Era uma vez,
Uma meia cupida,
Meio mágica talvez,
Mas era uma eterna apaixonada.
A pequena cupida tinha um dom,
Ela via o amor,
Ela sentia a paixão,
Ela tocava cada coração.
Ela não precisava ver demonstração,
Ela percebia em cada ação,
Cada salto e cada aparição.
O problema é que não existe cupido para outro cupido,
Então quem iria amar a cupida?
Talvez tenham a amado,
Ou talvez ela sempre foi sozinha,
Mas ela nunca notaria,
Porque seu singelo dom
Não serve para a própria cupida.
Talvez a amassem de olhos abertos,
De boca a boca,
De paixão de barulho e barulhado,
Talvez tenham a amado de alma,
Mas ela é cega ao próprio coração,
Ela não sente que recebe paixão,
Ela apenas ama como se o mundo não acabasse
E como se fosse o fim,
Como o seu coração se derramasse
Por cada coração que já sentiu no Bonfim.
Talvez a cupida seja amada algum dia,
Talvez ela acabe cupidando a se mesma,
Talvez ela termine até que feliz,
Talvez esse não seja o fim.
-Helena Q.
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