Capítulo 17 - Doce ilusão

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Narrado por Charlotte

No frio, eu gostava de assistir Crepúsculo, mesmo que já tivesse assistido 1001 vezes, nunca perdia a graça. Sempre me pegava emocionada com o Edward, me questionando se algum dia alguém iria me amar assim, tão intensamente e verdadeiramente.

Meu celular vibrou, o que me fez pegá-lo imediatamente, curiosa por quem estava me mandando mensagem às 2h da manhã.

Evan: Seu pai tá dormindo?

Ué?????

Charlie: Por quê?

Evan: Ele está?

Charlie: Sim, tá todo mundo dormindo, por quê?

Assim que respondi, ouvi umas batidas na janela, levei um susto, larguei o celular e caminhei até a mesma, afastando a cortina e encontrando Evan no pequeno batente abaixo da minha janela. Simplesmente.

— O que caralhos você tá fazendo na minha janela? — perguntei assim que a abri. — Como é que você subiu?

— Foi bem fácil, na verdade, tem o telhado da varanda bem embaixo da janela.

— Eu sei, mas ele não foi feito para alguém escalar minha janela.

— Mas eu escalei. — ele disse, sorrindo. — E vou descer pelo mesmo caminho. Mas você vai vir comigo.

— Tá maluco?

— O quê? Qual o problema? Seu pai tá dormindo, ele nem vai perceber!

Fiquei encarando-o sem saber o que dizer, apenas soltei um riso frouxo, desacreditada que ele estava na minha janela.

— Vai, veste uma roupa quentinha, tá um pouco frio. — disse ele.

— Tá... Eu preciso me trocar... — disse, dando espaço. — Entra enquanto isso.

Ele entrou pela janela e olhou aos arredores do meu quarto. Ele já esteve ali, mas talvez não naquele contexto.

Confesso que quando ele olhou para a minha cama, desejei que ele se deitasse nela e dormisse comigo.

Fui até o guarda roupa e peguei uma muda de roupa quente, virando-me e encontrando-o de pé ao lado da janela.

— Pode se virar, por favor? — indaguei, vendo-o me olhar dos pés a cabeça. — E não ouse dizer que não tem nada que você não tenha visto.

— Merda, era exatamente o que eu ia dizer. — ele riu, virando-se de costas.

Tirei meu pijama e vesti a roupa, pegando-o me olhando de canto enquanto eu vestia minha camiseta.

— Tarde demais, eu já estou vestida. — disse, vendo-o se virar.

— Que pena. — ele riu. — Vamos?

Tranquei a porta do quarto, desliguei a luz, deixei meu celular ali, e Evan me ajudou a descer pela janela até estarmos no quintal. Caminhamos para a rua onde estava seu carro, e entramos no mesmo.

— Tá, e para onde vamos?

— Eu não faço ideia. — ele disse, dando a partida. — Mas vamos dar uma volta.

Evan ligou uma playlist muito boa, e dirigiu pela estrada por uns bons minutos. No caminho, conversamos sobre assuntos banais, e em algum momento, chegamos no topo de uma colina, onde as árvores foram sumindo e dando espaço apenas ao céu aberto.

— Minha nossa... Que lugar é esse? — perguntei, me inclinando para frente para ver o céu.

— É um lugar que descobri uma vez. — disse ele, saindo do carro. — Vem, vamos olhar lá fora?

• The Other Woman • || Evan PetersOnde histórias criam vida. Descubra agora