noite de meninas. — corrigiu a morena ao lado de Charlie. — Nós estamos vendo filme, pintando as unhas e falando sobre homens.

— Sobre homens? — questionou Chris, não muito feliz.

— Brincadeira senhor Chris. — a loira riu. — Só celebridades, como o Justin Bieber e afins.

— Não vão dormir tarde, amanhã nós vamos comemorar o aniversário da Charlie. — disse Chris.

— Ah, meus parabéns, Charlotte. — disse, fazendo-a parar de mexer no pão – sem hamburguer – que ela estava montando e me olhar com o cenho franzido. — Você é uma escorpiana, então?

— É. — ela riu, sem jeito. — Obrigada.

Elas montaram seus pratos enquanto minha mãe e Chris conversavam conosco, e eu, só consegui ficar olhando para Charlotte, montando um sanduíche apenas com queijo e alface, e parecendo estar desconfortável.

— Obrigada pelo jantar, gente! — exclamou a loira, pegando seu prato e saindo da sala de jantar, sendo acompanhada pela morena, e por fim, por Charlotte, que serviu um copo de água enquanto as meninas já subiam as escadas.

Chris a puxou pelo braço antes que ela saísse da sala de jantar. — Filha, coloca uma roupa mais comprida... Isso aí não tá decente para andar pela casa...

Ele disse baixinho, mas eu escutei. Talvez, porque estivesse muito focado nela, e não na conversa – pela primeira vez amigável – entre minha mãe e Camila.

— Pai... Eu estou dentro de casa... — ela disse.

— Não insista, Charlotte. Não quero você andando com esses trajes pela casa, ainda mais com visitas.

A roupa dela não estava tão justa como a das suas amigas, mas, a regata rosa bebê que ela usava, meio que se fazia visível o formato dos seus seios, sem sutiã. Infelizmente, não consegui não notar.

— Ah... Tenha santa paciência. — ela disse, suspirando, e antes de sair, cruzando seu olhar ao meu, e dessa vez, me pegando no flagra encarando-a.

Desviei o olhar depressa, e ela saiu da sala de jantar, subiu para o segundo andar e Chris reclamou para mim que não gostava quando Charlotte respondia, e pediu desculpa pelas meninas aparecerem pela sala com aqueles trajes.

— Ah que isso... São só crianças, eu nem notei. — disse eu, como se não estivesse secando os peitos da filha dele há menos de 1 minuto atrás. Me senti um pervertido... Ela era menor de idade...

Até o dia seguinte, na verdade...

Um pouco mais tarde, estávamos conversando na sala de estar, bebendo um vinho enquanto passava um jogo de futebol na televisão.

• The Other Woman • || Evan PetersOnde histórias criam vida. Descubra agora